capítulo três: Não está no meu sangue

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In my blood - Shawn Mendes

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In my blood - Shawn Mendes

Alguém me ajude
Estou rastejando dentro da minha pele
Às vezes, sinto vontade de desistir
Mas eu não posso
Não está no meu sangue

Los Angeles, 08:38h
181 dias até a grande data

Ao entrar em um enorme casarão as portas foram fechadas e era quase impossível enxergar alguma coisa. As frechas de luzes saiam por trás das cortinas de sedas que deixava a visão da enorme sala que estava vazia, sem uma alma viva pura, alguns móveis estavam tampados por panos empoeirados e a escada tinha o corrimão de prata enferrujado.

Lentamente eu atravessei a sala e caminhei em um corredor com molduras nas paredes, uma luz fraca e piscante que vinha do final do corredor me alertou me fezendo estreitar os olhos e caminhar devagar com medo. Preguiçosamente arrastei minha mão sobre a parede enquanto andava devagar observando o ambiente, era mal iluminado e havia cinzas sobrevoando.

Eu não tinha noção do que estava acontecendo, mas algo dizia para eu seguir em frente.

Até que um homem, de aparência jovem e doce apareceu no final do corredor me deixando amendrotada.

- Maya. - meu nome se ecoou no corredor.

A voz de James fechou a minha mente com o tom nervoso, e seguidamente meu nome se ecoou de forma gritante no corredor logo após tiros serem direcionados atrás dele atravessando severamente seu corpo. A sensação de tudo estar desabando e não haver uma válvula de escape é desesperadora, eu senti meus batimentos cardíacos serem rompidos com o meu nome sendo gritado por James.

No meio daquele lugar frio e espaçoso eu parei observando seu corpo cair para frente sem vida, e em meio uma leve fumaça e cinzas sobrevoando por todos os cantos eu avistei uma sombra alta caminhando por trás do seu corpo. Eu pude ouvir meu suspiro conforme meu corpo caía para frente, e as lágrimas desciam sobre minhas bochechas assim como minhas unhas arranhando a parede fria.

Meu peito doeu como se algo estivesse atravessando ele, eu o vi morrer em minha frente e não pude fazer nada, além de somente gritar desesperadamente sentindo o tremor ao meu redor desabar tudo sobre mim. Os passos daquela silhueta era forte demais ao ponto de causar tremores, pedras no meio caminho do corredor que só aumentou quando eu tentei levantar minha cabeça para visualizar algo.

Eu encolhi meus braços em meu peito apertando meus olhos quando o teto e a parede ia desabando, meu corpo estremeceu me deixando quieta em meio ao um lugar frio. O meu nome se ecoou friamente em minha cabeça fazendo-me abrir os olhos desesperadamente.

Um toque leve segurou meu braço que se movimentava enquanto eu enxugava as lágrimas, era apenas um pesadelo, eu pensei suspirando.

O coxão afundou e a luz amarelada de um abajur em cima de um criado-mudo foi acesa por uma mão tatuada, e me lembrei do que havia acontecido horas atrás, eu estou viva.

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