Sebastian
— Amei o jantar, Sebastian! Amei tudo!
Ouvir Carolina agradecendo era como uma melodia para meus ouvidos, e constatar que
consegui manter o cavalheirismo ao proporcionar a ela algumas horas agradáveis na minha
companhia valeu muito a pena. Eu realmente apreciei estar ao lado dela, podendo conhecê-la
melhor sem as trocas de farpas que estávamos habituados a lançar um contra o outro. Pude ver
seu lado mais sereno, dinâmico e menos agressivo, descobri assim que gostava das duas versões.
A mais valente.
E a outra, que era doce como mel.
Um delicioso contraste.
Carolina era realmente uma caixinha de surpresas.
— Gostou mesmo? — perguntei, sem tirar o olhar da estrada. Era noite e não podia colocá-
la em perigo por nada neste mundo. — Ou está mentindo para mim?
— Não sou uma mulher de mentiras, Sebastian. Eu realmente amei o passeio, o jantar, a
comida, tudo… Até o ursinho que você me deu.
Era verdade.
Depois do jantar, que foi finalizado com uma deliciosa sobremesa, levei Carolina para dar
uma volta pelo centro da cidade antes de pegarmos a estrada. Foi aí que passamos por um parque
de diversões e não perdi tempo em tentar surpreendê-la um pouco mais ao comprar o tal urso.
Ela amou.Parecia uma criança pequena.
Aproveitamos um pouco mais para andar pelas ruas, conhecer o lugar que visitávamos.
Tomamos sorvete enquanto falávamos sobre a vida, assuntos engraçados, paralelos, até o
momento em que percebi que estava ficando tarde e era hora de voltar.
Hora de voltar à realidade.
Augusto era o único que sabia onde eu estava, visto que não devia satisfações ao meu pai,
e, se soubesse que estava saindo com Carolina, iria pegar no meu pé. Então, quando saí de casa,
tive todo o cuidado do mundo para não encontrar Marcos Ward pelos corredores da fazenda.
Eu não conseguia imaginar o que meu pai pensaria se tivesse conhecimento dos meus
interesses com a garota que residia nas terras de que ele tanto queria tomar posse.
O melhor era deixar tudo em segredo.
E assim eu fazia minha teia de mentiras.
— Fico feliz que tenha gostado — murmurei baixo.
Até o presente momento, consegui agir feito um lorde, com respeito, reprimindo o lado
animalesco, possessivo que habitava em mim e que ansiava partir para o ataque.
Porra!
Carolina estava muito linda essa noite, bem-vestida, poderia dizer que estava vestida para
matar, o que só realçou ainda mais seu corpo e as curvas que eu tanto admirava em silêncio.
Nessa altura do campeonato, eu não conseguia mais negar o desejo desesperador que sentia por
ela.
Era tarde demais.
Eu precisava tê-la.
Eu precisava tomá-la para mim.
Merda!
Parei o carro próximo de umas árvores, bem longe da rota da pista, o que nos deixava em
segurança
— Ei, o que aconteceu?
— Não aconteceu nada, Carolina.
— Você… Você parou o carro!
— Sim, eu precisava respirar um pouco. Estou com falta de ar… — Tirei a mão do volante
para abrir os primeiros botões do terno.
— Está passando mal? Sebastian…Senti a mão de Carolina tocar minha perna, e esse contato não ajudava em nada.
— Sim, sim. Estou passando muito mal.
— Droga! Temos que chamar a ambulância, não sei…
Coloquei minha mão sobre a dela.
— É passando mal de desejo, amor. E a culpa é toda sua, Carolina.
— Eu? Deus do céu! — Arregalou os olhos de jabuticaba, incrédula. — Não me diga que é
um infarto, ou algo do tipo dado à sua idade?
— Voltou a me tratar como se eu fosse um velho, senhorita Santos?
Era inacreditável mesmo!
Foi impossível não gargalhar alto.
— Bom, jovem você não é…
— Estou bem — garanti. — Não estou perto de bater as botas, nem nada do tipo, amor.
Meu mal-estar está ligado totalmente à senhorita…
— Pronto! Agora sou culpada…
— Isso mesmo! Sabe o quanto foi difícil para mim passar essas horas todas ao seu lado
sem avançar o sinal? Eu tô morrendo, mas é desejo de atacar essa sua boquinha, esfregar o nariz
em seu pescoço até que não reste uma fagulha em mim que não decore a porra do seu cheiro.
— Isso é mil vezes pior que um infarto.
— Estou sentenciado, Carolina, e só você pode e deve me salvar…
Não consegui tirar o olhar dela, vendo-a sem jeito, perdida, mordiscando a ponta dos lábios
com tanta força que podia até sangrar.
Aproveitei para tirar o cinto de segurança e partir para o plano B.
