capítulo treze: cicatrizes

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Sia - ( feat

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Sia - ( feat. The WeeKnd & Diplo ) - Elastic Heart

Eu ficarei acordado durante a noite
E, para deixar claro, não fecharei meus olhos
E eu sei que posso sobreviver
Eu vou andar através do fogo para salvar
minha vida

Nova York, 02:47h
169 dias até a grande data

Eu me engatinhei sobre os cacos de vidros da adega de bebidas alcoólicas que foi derrubada pelos inúmeros tiros disparados em minha direção. Eu me encostei na mesa de poker, respirando fundo observando minha pistola levantada para cima.

Aaron e eu depois daquela breve frase que ele me disse tivemos que correr porque apesar das janelas serem trancadas por ferros ainda sim conseguiram invadir pelo teto de vidro da piscina interna.

— Que cheiro de piranha! — uma voz masculina zombou, eu respirei fundo escutando os passos lentos. — Nem o álcool consegue disfarçar o cheiro das bocetas podres que você come, não é Aaron? — eu fecho os olhos segurando o murmuro.

Boceta podre? Que o Aaron come?

Porra! Eu não abro minhas pernas para uma foda tem mais de cinco meses mesmo estando namorando.

Eu olhei para o lado avistando a bota militar do homem que andava entre os cacos. Logo me enfiei em baixo da mesa, sentindo um pedaço de caco invadir meu pé.

A dor devastou meu corpo, me fazendo soltar um baixo grunhido de dor. Eu botei a mão sobre a boca tentando abafar o som deixando minhas lágrimas escorrer observando o homem parar de frente para a mesa.

— Merda! — susurrei tirando meus olhos do seu corpo, tentando observar meu pé que queimava.

O silêncio tomou conta do ambiente, eu devo ter deixado o som sair muito alto, dando a entender que eu ainda prevalecia na sala. Olhei para o meu pé vendo o pedaço de vidro cravado na minha pele que escorria sangue, sujando o tapete caro.

Por baixo da mesa eu tentei observar o meu redor vendo que Aaron olhava para o meu pé sem reação, agachado ao lado da porta, do lado de fora.

Ele colocou o incador sobre os lábios, indicando para que eu tentasse prevalecer em silêncio. Eu apertei os lábios deixando as lágrimas escorrerem ainda mais ao tentar mexer o pé.

— Aaron? — cantou o nome dele, eu podia sentir que havia um sorriso no rosto do homem. Aaron ficou em silêncio, deixando eu ouvir as batidas do meu coração.

Faz alguma coisa Aaron, porra! Era somente isso que eu pensava.

Há dez minutos atrás

Tirei meus olhos de Aaron, sentindo o calor de nossos corpos se encontrarem enquanto seus olhos e seu dedo que me acareciavam.

— Se acontecer algo, corra. — ele diz baixo, o meio de minhas pernas se aquecem com sua voz rouca.

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