♥︎𝑀𝐸𝑈 𝑆𝐴𝐿𝑉𝐴𝐷𝑂𝑅♥︎

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Não havia como descrever a situação.
Um carro batido, um pedestre, sirenes e luzes piscantes.

Abriu levemente os olhos e um borrão se formou na sua vista, não podia ver nitidamente, possivelmente sofreu uma concussão durante o impacto.

— Snow!

Uma voz... Ouço uma voz me chamar... É o meu fim? Não... Ainda não, ainda tenho muito o que viver.
Meu corpo está tão leve, mas meus olhos estão pesados. Não posso fechar os olhos!!
Mantenha-os abertos Snow!

— Snow!

De novo? Será que alguém veio me ajudar? Por favor que seja isso.

Assim que conseguiu abrir os olhos, um borrão na sua vista permanece, mas podia ver a silhueta alta e que fazia sombra em seu rosto. Quando o borrão sumiu, era nitidamente o rapaz de antes. Sua cabeça doía, e seu corpo também doía.

Olhou para os cantos vendo o carro batido contra o poste de luz, que estava envergado pelo impacto da batida. Snow, um pouco atordoada, não percebeu na hora, somente alguns segundos depois notou que o rapaz, Aone, a segurava em seus braços. Ainda no chão, tentou recordar-se do momento, mas as chances foram falheis.

— O que... aconteceu? — Sua cabeça rodava a cada virada que fazia.

Assim que ficou consciente, se esgueirou como um tiro de perto dos braços do rapaz. Com o susto que havia levado dela, sua reação única foi tentar acalma-la do momento.
Por poucos metros, quando Aone estava saindo da conveniência, viu o carro vir na direção da calçada e correu para salvar a garota. Ele se agarrou nela e se jogaram para o lado, evitando desastres maiores.

Assim que notou o seu salvador, ficou um pouco aflita pelo momento do toque entre eles e também o contato com o chão sujo, e imediatamente recorreu a sua mochila em busca de algo. O mesmo a olhava com estranhamento até ela retirar da mochila um frasco de álcool em gel e lencinhos umedecidos.

Esfregou os lenços na região de seus braços e seu rosto, com o frasco de álcool em gel passou um pouco nas mãos e se queixou em deixar os lenços em algum lixo por perto. Apesar de ser um pouco misofóbica(medo patológico de sujeira), não deixou-se levar pela fobia tão cedo e recorreu a sua educação.

Se levantou do chão ainda se limpando com os lenços restantes e aí foi que notou o olhar autêntico do mais alto para cima de si. Sentiu seu rosto querer explodir ali mesmo pela vergonha e tentou se justificar.

— D-desculpa! É que eu n-não suporto entrar em contato com sujeira!

Parece que aquilo não surgiu muito efeito e desejou fortemente cair em um buraco.

— Muito obrigada, Aone-san!

Desta vez, foi a vez do rosto do rapaz ficar vermelho como tomate pela tamanha educação. Não esperava que aquela garota tão quieta da sala fosse tão gentil.

— De nada...

Ambos observaram ao chão suas compras todas jogadas e amassadas. Aone tomou a dianteira e começou a pegar os sanduíches embalados e suas bolachas esmagadas e esfareladas.

— Sinto muito — Disse ela — Quer ficar com o meu?

Ofereceu a ele um dos sanduíches embalados e ele respondeu rapidamente com um ar alegre e um fino sorriso. Ao ver aquela reação, sentiu-se orgulhosa de sua ação.

— Ah! Minha bicicleta!

Correu para perto do bicicletário e observou cada canto para ver se seu dirigível estava em perfeita condições.

O sino quebrou (⁠╥⁠﹏⁠╥).

— Meu sininho...

Aone tenta sinalizar algo com as mãos, até observa-lo apontar para o horário de um dos postes da rua.

— Por Deus! Vamos nos atrasar!

— Hum!!!

Começou a pedalar e ele a correr ao seu lado. E ambos foram assim, não escolhidos pelo acaso, mas o acaso os fez se conhecerem melhor.

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𒊹︎︎︎ 𝑈𝑚 𝑎𝑚𝑜𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 𒊹︎︎︎ᵃᵒⁿᵉ ᵗᵃᵏᵃⁿᵒᵇᵘOnde histórias criam vida. Descubra agora