Capítulo 43 - O Amor me disse (BEN)

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Tudo está voltando ao normal, comecei minhas tarefas novamente e passo bastante tempo ocupado. Quando não estou trabalhando, estou pensando em Morgana.

Elai me disse que ia esquecer de tudo mas nada sai de minha memória, continuo preocupado com ela, ainda sinto o toque dela nos meus lábios e do cheiro doce que ela tem. Queria saber como ela tem vivido, sinto muita saudade dela.

Me perco nos pensamentos e derrubo todos os arquivos de minha mesa, demorei horas para organizá- los e agora terei que recomeçar tudo. Fico bravo olhando tudo caído no chão.

— Mas que...

— Ben!

Elai, estava ao meu lado e eu nem percebi que ele havia chegado.

— Me desculpe mentor, eu vou juntar tudo.

Me abaixo no chão e começo a juntar a papelada mas sem prestar muita atenção começo a amassá - los.

— Ben, pare com isso.

Largo as folhas no chão nada delicado.

— Me desculpe. Eu não consigo.

Me levanto e vou ao encontro de Elai.

— Mentor, o que há de errado comigo ?

Elai apenas sorri.

— Porque estou assim ? Porque não consigo esquecer ?

— Há alguém que quer conversar com você Ben.

— Comigo ? Mas preciso arrumar isso logo.

— Deixe isso comigo, essa pessoa não é alguém que devemos deixar esperando.

Sigo por um jardim florido, borboletas voavam por todo lugar, o cheiro de rosas estava no ar.

Avisto crianças de roupas claras brincando e correndo umas com as outras. A um homem entre elas, ele estava rindo e brincando também.

Fico parado olhando, aquela cena era linda. O homem de vestes brancas me nota e acena para mim, ele se afasta um pouco das crianças e o sigo.

A luz que emanava dele era algo incrível.

Mesmo vivendo aqui todo esse tempo nunca tinha visto algo tão majestoso. Ele senta em uma grande pedra e me olha. Sinto uma paz enorme dentro de mim. Toda aquela preocupação que antes me assolava sumirá em sua presença.

— Sente - se ao meu lado filho.

Sua voz ao mesmo tempo imponente era suave. Sua pele era bronzeada e seus cabelos longos.

Faço o que ele pediu e ele abre um lindo sorriso.

— É uma vista bonita, certo ?

— Sim, senhor.

— Olha como elas brincam, estão repletos de felicidades.

Olho as crianças por um tempo e não consigo esconder o sorriso também.

— Tenho te percebido por muito tempo filho. Sei como tem lutado por tal felicidade. Sempre tevês um puro coração mas o mal sempre te impedia de encontrar lá.

Volto minha atenção ao gentil homem.

— Você se lembra de algo ?

— Não, senhor.

— Deixe-me ajudá- lo então.

No mesmo instante sou repleto de visões, eu via um homem que chorava ajoelhado ao chão. Chego mais perto dele e vejo que há um corpo em sua frente.

Um presente do céuOnde histórias criam vida. Descubra agora