- Unwanted love <3 (barbixas • anidio)

24- Sob a própria cova

Sim, sou eu novamente atualizando em um período de tempo muito curto! Talvez eu esteja muito obcecada com essa história?

Talvez sim. Mas escrevê-la é tão gostosinho, que não resisto e saio escrevendo um capítulo inteiro por dia :)

Boa leitura amores ♥️

★

Elídio tinha ficado responsável por publicar uma nota na conta da Cia justificando o adiamento do espetáculo. Se encontra encolhido naquela poltrona de hospital, tentando encontrar o melhor jeito de explicar a situação sem comprometer a privacidade deles.

Acabou optando por, ao anunciar que o Improvável do próximo fim de semana seria adiado, explicar que Anderson se encontrava hospitalizado e que os outros dois barbixas não seriam capazes de apresentar sem o companheiro, devido a delicadeza da situação que enfrentavam.

Assim que postou o comunicado, bloqueou o celular para não ter que lidar com as diversas notificações que iriam bombardeá-los nas próximas horas. Sabia que as pessoas iam comentar, criar teorias descabidas e tentar ao seu máximo descobrir o que realmente teria acontecido.

Não suportaria lidar com aquilo.

Ao seu lado, Andy continuava estável, mas sem sinais de que iria acordar em breve. O médico tinha explicado a Elídio que, devido a grande perda de sangue, o efeito do anestésico demoraria mais para sumir. Podendo levar horas, ou talvez dias.

Já passava do meio-dia, e muitos amigos e familiares já tinham vindo visitar Bizzocchi, deixando diversos presentes como desejos de melhoras. Chocolates, balões, pelúcias… A pergunta que Sanna não aguentava mais ouvir daqueles que vinham era o “como aconteceu?”. Ironicamente, ele realmente não sabia dar uma resposta concreta. Sabia apenas quem tinha sido e imaginava a motivação por trás, e só.

Muitos fãs postaram diversas mensagens de carinho e desejos de melhoras, e quando finalmente Elídio tomou coragem para encarar as redes sociais, ficou emocionado com todo o apoio que os fãs deles estavam demonstrando. Sabia que Anderson iria adorar ver tudo aquilo quando acordasse, o quanto todos o amavam.

Às uma da tarde, Bella veio outra vez, agora na companhia de Cíntia. Marcatti veio pois sabia que provavelmente Elídio não tinha saído de perto do namorado um minuto sequer, nem mesmo para comer. Ela estava ali para obrigá-lo a se cuidar também.

— Há quanto tempo você não come? — a mulher de cabelos curtos perguntou de braços cruzados, lembrando a Elídio uma mãe. Guardou esse comentário para si.

— Desde que saímos do camarim.

— Elídio, você precisa ir para casa pelo menos por um tempo. Para se alimentar direito, trocar de roupa e descansar — disse, genuinamente preocupada com o amigo, já que ele mesmo não parecia preocupado consigo  — Não sei como o Daniel ainda não te arrastou daqui…

— Bem, ele só passou aqui hoje de manhã, mas saiu apressado depois de um tempo. Está planejando alguma coisa.

— Sabe o que eu estou planejando? Te arrastar pelos cabelos se não ouvir o que eu estou falando, Sanna — avisou Bella, fazendo Elídio erguer os braços em rendição.

— Eu queria estar perto quando ele acordasse — falou baixinho — Mas eu vou, antes que vocês duas me arrastem mesmo.

— É bom mesmo que saiba que nós somos capazes disso — disse Cíntia, fingindo um tom sério.

— Pode voltar só no fim da tarde — diz Bella — Nós vamos ficar por aqui.

— Se acontecer qualquer coisa…