.Prólogo.

417 17 0
                                    

Eu realmente amo o frio, ficar debaixo das cobertas assistindo séries, tomar chocolate quente enquanto leio um livro, ouvir música olhando o céu nublado e o melhor: ouvir o barulho da chuva.

Eu realmente amava dias assim afinal de contas eu nasci em um dia assim.

Julho, eu chegava ao mundo e me tornava uma fada do inverno.
Eu podia enumerar os motivos de gostar tanto do inverno e odiar tanto o calor.

No verão não se tem paz, na verdade você mal consegue viver. O problema é que no Brasil quase todos os dias são quentes, a sensação térmica é de ficar de conchinha com o sol (e você é sempre a conchinha de dentro) sendo tomada por um calor insuportável e torturante.

Uma vez em um dia de verão eu estava tão estupefata do calor que cantei bem alto fazendo parodia da musica do momento:
—O sol vê se me esquece!!

Minha mãe escutou e ainda me deu uma bronca.

—Que isso menina! Ele é o astro rei, não diga isso do sol!

Poof... Tudo baboseira.

Eu sinto que cada dia de verão eu perco um pouco da minha sanidade.

O fato de você tomar um banho gelado e depois sair do banho pingando de suor entristece minha alma.

O que eu faço para sobreviver ?

Apenas focava nos dias de frente fria.

Ah doce e refrescante frente fria.
Salvando minha vida desde sempre.

Quando eu escutava o barulho da chuva tudo valia a pena, até mesmo a crise alérgica pela mudança repentina de temperatura.

Dias assim me deixava contente e me fazia esquecer de todos os outros problemas. Dias assim me faziam acreditar que mesmo em um dia de céu escuro e "sem vida" ainda havia motivos para acreditar, que valia a pena tentar.

E foi assim, em um dia de céu cinza que ele veio colorir a minha vida.

Um presente do céuOnde histórias criam vida. Descubra agora