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Carolina

Sonho!
Eu estava vivendo um sonho!
Fazia quatro dias que havíamos pousado na capital, um percurso rápido, tranquilo e feito
de jatinho particular. Sentira muito medo durante o voo, mas Sebastian soube muito bem como
me distrair e fazer meus medos irem embora. Eu não tinha muito do que reclamar, senão da
saudade que sentia do meu pai, que eu deixara para trás com uma mentira sem sentido.
Ele acreditou.
O barão fizera o convite para acompanhá-lo durante duas semanas, eu não podia
simplesmente abrir o jogo e contar sobre isso ao meu pai, restando-me apenas mentir. Pedi a
permissão de seu Antônio para viajar com uma amiga, a mesma que ele desconhecia, no entanto
não foi um empecilho e permitiu de primeira.
Simples assim.
Meu pai era realmente muito bonzinho, o que fez meu coração se apertar por estar traindo
sua confiança pelas costas, enquanto na verdade estava indo passar uns dias na companhia do
homem que eu julguei odiar com todas as forças.
Sentimento este que tem ido embora, pouco a pouco.
Pensar nisso me deu um calafrio.
Sebastian vinha me mostrando suas nuances, seu lado mais cavalheiro, respeitoso,compreensivo e extremamente carinhoso, coisas estas que me fizeram repensar sobre ele, assim
dando-lhe um voto de confiança. Isso tudo, sem dúvidas, contribuiu para que eu fizesse uso da
mentira e viesse nessa viagem.
Só quem sabia era Tamiris e dona Lurdes, as únicas em que eu confiava.
Sempre foi meu sonho conhecer o mundo, ou pelo menos uma parte, e a capital podia ser
um bom começo para alguém que nunca sequer fora ali. Desde que pisamos os pés na cidade,
havia um carro à nossa espera e logo fomos para o hotel, onde Sebastian fez reservas para nossa
estada. Um lugar extremamente luxuoso, tanto por fora quanto por dentro.
Quase caí para trás quando vi.
O prédio era enorme, tinha começo, mas o fim era alto demais para se observar de baixo,
confesso que até senti um leve tremor nas pernas. Sebastian, ao perceber, tentou me acalmar e
explicou que estava tudo bem. Eu apenas sorri, nervosa. Era tudo novo para mim. A cidade
movimentada, carros para lá e para cá, pessoas, rostos diferentes, uma agitação que eu nunca
vira.
Logo mais, subimos para o quarto para descansar um pouco. Meu barão me deu espaço
para tomar banho, me arrumar e pedir o que quisesse, se estivesse com fome. E em nenhum
momento tentou me beijar ou algo de conotação sexual, respeitando meu tempo em meio a tantas
emoções.
E mudanças, é claro.
Só que isso durou pouco.
Ao anoitecer, saímos juntos para jantar no centro da cidade e na volta fui agraciada por sua
boca, suas mãos, levando-me ao sublime ápice do prazer, o que me fez adormecer. Eu apaguei,
simples assim. Desde então estamos em uma espécie de rotina, Sebastian sai pela manhã a fim de
resolver algumas coisas, me deixa sozinha, mas logo volta, pela tarde. Depois saímos juntos para
passear e finalizamos a noite juntinhos.
Sua boca em mim.
Nos meus seios.
Lá em baixo…
Por todos os lugares!
Não sabia até quando iria aguentar me manter pura com ele ao lado…
Essa manhã, acordamos cedo porque o barão do café prometeu que me levaria para dar
uma volta no Centro novamente. Só que dessa vez era para andar pelas lojas, comprar roupas e
tudo que eu quisesse, é claro. Como dizer não? Eu havia levado dinheiro para a viagem e
aproveitaria para gastar um pouquinho, se possível.
— Já sabe o que vai comprar?Sebastian surgiu no meu campo de visão, sua figura máscula tomando conta do espelho em
nossa frente. Suas mãos envolveram meu quadril, deixando um beijo estalado e meu pescoço,
causando arrepios.
— Uhum. Vou aproveitar para comprar algumas coisas que lá em Soledade não tem… —
Terminei de passar o batom nos lábios e fui logo guardar tudo dentro da mala.
— Compre o que quiser. — Veio em minha direção, entregando-me um cartão. — Faça as
honras…
— O que significa isso? — perguntei de primeira, meio incerta.
— É um cartão para você usar nas compras. Pode usar como quiser.
— Oh, não quero, não! Eu tenho dinheiro para comprar o que quiser. — Devolvi, torcendo
os lábios.
— Não fique ofendida, amor. Veja como um presente. Você é minha convidada e quero
banhá-la com tudo que tem direito… Roupas, joias, lingeries… — sussurrou de forma sedutora,
aproximando-se de mim. — Eu tenho pleno conhecimento de que você tem condição de comprar
tudo isso, só que eu pago, okay?
— Você sempre quer tudo, Sebastian.
— Infelizmente, e tudo que quero, tenho. E você é minha, baby.
— Não sou coisa nenhuma! — Franzi o cenho, brava. — Isso não!
