Capítulo 5 - Esculpido por deuses!

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— Aqui. Essas são algumas roupas do meu marido, vão ficar um pouco curtas já que você é mais alto mas vão servir.

Minha mãe entrega delicadamente a roupa na mão do rapaz que ainda sentado no sofá tentava assimilar tudo.

— Assim que suas roupas secarem você deverá seguir seu caminho.

Delicada até a página dois né mãe.

Mas eu a entendia, um cara totalmente desconhecido estava na sua casa nesse exato momento pondo supostamente em risco a vida da sua filha e do seu marido, é claro que ela ia ficar atenta.

— Seguir meu caminho ?

O rapaz disse em voz baixa, quase como se perguntasse a si mesmo.

— Isso, você não poderá ficar aqui. Afinal de contas não lhe conhecemos, não sabemos de onde veio e nem como parou no nosso quintal. Morgana mostra o banheiro para que ele possa se trocar.

O rapaz se levanta em meio às cobertas e me segue encolhido.
Apesar de já ter escovado os dentes e penteado o cabelo, eu ainda estava envergonhada. A maioria das pessoas me intimidam mas com ele é diferente, é como estar perto de um Deus grego alto, forte e bonitão.

—O interruptor fica logo ali, pode usar o vaso sanitário se precisar também.

O grego entra meio assustado no banheiro e aperta o botão. A luz acende e ele dá um pulo assustado.

—O que é isso ?

— Luz!

— E sai do teto ?

— Sim, você nunca tinha visto uma lâmpada acesa ?

Sua cabeça balançou negativamente e os olhos estavam super arregalados.

— De onde você vem não tem luz ?

— Tem, mas não é assim. Lá é natural.

— Natural ?

— O que está havendo ?

Meu pai chega perto alarmado

— Nada ele só se assustou. — Meu pai o olha de rabo de olho e sai de perto. —Troque de roupa e quando sair apague a luz.

Fiquei aguardando ele fechar a porta mas ele não fez. Apenas tirou o suéter deixando parte do corpo à mostra.
Eu fiquei desesperada e tampei os olhos com a cena de um quase nude.

— Fecha a porta, você tem que fechar a porta.

Ele me olha assustado e eu mesma fecho a porta por fora.
Meu pai veio novamente só que dessa vez com um chinelo na mão.

— O que houve ? Ele tentou te agarrar ? Ah, eu mato esse moleque.

— Pai, calma! Não foi nada disso. Dessa vez quem se assustou fui eu.

— Se assustou com o que ?

— Ah... Uma barata. Ela passou correndo e você sabe como odeio esse bicho.

Saio de perto dele o mais rápido possível e vou para meu quarto. Me sentei na cama e percebi que meu coração estava acelerado e minha bochecha ardia. Eu nunca havia visto um homem assim tão de perto.

— Eu sou realmente estranha, fiquei nervosa só porque vi um cara sem camisa.

Disse a mim mesma tentando controlar meu coração e logo percebi o quão desconhecida dos homens eu sou. É claro que eu já havia visto um cara sem camisa, meu pai vive andando pela sala com seu barrigão de chopp a mostra. Mas aquilo que eu acabara de ver era diferente. Era surreal.

Um presente do céuOnde histórias criam vida. Descubra agora