Capítulo 32 | Rain

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Eu tive saudades.

Tirei os saltos quando estava na entrada do apartamento e deixei-os no chão da entrada,puxei o meu corpo coberto pelo vestido cumprido até ao grande sofá e me deitei ali

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Tirei os saltos quando estava na entrada do apartamento e deixei-os no chão da entrada,puxei o meu corpo coberto pelo vestido cumprido até ao grande sofá e me deitei ali.

Dei um longo suspiro quando o meu corpo gritou de alívio por estar deitado e fora dos sapatos,fiquei cinco horas carregando a porcaria dos saltos e nunca sentei - não era um evento de se sentar hoje.

O álcool decidiu que não será desta vez que terei o benefício de dormir como uma pedra e só acordar amanhã de ressaca, sinto que ele nem estarei de ressaca.É como se todo o álcool tivesse sido sugado do meu organismo não atacando o meu sistema para me obrigar a dormir.

Estava fodida.

Ouvi vozes se aproximando da entrada oque me vez revirar os olhos e logo tapar eles com meu braço.

— O álcool deve ter destruído a Lilian,ela já está morta na sua cama — ouvi o Andrew ironizar

Escutei os saltos das meninas entrarem e virem até mim.

— Lili você está bem?

Não.Claro que não estou bem.
A minha mente queria gritar isso para elas mais a minha boca mantéu-se fechada.Não quero as incomodar com problemas que posso resolver sozinha,tenho feito desde sei lá quando,acho que posso continuar a resolver sozinha.

Elas permaneceram mais algum tempo ali, esperando a minha resposta mais não saiu nada de mim,fingi estar dormindo já,elas depositaram um beijo na minha bochecha livre e se afastaram,caminhando para o corredor.

Fiquei ali pensando em como as coisas viram de um pesadelo para um sonho que no final,era ainda um pesadelo,nunca imaginei que isso fosse acontecer assim,tão de repente e que ia ter esse grande impacto no meu subconsciente.Era ruim.Mais não deveria ser.Eu tinha a má impressão que as coisas não ser as mesmas,tinha um mau pressentimento grudado no meu peito,tão mau que me trazia medo e agonia, eu não queria pensar assim, mais a minha mente não queria largar essa intuição.

Senti o corpo de alguém se aproximando e o cheiro do Andrew me invadiu,ele vinha buscar o meu corpo,aparentemente morto, e deixar no quarto mais repentinamente ele parou.

— Pode deixar,eu levo ela.

Era uma voz que eu reconheceria a mil km de distância,que mesmo se o todos os habitantes de NY estivessem fazendo um barulho inacreditável eu ia escutar ele falando,provocando e rindo.

Era muito difícil não ser invadida pelos sentimentos bregas que eu tinha pelo idiota.Mesmo que eu os oprimisse ou tentasse dizima-los a cinzas, eles eram indestrutíveis, imortais e a prova de tudo.Nada os tirava de mim.Nada os destruía ou simplesmente os eliminava do meu maldito coração.

O Yerík era a prova viva que eu tinha um coração.

Ele é que tornava todas as minhas falhas perfeitas,ele drenava as energias dos meus demônios e os deixava enfraquecidos e impotentes, dando espaço suficiente para eu respirar o ar que nunca me dei ao luxo de inalar.

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