— É claro que é, amor. Só questão de tempo para oficializar isso tudo. — Tocou com os
dedos no meu rosto. — Aceite o cartão. É só um presente…
— Quais as chances de você cobrar o pagamento depois?
— Isso nunca, baby. Não estou te comprando, nem nada do tipo. É só um presente, veja
como algo em prol da nossa trégua, que tem se estendido e me dado a chance de conhecê-la
melhor.
— Não sei, não. — Mordi a ponta do lábio.
— Apenas use, sem moderação. Principalmente porque hoje temos uma ocasião muito
especial…
— Não entendi.
— Vamos a outro jantar…
— E nem sequer me comunicou?
— Estou fazendo isso agora. Quer, ou não? — pediu com um sorriso largo.
— Quero. Só porque, sabe muito bem, não recuso comida por nada neste mundo —
brinquei.— Meu maior prazer é alimentá-la, baby. Enchê-la de comida e tudo aquilo que merece.
— Uau, nem parece mais o brutamontes que conheci.
— Ele ainda habita em mim, só está tirando férias. — Gargalhou.
— Vou pegar minha bolsa para irmos às compras então, barão.
— Ao seu dispor, baronesa.
Já havia passado por três lojas, comprado algumas roupas, vestidos, blusas, calças, as
coisas que mais usava no dia a dia. O que me deixou de boca aberta foram os preços, um mais
caro que o outro, apesar de que quem pagaria por tudo era Sebastian.
Teimoso!
Até tentei convencê-lo a me deixar pagar, mas fui persuadida a mais uma vez aceitar, como
uma marionete que estava em suas mãos. E, assim, aproveitei para me divertir e gastar; é claro,
com consciência e limites, visto que não me cabia usufruir sem controle só porque ele iria pagar.
Eu não era assim.
E nunca seria.
Comprei apenas o essencial.
Entramos em um salão de beleza e tive um momento de glamour, cuidados no cabelo, na
pele, unha, e, por fim, dei vida a uma nova versão. Deus! Eu quase não me reconhecia ao me
olhar no espelho. Nem mesmo parecia aquela garota do mato que vivia sempre malvestida,
cabelos presos e zero cuidados.
Ali, longe de tudo, me senti mulher.
Pela primeira vez fui prioridade.
Olhei para mim com amor.
Suspirei fundo.
— Pegou tudo que queria?
Senti as mãos de Sebastian me abraçarem por trás, com força. Assim que saímos do salão
de beleza, fomos direto para uma loja de peças íntimas renovar todo o meu estoque.— Peguei, sim. — Sorri de lado.
— Que tal experimentar este conjunto?
Pegou uma lingerie vermelha, toda rendada, e entregou-me.
— Vista. Vá para aquela última cabine — sussurrou ao pé do meu ouvido. — Por favor.
— Tudo bem. Posso fazer isso. — Dei de ombros, peguei a peça e assim fui.
Por sorte, usava essa manhã um vestido soltinho, floral, e que facilitava muito na hora de
provar qualquer coisa. Comecei a dar fim à roupa, deixando no chão, para experimentar a
lingerie. Achei, de primeira, pequeno demais, meus seios se apertavam no sutiã como se
tivessem triplicado de tamanho. Já com a calcinha, tive outra impressão, realçou bem a parte de
baixo, e não senti nenhum incômodo.
Quase dei um gritinho ao ver Sebastian adentrar a cabine.
— Sebas… — Não terminei de falar, senti sua mão cobrir meus lábios.
— Olha como você está gostosa! Eu poderia facilmente te foder aqui, se a sua bocetinha
ainda não fosse virgem. — Afastou a mão, para percorrê-la pelo meu corpo, apalpando meus
seios com força. — Tão gostosa, caralho…
— É perigoso. Vamos ser pegos…
— Ninguém vai entrar aqui. Será que posso fazê-la gozar rapidinho?
— Não, Sebastian… — sussurrei em um gemido assim que senti sua mão entrar por dentro
da calcinha. — Ah!
Seu dedo cutucou minha entrada, dedilhando com cuidado, até que se ajoelhou em minha
frente, colocando a peça para o lado e caindo de boca.
— Nossa! Sim… Por favor!
Sebastian me lambeu, chupou, tomou minha excitação, levando-me a perder o resto de
sanidade que existia.
— Não geme alto, não, baby. Deixe para fazer isso quando estivermos a sós.
— É difícil. — Mordi o lábio com força. — Por que quis me torturar assim?
— Estou só fazendo sua viagem ser a melhor de todas, baby… — Penetrou um dedo
devagar, sua língua subindo e descendo, focando em meu ponto de prazer.
Droga!
Tentei não gemer, mas era difícil demais.
— Vai gozar tão rápido, amor… E eu vou beber tudinho.

— Eu quero tudo, Sebastian!
— Vai me deixar tomar sua virgindade, é isso, amor?
— Sim. — Engoli um gritinho, assim que aumentou a sucção com intensidade. — Eu
quero…
— Vai ser um prazer ser o seu primeiro, meu amor. Uma honra.
Foi o meu fim.
Alcancei o ápice do prazer.
E, em meio a toda a neblina, eu me perguntei com que cara iria sair daquela cabine depois
de Sebastian ter entrado e me dado um baita oral.

Dêem ⭐

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