♥︎𝑃𝐼𝑄𝑈𝐸𝑁𝐼𝑄𝑈𝐸♥︎

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Ambos pegaram um táxi, que os levou até um parque com muita grama verde e árvores altas. Também havia flores e até um lago que as pessoas faziam como passeio de pedalinho.

Ao chegarem em um certo ponto do parque, Aone tirou de dentro da cesta uma toalha grande de xadrez.
Pondo-a logo abaixo da sombra de uma árvore, arrumaram as coisas para ficarem mais a vontade, tirando de dentro da cesta uma torta gelada e um pote com pedaços de melancia. Também havia um bolo salgado, talheres foram postos em um guardanapo, e depois, de dentro da bolsa térmica foram retirados dois pequenos refrigerantes e um suco.

Antes que pudessem começar a comer, Aone pareceu estar um pouco ansioso e pega na mão de Snow com um pouco de cuidado, como se ela fosse feita de porcelana. Ela ri um pouco pela atitude consideravelmente fofa do namorado e tenta o fazer se acalmar.

— Não precisa de tanto cuidado.

Ele apenas faz um bico com os lábios depois do que foi dito. Mas assim que pensou sobre a mensagem de voz que ela havia mandado, ele também queria demonstrar seu amor de alguma forma. Pensou em diversos apelidos para a chamar informalmente, mas nenhum veio a mente. Até que... Se lembrou de um detalhe importante. Não a forma como a chamaria, mas sim como a trataria.

— Meu Anjo.

Ela o olha sem entender.

— Posso te chamar assim?

Snow arregala os olhos e sente suas bochechas arderem. Pelo visto ele havia notado o apelido dele na mensagem de voz.

— P-pode sim.

Foi a vez dela de acariciar os cabelos dele, que por alguma razão sentiu um leve sono ao sentir os dedos finos e delicados passarem entre suas raízes. Quando perceberam, Aone já estava deitado no colo de Snow olhando para as nuvens, apenas apreciando o momento.

Ela tira da bolsa seu celular, e tira uma foto dele deitado em suas coxas, de olhos fechados. Guardou a foto para si e sentiu algo subir em sua perna até a cintura. Quando viu onde as mãos de Aone se posicionaram, sentiu um enorme arrepio percorrer sua pele. As mãos dele eram incrivelmente grandes, e sua cintura pareceu estar pequena. Ele subiu mais um pouco as mãos, até chegar no rosto dela.

— Meu anjo...

— Sim?...

— Está gostando do encontro?

— Estou. E muito.

— Posso te falar algo?

— Claro. Pode confiar em mim.

Ele se ergueu do colo dela e depois pegou o pote de melancias. Alcançou um garfo para ambos e começaram a comer.

— Eu tenho medo do seu irmão.

De começo ela queria rir, mas se segurou pois seu amado parecia estar abatido.

— Quem foi o miserável que fez a muralha de ferro ficar tão fraca desse jeito? Aone, olha pra você, você é um amor de pessoa, meu irmão sente um pouco de ciúme porque não tem tanta atenção assim de alguém. Ele...só quer ser ele mesmo. E um dia, bem distante, ele vai encontrar uma mulher disposta a aceita-lo. Entende o que quero dizer?

— Um pouco. Eu acho que.. Ele não quer perder você.

Foi a vez dela parar para raciocinar.

Mas... Sakusa nem liga pra mim quando estou em casa. Será que depois que sumi de casa ele se sente desolado?

— Acha isso mesmo?

— Uhum.

Eu acho que... meu irmão se importa comigo sim. Ele só não consegue dizer em voz alta.

Snow olha para Aone com os olhos começando a marejar, ele se preocupou com seu estado e pegou um guardanapo.

Alguns minutos se passaram, a tarde começou a ficar mais quente e as melancias haviam acabado. Recorreram aos refrigerantes e a torta gelada. Aone pegou dois copinhos de plástico que havia guardado na bolsa térmica a serviu primeiro. O gosto de laranja gaseificada se transformou o foco que sentia em sua boca. Mas logo sumiu assim que comeu um pedaço da torta.

— Foi você que fez?

— Sim.... Gostou?

— Está maravilhoso.

Aproveitaram por bastante tempo o momento a sós. O colégio não poderia ser o única forma deles se verem regularmente, teria de ter outras opções. Aquilo não seria somente um namoro de escola, e ambos sabem muito bem.

Antes que pudessem arrumar as coisas, Aone tira seu celular do bolso e tira uma foto de Snow, que estava distraída, olhando para o movimento do parque, um sorriso surgiu em rosto e desejou ter mais momentos como aquele junto à ela. E enquanto a olhava, mal havia percebido que estava a admirando por inteira, seu corpo, suas manchas, seus cabelos, tudo nela parecia perfeito aos seus olhos.

Uma vontade inestimável de beija-la se intensificou de suas vontades, se aproximou dela com cuidado para não assusta-la e passou seus dedos em sua clavícula, e começou a subir para o pescoço, depois a mandíbula, e por fim, acariciar suas bochechas e massagear seus lábios. Snow estava totalmente rendida ao toque de Aone em seu corpo. Deu graças para que ninguém estivesse vendo a tranquilidade que Aone transmitia ao acaricia-la e admira-la daquele jeito em público.

Aos poucos foram se aproximando até que seus lábios se encontraram, um beijo amoroso que a deixou sem forças para retribuir porque era apaixonante demais.
Se separaram do beijo e sorriram um para o outro, triunfantes por não só estarem perdidamente apaixonados como também estarem demonstrando lealdade um ao outro.

— Eu espero que a gente se case logo.

Ela apoia a cabeça no ombro dele, que fica levemente atrapalhado com o que fazer. Mas mesmo assim consegue a responder.

— Sim... nós vamos.

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𒊹︎︎︎ 𝑈𝑚 𝑎𝑚𝑜𝑟 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 𒊹︎︎︎ᵃᵒⁿᵉ ᵗᵃᵏᵃⁿᵒᵇᵘOnde histórias criam vida. Descubra agora