17. Karma

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Dentro do carro, muitas perguntas em minha mente sem respostas... a ira encheu meus olhos d'água e eu tive uma explosão de ira. Comecei a gritar e me debater e chorar... Apolo encostou no acostamento e me agarrou...

Apolo: Ei ei ei eii... que isso? Que aconteceu? Calma... fala comigo... respira, se acalma e fala comigo... o que ta acontecendo?

Anna: Ha... te importa mesmo? Não quero gastar saliva, tempo e energia pra você meter o pé de novo.

Apolo: Não Anna, eu não vou embora, nunca mais... o que aconteceu foi que...

Anna: Porque você acha que depois de sumir as duas vezes que me convenceu de transar com você eu iria acreditar? O que te fez pensar que minha generosidade me torna uma imbecil fácil de enganar?

Apolo: Sua generosidade? Transou comigo por generosidade?

Anna: Foi isso que te incomodou do que eu disse?

Apolo: Anna, não sou eu que to te enganando...

Anna: Eu não transei com você por generosidade, eu acreditei de novo em você por generosidade Apolo, aquele dia você fez toda uma cena praticamente me sequestrou, colocou minha vida em risco dirigindo porre em alta velocidade, e depois diz que não pode me machucar... VOCÊ JÁ ME MACHUCOU APOLO! Tudo que eu mais amei viver foi com você e você só me deu as costas depois de conseguir o que queria.

Apolo: Não Anna... eu precisava resolver umas coisas primeiro... não foi assim...

Anna: Foi assim, você poderia conversar comigo sobre, me avisar, ligar ou mandar uma mensagem... você apenas sumiu... eu cheguei a pensar em tirar minha vida, e o que mais me doeu foi perceber que isso aconteceria e você provavelmente só iria ficar sabendo agora. Então, eu pensei melhor e decidi não te dar esse mérito de acabar comigo só porque você é um babaca medroso, prepotente, arrogante e mesquinho!

Silêncio ensurdecedor (ambos em lágrimas)

Anna: Eu não vou pra lugar nenhum com você Apolo. Destrava o carro. Eu não vou mais deixar você me acessar pra me destruir o resto de dignidade que outra pessoa reconstruiu em mim esses dias...

Apolo: NÃO! Você não vai pra lugar nenhum sem me escutar. Eu já sei que você me acha um monstro e eu posso ter me enrolado sim mas eu tive meus motivos, e eu não quero que você os entenda porque não somos iguais, eu quero que você pelo menos me dê a oportunidade de me explicar, se depois disso mesmo assim você quiser ir embora, eu te deixo ir e nunca mais você vai saber de mim.

Anna: Se eu não tenho escolha, porque o mimadinho não sabe respeitar a vida alheia então desembucha que eu quero ir logo pra casa, devem ta me esperando...

Apolo: O Evan não vem te buscar Anna...

Anna: Como assim? O que você fez Apolo? Cadê o Evan?

Apolo: Ta mais preocupada com ele do que com o que eu tenho pra te dizer, esse maldito fez um bom serviço...

Anna: aaaaaaaaaaa que ódio porque você sempre tem que se meter na minha vida? Você não tem esse direito Apolo pra mim... você não é ninguém... você morreu pra mim Apolo... esses dias que você sumiu, eu te enterrei e sofri o luto sozinha... foi graças ao Evan que eu não to pior!

Apolo: Pois bem, no hotel lá no Rio, eu tive um sonho onde meu Exu me abandonava, passei mal e não quis te acordar, mas eu segui as orientações dele e procurei um amigo meu, quimbandeiro, pra me auxiliar a te ter mesmo que meu Exu não autorizasse, aproveitei que to suspenso da casa do pai Billy, e quando cheguei la ele tava já há um dia em preceito pra iniciar uma viagem a qual eu fui junto com apenas a roupa do corpo, nem meu celular levei, ficou na casa dele... por isso não consegui avisar nada, mas pensei: ela me conhece, sabe que eu volto, que eu apesar de ter medo de algumas coisas, busco enfrentar e resolver e eu resolvo! Quando foi que eu não voltei atrás de você Anna?

Deixa Acontecer MacumbalmenteOnde histórias criam vida. Descubra agora