Capítulo 28 - Monalisa teria inveja de você! (BEN)

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Depois de andarmos bastante, Morgana finalmente parece ter se interessado por algo.

— Ben, vou experimentar esse. Você pode me esperar ali.

Me sentei no pequeno sofá segurando sua bolsa. Alguns longos minutos se passaram, mas ela não aparecia.

Veio a minha mente Dona Ivana me pedindo para tomar conta dela e fico preocupado. Chamo por ela mas não tenho resposta, então vou aonde ela entrou e abro a cortina.

Fico em choque com a cena. Morgana estava apenas de roupas íntimas se olhando no espelho.

—Ben!

Ela me empurra e fecha a cortina. Eu fico desesperado e a abro novamente.

— Achocolatado me perdoe, eu estava preocupado com você.

Ela me empurra novamente e fecha a cortina pela segunda vez.

Poxa Ben, você realmente não sabe agir como uma pessoa normal.

— Não tem problema Ben. Não estou correndo perigo. — Sua voz calma me faz sentir melhor, espero não ter assustado ela. — Sente lá novamente, eu já vou sair daqui.

Meu rosto está queimando, mas faço o que ela pediu. Espero um minuto e ela sai de lá usando um lindo vestido preto. É mediano e tem mangas compridas. Os cachos de seu cabelo agora solto a faziam ficar ainda mais bonita.

— Gostei desse, mas não dá.

— Porque ?

— É preto não posso ir num casamento usando preto.

— Mas ele...

Antes que eu terminasse de falar ela entra novamente na salinha com cortinas.

Passa algum tempo e ela sai usando outro vestido. Era um rosa, não tinha mangas e era bem cheio na parte de baixo. Tinha ficado ótimo nela, já que mostrava suas lindas coxas.

— Uau, esse é...

— Horrível!

Morgana corta o que eu ia dizer com uma gargalhada alta.

— Parece aquele do filme das branquelas.

Ela diz entre uma risada e outra.

— Branquelas ?

— Nunca viu ? É um filme maravilhoso. Depois vamos assistir. Agora deixa eu tirar esse troço horroroso.

Ela sai gargalhando e eu não consigo controlar o sorriso também. Ela era muito engraçada e ouvir sua gargalhada era tão bom.

Passa mais um tempo e ela sai de lá novamente. Dessa vez ela usava um vestido azul escuro, sua alça estava caída deixando os ombros à mostra, sua parte de baixo era fluida, como se ela estivesse flutuando e tinha uma abertura que aparecia quando ela andava.

— Esse é...

— Linda!

Dessa vez fui eu que a cortei. Ela havia prendido o cabelo longo e negro mas alguns cachos caiam sobre seu ombro. Era como ver uma pintura, a mais pura beleza. A maior criação de Deus.

— É também achei ele lindo e incrivelmente não está muito caro. Acho que já tenho o escolhido.

Acenei que sim com a cabeça e ela sorriu para mim. E foi ali naquela loja com o ar condicionado ligado, que meu corpo ficou demasiadamente quente e meu coração acelerou novamente.

Eu tive certeza que estava acontecendo algo comigo e não me parecia algo de médico, eu não estava doente.

Pelo contrário, eu estava muito vivo.

Um presente do céuOnde histórias criam vida. Descubra agora