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Resumo:

Todos devem escolher.
Qual será o próximo?

Aviso: personagens questionáveis.

                                ~•○O○•~   

–Lord Aemond – ele se apresenta após um silêncio no meio – eu sei quem você é, Lord Hand.

Ele vê um pouco da complacência no rosto de Otto, que não desconfia do duplo sentido. Esse “eu sei quem você é” contém o conhecimento absoluto das camadas de Otto Hightower. Ou pelo menos aqueles que ele se permitiu mostrar e o resto deduzir, porque embora os motivos da Mão fossem claros, muito do que ele pensa permanece nos recônditos da sua própria mente.

Ele o conhece há quase toda a vida, e Aemond acredita que ele nem arranhou a superfície, porque Otto controlava o que precisava saber.

Esse símbolo que ele usa com orgulho em seu terno é o que lhe deu esse poder.

Não é que Criston fosse melhor quando o teve, mas foi a guerra. Eles precisavam de um guerreiro, não de um político.

(Durante anos tirando-o de problemas, apoiando-o apesar do desprezo, dos maus tratos de Helaena, e ele nem sequer o considerava seu–

Ele não o daria à pessoa responsável pela morte de seu filho)

–Com licença, Lorde Luke –seu ouvido percebe o desdém que ouviu em sua própria voz, dirigida ao menino –Não é educado, mas gostaria de poder falar com seu tio por um momento.

Luke é a imagem da calma, mas com os ombros retos, pronto para negar.

–Senhor Mano, meu tio é-

–Ele está honrado com tal oportunidade.

Seu sobrinho bastardo parece ter mordido a própria língua. Sua boca faz beicinho brevemente, manobrando-a em uma linha simples. Os lábios do menino ficam mais vermelhos do que sua cor natural.

Ele ignora o pensamento intrusivo estreitando os olhos para o homem mais velho, que parece divertido com o descontentamento do sobrinho.

É a natureza de ambos: Luke é o filho fiel de sua mãe e Otto o jogador que moveu as peças do seu lado. Ele não está surpreso por ter sido antagonizado pelo garotinho.

Otto não pergunta, Aemond não retoma, embora o azul esverdeado do garoto o siga quando ele continua com seu escudo juramentado. A discussão matinal deles ocorre em um sussurro, em um fio; Luke estava preocupado que eles pudessem querer usá-lo, para lembrá-lo de que sua aliança significa algum tipo de proteção que ele pode conceder, e com certeza, aos olhos do menino, ele está se entregando em uma bandeja de prata.

Ele espera que seja assim, porque qualquer sinal de relutância do menino funcionará a seu favor.

Porque pelo que ele decifrou da Mão estão alguns pilares fundamentais: a ganância é um deles. O desejo de ter mais do que possui. “Basta” é um termo impossível.

O que acontece com um homem ganancioso quando você vê que alguém está relutante em abrir mão de algo? Bom, você quer, o ato mostra que o objeto tem um valor e o “quanto” é o preço que você está disposto a matar.

Oh não, esse último é coisa de Aemond.

Ele teve que herdar de alguém.

Um casal de segundos filhos que não gostam de ser deixados para trás como incompetentes. 

Luke vira a esquina. A pergunta "Você quer que eu intervenha?"   Perde o seu valor assim que fica fora da sua vigilância.

Está na cova dos leões. E o cachorro ainda tem todas as suas presas, satisfeito, não morrendo de fome como nas últimas circunstâncias antes de deixar Porto Real para nunca mais voltar; Ele fez isso, mas em um momento em que não era dele.

There is a ghost in your eyes (a promise from a better tomorrow). {TRADUÇÃO}Onde histórias criam vida. Descubra agora