capítulo vinte: sentido

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My Tears Ricochet - Taylor Swfit

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My Tears Ricochet - Taylor Swfit

E se eu estiver em chamas, você também
transformará em cinzas

Nova York, 13:47h
132 até a grande data


Algo não estava certo, não, aquela não era a luz da balada, ela não estava me queimando assim antes. Com preguiça eu me viro para o lado descansando a minha mão no travesseiro onde aperto e ajeito a minha cabeça quando sinto a luz forte do dia tocar meu rosto. Entre o lençol eu remexo as minhas pernas nuas sentindo a frieza do tecido correr em minha pele e levantar meus pelos que assim me faz despertar e começar abrir os olhos lentamente.

Era dia e os prédios da cidade é a minha paisagem, ainda preguiçosa eu me sento na cama encolhendo as pernas em baixo do edredom cinza, abaixando o olhar observando que eu não estava mais com aquele vestido branco e sim um moletom grande que tive que puxar as mangas para conseguir ajeitar o meu cabelo em um coque. Virando a cabeça para o lado eu observo uma garrafa de água e uma cartela de remédio em cima do meu criado-mudo o qual nunca deixei nada em cima.

Alguém estava cuidando de mim e eu não queria imaginar que essa pessoa era Aaron. Para mim não era da sua índole me por na cama e me vestir com o seu... moletom?

Eu puxo a borda do moletom para cima e inalo o cheiro masculino e amadeirado fechando os olhos, por um momento eu me senti flutuar quando o seu cheiro correu por minhas narinas e me fez pensar que ele estava ao meu lado. Rapidamente abro os olhos e me desperto sentindo uma dor de cabeça apertar meu crânio, eu puxo a garrafa de água e pego um comprimido mandando para dentro em poucos segundos.

Cuidadosamente eu saio da cama e vou até a cozinha com meus passos calmos, eu encontro Aaron deitado no sofá somente com a sua calça de moletom o qual estava desleixada para baixo, mostrando as suas entradas e a barra da sua cueca. Ele tem um braço sobre a testa e o seu abdômen definido se contraindo com a sua respiração calma, a cada passo meu eu vou diminuindo a velocidade, sentindo constantemente o meu coração bater forte ao sentir o seu cheiro marcar a sua presença em mim. Sinto meu estômago revirar em uma confusão de borboletas as quais não conseguem me fazer olhar somente para uma parte sua, e sim para todo o seu corpo, que se a era dos deuses gregos não houvesse passado eu teria certeza que eu estava diante de um.

— Tem macarronada e carne no forno. — ele fala me fazendo subir os olhos para o seu rosto a procura dos seus olhos, que ainda estavam cobertos pelo braço incrívelmente tatuado.

— Está tudo bem? — eu perguntei, parando logo atrás da poltrona em que ele ontem me botou para ficar de quatro para ele, enquanto o mesmo tirava a minha calcinha.

Aaron de maneira fria apenas me responde um " uhum " deixando gravado o seu som rouco em minha cabeça que ficou direcionada em sua direção por alguns segundos antes de eu formar uma linha com os lábios e ter a sensação que a minha presença estava sendo insignificante naquela tarde. Então eu fui até a cozinha onde passei por longos minutos almoçando de maneira silenciosa.

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