O que se refaz, de maneira muito melhor

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Oiii gente!!!
Já fazia um tempo que eu precisava trazer esse cap pra essa fic. Percebi que o salto temporal que ela deu no último cap ficou muito sem nexo então, já que eu voltei com essa vontade de arrumar a bagunça, vamos lá!

Espero que gostem e tenham uma ótima leitura.

O cap "obrigada por me amar" vai continuar sendo o último s2

* ~ * ~ *

E lá estava ela, mais uma vez, se preparando para um casamento.

Entretanto, muito diferente do que havia acontecido antes, as coisas eram mais simples.

Não havia todo o luxo que a cercara naquela outra ocasião, tão pouco o frio na barriga de estar tomando um passo tão importante. Já não era mais uma moça tão ingênua, movida somente por seus sentimentos.

Dessa vez, toda a maturidade e equilíbrio que lhe falava, transmitiam a clareza de que seu casamento, agora sim, seria eterno.

A paz de espírito abrandava seu coração e a fazia se sentir muito feliz, era o melhor adorno que uma noiva poderia ter mais do que qualquer joia, ou flor.

Não havia tantas flores. Não estava cercada de rosas, tulipas e chuvas de prata. Eram somente as rosas que Adrien havia lhe comprado e dado de presente. As rosas vermelhas que fariam seu buquê.

Ele mesmo tinha dito que as rosas costumavam lembrá-lo sobre si. Eram lindas, aparentavam delicadeza mas possuíam espinhos e eram resistentes, mesmo que muitas pessoas duvidassem.

"Isso tudo é você"

Lembrou-se de suas palavras quando lhe entregou as flores. Um sorriso surgiu em seus lábios pintados da mesma cor que as pétalas, enquanto caminhava em direção ao espelho de seu quarto.

Mirando seu reflexo, de forma instantânea a imagem de si, trajando seu longo e caro vestido de noiva no dia que casou com o Couffaine, contrastou com a imagem da realidade.

O vestido que usava agora, não era tão caro e muito menos cheio de adornos. Era apenas um vestido de caimento simples, cor neutra, suave e perfeito. E era como deveria ser. Como a sua vida seria.

Então, carregando felicidade em seu semblante terminou de se ajeitar, vendo logo em seguida que Adrien havia acabado de se arrumar no outro quarto. Recostou-se na porta para vê-lo dar uns pequenos tapas sobre o terno.

Estava tão lindo, como conseguia ser assim tão bonito? Desde início, desde sempre.

Naquele pequeno instante, lembrou-se de tudo o que tinham passado.

A medida que o estudava com o olhar, seu homem, que era tão correto, tão distinto, havia aparecido daquele jeito inusitado.

Os dois não tinham se conhecido ao acaso e muito menos experimentado de encontros naturais, namoro ou qualquer processo lento que os levaria até onde estavam.

Foram unidos por algo que não poderia ser motivo de uma união, a traição, de quem julgavam que poderiam confiar sem medo. Era inacreditável.

Sabendo como Adrien poderia amar e como ele a segurava e a beijava, como ele a cuidava, de que forma, essa ternura encontrou a dor de uma traição?

Uma crime, aquela outra não passava de uma idiota, e ela o havia perdido para sempre, porque jamais o deixaria livre novamente.

- Que tal estou?

Riu ao vê-lo abrir os braços para si lhe fazendo tal questionamento audacioso. Como poderia estar, além de perfeito?!

Chegando perto, beijou a ponta de seus dedos os tocando na boca do loiro que suspirou cerrando os olhos.

- Do jeito que eu sonhei. - murmurou, o sentindo beijar sua testa para que logo em seguida a encostasse com a sua própria.

- Você está se sentindo bem? - Adrien referia-se a gravidez inicial, colocando uma das suas mãos sobre o pequeno volume pelo qual já criava uma certa forma no ventre de Marinette, que confirmou, balançando a cabeça.

- Melhor eu não poderia estar, e tenho certeza que nosso bebê está feliz também.

O loiro sorriu de olhos fechados mantendo a testa encostada a da sua futura esposa, em meio ao silêncio que pairou não quarto.

Ela fazia o mesmo, com a certeza de que esse era o tal sonho que povoava sua mente desde menina. Muito melhor do que qualquer conto de fadas, príncipes encantados, casamentos perfeitos, estava casando com um homem real, com um amor real.

O homem que não queria ser mais do que a si mesma, que a pegava pela mão e a levava ao seu lado.

Que a acompanhou até o carro, dirigiu o percurso todo a olhando,refletindo através daqueles olhos vedes o quanto ele a amava, a fazendo ter certeza mais uma vez dessa doce verdade.

Encaminhando-se sempre ao seu lado até o cartório onde aconteceria o casamento, tendo apenas o casal de amigos que convidaram para ser suas testemunhas.

Aquele mesmo homem que através do seu sim, ele a amaria na saúde, na doença, na tristeza, tal como a amou quando os dois estavam desesperados por verem suas vidas mudando de uma hora para outra.

Na pobreza e na solidão, em meio a nebulosidade de um sentimento tão sórdido como a vingança, ele a amou e ele a trouxe para a superfície de novo, para que pudesse amá-la na felicidade e na riqueza.

A riqueza que estava em seu ventre, que seria o elo eterno entre os dois, a coisa mais importante que teriam em comum.

- Você aceita Adrien Agreste como seu legítimo esposo?

- Sim. - respondeu sorridente deixando uma fina lágrima borrar de leve sua maquiagem sútil. - Mil vezes sim.

Para sempre sim, e seria assim até que todas as coisas se refizessem de modo muito melhor. Tudo de ruim ficaria enterrado no passado. Começando pelo doce beijo que trocaram no momento que o juíz os proclamou marido e mulher.

- Finalmente. - ainda com as bocas entrelaçadas, Adrien murmurou. - Agora eu tenho você só pra mim.

- Só pra você. - e ela o respondeu, mirando seus lábios tão molhados e quentes, que a convidaram para mais um beijo rápido.

Dessa maneira, foram almoçar com seus amigos e seguiram direto a um lugar que haviam escolhido comemorar seu casamento.

Era um hotel que ficava no meio da cidade de Paris, que dava uma bela visão da torre Eiffel erguida e majestosa sobre seus olhos, no momento que já se encontravam na varanda, admirando a bela visão da cidade.

No frio que abatia sobre suas peles, contrastando com o calor que emanava em seus corações.

- Eu te amo.

Marinette o ouviu dizer em seu ouvido. Fechou os olhos.

Não tinha como duvidar. Sabendo que naqueles braços quentes estaria segura, no amor, nos seus sentimentos, sem medo de entregar tudo o que havia de bom em si, como seu coração, receberia em troca, da mesma forma.

Ele não a faria chorar e ela não o faria sofrer. Tinha certeza disso, porque poderia ver em seus olhos verdes, através de sua alma e cuidado, que ele a amava da mesma maneira que o fazia.

E desse jeito, tudo se tornaria novo e ideal. O mundo que eles sempre desejaram estar.

Loveless RevengeOnde histórias criam vida. Descubra agora