Oprimidos

Chapter 06 | Barriers

Ativando sensações inexistentes

— Meus bebês, as mamães voltaram.

Ouve,pessimamente,a Hannah gritar entusiasmada para aos cachorros.

Eu entrei e fui logo me atirar no sofá.

— Vocês tiveram saudades — ouvi ela dizer — Tiveram sim.

De repente, senti algo lamber minha mão que está soltada no sofá, tirei a outra mão dos meus olhos e vi a Lin me lambendo, olhei para ela e sorri.

Ela percebeu que estou inquieta, ela sempre percebe, eu acho que ela é a única que me entende verdadeiramente. Quando eu estou triste ou com raiva ela me acalma, me faz lembrar de como é viver normal, de como é agir normal,pensar normal,sentir normal e ser normal.
Coisas que deixei de sentir a muito tempo.

— Bem vindas miss's — os empregados cumprimentaram em uníssono

Já até tinha esquecido que eles existem.

Levantei.

— Hannah eu vou subir — aviso,pisando no primeiro degrau das escadas

— Tá bom! Eu já vou.

Subi as escadas e rapidamente cheguei no meu quarto, fechei a porta e atirei me na minha cama macia e limpa.

Chegamos da viagem quase de madrugada, tanto a viagem e tanto a estadia foi cansativa, eu me sentia exausta não só pela correria da campanha, mais pelas mil tentativas inúteis de esquecer da existência do Yerík.

Por mais que eu tentasse ele não queria sair da minha mente,parece que ele cavou um buraco bem fundo na minha mente,se enfiou lá e se recusa a sair.

Não sei porque ele tem esse efeito exaustivo sobre mim, ele torna tudo oque eu fiz até agora inútil. Eu achei que essa viagem fosse me ajudar a eliminar aquele egocêntrico de merda da minha mente mais parece que só piorou tudo.

Agora a minha mente está trabalhando vinte-quatro horas por dia, por ele.
Cacete.

Sem avisar,alguém entrou no quarto.

— Já tomou banho? — a Hannah questionou, entrando no quarto e tirando os seus saltos

— Não — respondi, preguiçosamente

— Porque? Tá pensativa de novo — ela senta-se na cama e tira uma mecha de cabelo do meu rosto — Oque te inquieta tanto Li?

Quem dera poder dizer-te Lu, mais eu não posso te contar oque não existe, isso deve ser a minha mente me pregando uma peça, vai passar logo, tem que passar.

Não posso ficar me martelando por um cara que conheci só a dois dias,pensa,em que parte do universo isso é possível?

Eu só devo estar em decadência e a minha mente está em colapso - um temporário - que já já vai terminar e nem sequer vou me lembrar disto.