— Não faça isso… — Estendi a mão para tocar em seu rosto, com sutileza. — Não morda
assim, ou serei obrigado a fazer carinho com a boca.
— Você quer me beijar — constatou o óbvio.
— Pagaria milhões para beijá-la.
— Que pena que isso não é uma opção… porque… — Observei-a tirar o cinto de
segurança, tomando a atitude de vir lentamente em minha direção. — Se for para beijar, quem
decide sou eu.
— Você me odeia e não tem coragem de fazer isso. Me chama de velho, mas a garotinha
cheirando a leite aqui é a senhorita… — provoquei. — E sabe o que pessoas que cheiram assim fazem? Elas fogem… Fogem, Carolina — disse grosso e firme.
Era para ser um aviso, e o que recebi de volta me deixou extasiado. Carolina simplesmente
veio para meu colo, sem pudor ou medo, atacando meus lábios igual a uma gata felina, agarrando
meu pescoço com as mãos, como se fosse me golpear.
Caralho!
Correspondi de imediato o beijo, colocando as mãos em torno da sua cintura, mantendo-a
bem agarrada a mim; apliquei força, para que não se soltasse, um atrito delicioso e quente.
Eu estava fodido!
Carolina devorou meus lábios, mordeu, provou minha língua, e me vi entregue, rendido,
deixando-a conduzir da maneira como queria Eu não passava de uma marionete em suas mãos,
pronto para beijar o chão se possível, só bastava pedir.
Sem querer, virei a porra de um golden. E eu ainda nem tinha levado um chá de boceta.
Minha gata felina deu uma leve rebolada, o que não ajudou em nada, fazendo o meu pobre
pau sofrer por antecipação. Eu me encontrava todo duro, babando na cueca se duvidasse. Ali,
com ela, eu me sentia um adolescente na puberdade.
Resolvi partir para o ataque, foi a minha vez de reivindicar sua boca, fartando-me do seu
beijo, seu sabor adocicado, único e puro de garota do campo. Lambi, suguei e tentei controlar a
mão o máximo para não avançar o sinal, ou iria assustá-la.
— Carol… — sussurrei a duras penas, descendo com a boca em seu pescoço. — É
perigoso sentar no colo de um homem assim, sabia disso?
— Não sou uma garotinha cheirando a leite — recebi em resposta um arranhão na nuca. —
Volte a falar novamente isso que da próxima vez vou acertar seu pau com um chute.
— Um chute? — Lambi sua pele, deixando mordidas com força. — Não pode machucar
seu brinquedo, amor.
— Não estou interessada. — Negou, enquanto rebolava devagar sobre o meu membro, sem
vergonha.
— Aposto que, se eu meter os dedos em sua boceta, vou encontrá-la toda molhada… Já
gozou antes, Carolina?
— Ahn… Não — foi sincera.
Ou não.
Eu precisava descobrir.
— Que pena, é uma delícia. Eu bem que podia fazê-la sentir o quanto é gostoso alcançar o
ápice do prazer…
— E… Por que… Por que não faz?
Sorri com tamanha inocência.
— Não posso, amor, ainda que queira muito fazer isso… Estamos no meio de uma estrada,
onde qualquer um pode passar, até mesmo pode vir aqui nos importunar ou assaltar.
— Você sabe como quebrar o clima — sussurrou baixinho.
— Sim, afinal sou um brutamontes e não um cafajeste de quinta categoria. Se eu tiver que
fazê-la sentir prazer, será em um lugar onde possa te oferecer conforto de qualidade. Acredito
que agora tenha o seu sim para mais alguns encontros, certo?
— Você sabe como persuadir — murmurou, saindo do meu colo. — E a minha resposta é
não, Sebastian.
— Vai mesmo se privar de viver tudo que posso lhe oferecer?
— Sim. Posso ser uma garota amazona, com pouca experiência, mas sei muito bem que, se
tenho cinco dedos nas mãos, estes mesmo servem para enfiar em mim e me dar prazer melhor
que ninguém.
— Mentiu para mim — rosnei, pronto para puxá-la para meu colo de novo.
— Quem sabe? — Deu de ombros. — Será que podemos seguir estrada ou vou ter que
andar a pé?
— Vamos, mas isso aqui que aconteceu não acabou, entendeu?
— Entendido, velhote. — Piscou um olho, toda cheia de graça.
O plano inicial de levá-la a um encontro romântico deu certo, o outro de beijá-la fracassou
do meio para o fim, então tudo que me restava era tentar uma última vez.
O plano C.Dêem ⭐
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Os trigêmeos perdidos
Fiksi PenggemarSebastian Ward passou metade da sua vida em solo americano. Herdeiro do império do café, o bilionário é um dos homens mais renomados e conceituados do mundo. Aos quarenta e três anos, tudo que Ward quer é continuar expandindo seus negócios, não impo...