Resumo:
A turnê de Rhaenyra começa e eles fazem uma parada...
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O dia em que o passeio começou prometia ser ensolarado. O tempo em si estava agradável e esperava-se que não houvesse contratempos ao longo do caminho.
Mas na Fortaleza Vermelha as pessoas ficaram tristes com o fato de que em cinco meses o Delícia do Reino deixaria a Capital. Mesmo que ela e Rhaenyra tenham deixado as Senhoras encarregadas de ficarem atentas à cidade, aos projetos e ao atendimento da Corte, isso não significava que Cassia, Karina e as demais não estivessem tristes.
Tal como os criados, os cozinheiros, entre muitos, até os nobres, sabiam que a sua ausência pesaria sobre o mundo.
Alicent poderia compartilhar esse sentimento se tivesse decidido ficar. Mas ela tem sorte porque seu dever a levará para o lado de Rhaenyra.
Longe de seu pai.
A Mão estava lá para se despedir deles. Sempre ao lado do Rei, firme e altivo. Porém, enquanto este falava afetuosamente com a filha, dizendo-lhe que lhe enviaria corvos quando ela chegasse a cada ponto, que ela deveria comer bem e não ser descuidada, os dois Hightower mantiveram uma distância prudente. Se não fosse o Rei olhando para seu Conselheiro, quase pressionando-o, ele teria apenas acenado com a cabeça em despedida.
Ele disse: " Tenha uma boa viagem, Alicent."
Alicent apenas sorriu, contendo o bufo com toda a força do seu ser.
Fazia muito tempo que Otto Hightower não a chamava de filha. Doeu, no início.
Ele descobriu que associar o nome da Mão à palavra “pai” tornava-se confuso. Tudo porque viu em primeira mão Viserys Targaryen tratando sua filha com amor e respeito. E, da mesma forma (bem, mais limitada) tratava as Damas da Corte de sua filha, inclusive ela.
O que antes era uma conversa culpada tornou-se algo agradável quando não foi escondido.
Além disso, o gesto da Mão ofendeu o Rei e a Princesa. Mas a chegada da última pessoa da delegação os distraiu.
Luke estava ofegante por causa da corrida e ouviu algumas garotas rindo. Já imaginei Marissa escondendo o rubor, pois não era segredo para ninguém que ela achava o menino adorável.
A menos que você seja Luke, ele pensou divertido e seu sorriso refletiu isso.
O menino se despediu de todos, tão respeitáveis. Ele só parou quando o Grande Meistre Mellos lhe deu vários tônicos embalados, ervas e outras coisas para a viagem. O velho, pelo que viu nos primeiros meses acompanhando o amigo, passou a gostar dele, e era uma pessoa muito atenta em aprender fitoterapia e assim por diante.
Sabendo que apenas alguns meistres dentro da Fortaleza ouviam o velho, Luke uma vez confessou que estava acostumado a prestar atenção quando conversavam muito, por causa de seus irmãos mais novos.
Ele ouviu o Grão-Mestre dizer a Luke em voz baixa: “Se a princesa estiver com dor, esse servirá. E este é para dormir, semelhante ao leite de papoula”. Embora esse comentário a tenha alertado, o jovem assentiu agradecido, recebendo um sorriso do velho.
Ao se dirigir à Mão, ele foi breve e conciso.
O rei, por sua vez, ficou em conflito quando Luke teve que se despedir. Como se tivesse medo de que, depois de cruzar aquelas portas, não voltasse.
Alicent foi capaz de simpatizar com esse medo, quando o javali o atacou.
Ver sua figura, pequena em comparação, não ver se ela conseguiria se defender, indefesa, despertou em Alicent algo que ela nunca imaginou sobre si mesma, até que viu sua mão ensanguentada e segurando uma adaga que Rhaenyra lhe deu.
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There is a ghost in your eyes (a promise from a better tomorrow). {TRADUÇÃO}
Fanfiction"Se ela queria que Aemond, seu amado cavaleiro, fosse feliz, os dragões deveriam voar como um só. Se ele tivesse que enviar Lucerys e seu dragão para o momento em que a divisão começou para que isso acontecesse, ele o faria. Lucerys foi quem marcou...