Maldito Babaca

Inacreditável

Daegu Quarta-feira 20:00PM

Quando minha mãe abre a porta, eu fico de pé por educação e logo em seguida um homem de cabelos grisalhos e corpo bem definido aparece na porta com um buquê de rosas vermelhas. Ele é um homem bastante elegante e, obviamente, rico. Ele dá um rápido selar nos lábios da minha mãe e a ela dá espaço pra ele entrar.

—Boa noite, amor. Você está linda — diz simpático e lhe entrega o buquê. Minha mãe agradece gentilmente e ele volta sua atenção para mim, com um sorriso simpático. — E você deve ser  o Taehyung, estou certo? — pergunta educadamente e estende a mão para mim.

— Sou sim. É um prazer conhecê-lo, minha mãe falou muito bem sobre o senhor — estendo a mão pro homem e ele aperta com firmeza. — É... qual o seu nome? — Pergunto meio envergonhado, fazendo ele abrir um sorriso.

—Jeon Jyun. É um prazer, Kim.

—É um prazer, senhor Jyun — por um momento tento assimilar de onde conheço esse sobrenome, juro ter ouvido ele em algum lugar antes. Saio dos meus pensamentos ao olhar pra porta e ver quem está entrando.

—Esse é o meu filho, espero que possam ser bons amigos ou bom irmãos — sorri simpático. — Se apresente, Jungkook — sua voz fica um pouco mais rígida.

Arregalo os olhos e entreabro a boca. Não pode ser. O cara que todo dia discute comigo, o bad boy mais famoso da escola e um tremendo babaca vai ser o meu meio-irmão? Isso só pode ser um pesadelo. Não quero acreditar nisso e automaticamente fecho a cara quando nossos olhares se cruzam e nós nos encaramos brevemente.

Jungkook está usando uma calça jeans, tênis branco e uma camisa azul que vai até suas coxas. Ele está sério, deixa claro que não quer estar aqui, e seu olhar ficou ainda pior quando me encontrou: o nerd da escola. Jungkook simplesmente odeia a ideia de estar aqui e eu não o julgo, minhas percepções também são as mesmas. Esse jantar vai ser uma tortura.

—Boa noite, Jungkook — minha mãe o cumprimenta educadamente.

Jeon olhou pra ela e voltou a olhar pro celular na sua mão. Ele só está aqui porque o Jyun o obrigou, isso é um fato. Aposto que sua maior vontade no momento é ir pra festa do Jyoung que toda a escola está comentando.

Jyun o encara com desaprovação e puxa o seu celular, fazendo-o lhe encarar com raiva.

—Boa. Bora terminar logo com essa palhaçada porque eu tenho mais o que fazer — sentou na cadeira de frente pra mim. Fuzilo seus olhos, irritado  por ter sido tão grosso com a  minha mãe. Também não estou confortável por ter que o aturar como companhia, mas será que ele não pode pelo menos fingir que gosta da ideia pelo seu pai?

Minha mãe ficou cabisbaixa imediatamente, então abaixou a cabeça pra esconder a frustração, entristecida. Minha garganta fecha, mas antes que possa ir até ela, Jyun a abraça de lado e pede desculpas.