𒊹︎︎︎ 𝑈𝑚 𝑎𝑚𝑜𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 𒊹︎︎︎ᵃᵒⁿᵉ ᵗᵃᵏᵃⁿᵒᵇᵘ

♥︎𝐹𝐴𝑀𝐼́𝐿𝐼𝐴♥︎

Snow guardava suas coisas no guarda roupa enquanto Sakusa limpava o chão, agora que a família se entendeu, puderam deixar de lado todas as desavenças e continuar suas vidas sendo uma família próspera.

— Omi-san, você sabe onde está a minha caixa de troféus?

— Caixa de troféus? Diz daqueles cacarecos de pendurar na parede?

— É... Meio que é isso mesmo.

— Porque quer eles?

— Pra eu enfeitar.

— Enfeitar pra que?

— Para ficar bonito.

— Só isso?

— Sim.

Ele aponta para uma direção e ela vê a caixa do lado de fora do quarto. Pegou a caixa e a colocou em cima da cama, abriu-a e viu todos os troféus que havia ganho durante o período juvenil.
A melhor escultura em equipe do clube de artes; competição de montar quebra-cabeças; Troféu de melhor jogadora de jogos de fliperama de Miyagi e também uma lembrança de uma competição de desenhos.

Sakusa pegou de dentro da caixa uma foto da competição de desenhos e soltou uma risada nasal.

— Sorte de principiante.

Terminando de guardar as coisas foram interrompidos pela mãe de ambos, que surgiu na porta com uma bandeja com dois copos de suco e um bowl com salgadinhos.

— Estou interrompendo?

— Não — disse os dois. Logo, se sentaram na cama de Snow e sua mãe coloca a bandeja no meio deles.

Antes que pudessem comer foram lavar as mãos e limparam até debaixo das unhas. Agradeceram pela comida e começaram a comer.

A mãe deles pegou uma cadeira e se sentou na frente deles, com um sorriso confortante.

— É muito bom te ver aqui, querida.

Surpresa pela revelação da mãe, quase se engasgou com um salgadinho.

— É mesmo?

— Sim. Sentimos muito a sua falta. E novamente — segurou nas mãos da filha, chamando sua atenção totalmente — Nos perdoe por não acreditar no seu talento. Fomos muito cegos para perceber o que você realmente gostava de fazer.

— Tudo bem mãe. O importante é que estamos juntos de novo.

Sakusa não podia mentir que achava sua irmã muito boazinha para quem foi expulsa de sua própria casa, não entendia o lado dela, seus pais a humilharam e a fizeram passar vergonha, mas mesmo assim, ela os perdoou e ainda consegue sorrir para eles.
O mínimo que ela podia fazer era gritar com eles implorar para que eles pudessem pedir desculpas por tudo o que fizeram a ela, mas não, seu coração é tão cheio de calmaria que não tem espaço para acumular raiva. Se bem que, se vez em quando, seu rancor podia ser considerado mortal. Conhecendo a irmã, ela não teria coragem de querer manter uma relação quebrada com própria família, mas como foram os pais que tomaram a atitude e não ela, sua ansiedade está menos aparente. Mas claro, sua irmã não é nada tola.

— Mãe...

— Sim, querida?

— Se você e o pai me humilharem como na última vez... Não hesitarei em sair da vida de todos vocês.

— C-certo querida.

— Sei que devo estar pedindo de mais para você, já que é seu costume é querer arranjar o melhor para seus filhos. Mas tudo o que eu disse pra vocês naquela noite eu irei cumprir.