29. Guerra

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Anna: Apolo?

Apolo: Vem aqui fora, por favor. (desligou a chamada).

Anna: Evan, eu acho que o Apolo ta aqui na frente, como, eu não sei, mas ele disse pra eu ir lá fora agora.

Evan: Você quer falar com ele? Se não quiser, eu vou lá sozinho. Mas se quiser, vamos juntos.

Anna: Essa conversa é particular, ainda que depois eu te conte tudo, tem coisa que só sai quando estamos à vontade sabe... mas fica por perto, eu não confio mais nele então só garante que as coisas não vão esquentar demais.

Evan: Tudo bem, vamos lá então.

Anna saiu na porta e viu Apolo com suas alianças nas mãos, aparentando estar ansioso, nervoso, segurando choro. E quando se aproximou devagar, ficaram se olhando por um tempo ambos sem dizer nada, Apolo olhou pra Evan que estava parado na porta, uma lágrima cai de seu rosto, ele rapidamente limpa e quebra o gelo...

Apolo: Você tem alguma coisa pra me dizer?

Anna: O que você imagina?

Apolo: Achei suas alianças na escada quando finalizei os trabalhos e quando fui retornar suas ligações e mensagens eu tava bloqueado, fui até sua casa e não vi seu carro, e algo me disse que você estaria aqui... mas porque eu acertei?

Anna: Já não ta claro?

Apolo: Eu preciso ouvir da sua boca! Você quer ele?

Anna: Você quer o Erick?

Apolo: O que você acha que sabe?

Anna: Quem você acha que engana?

Apolo: Anna, eu queria implorar nos seus pés pra você não me dizer que aconteceu o que eu to pensando. Só pelo impulso de não confiar em mim e ainda escolher não acreditar em mim e sim em quem você já sabe que faz de tudo pra nos separar. Mas eu preciso acabar com isso agora, já passei por muita coisa pra manter a gente juntos e isso deveria ser mais simples e eu to cansando, preciso saber se você é realmente a mulher que eu esperei esse tempo todo. O que você ta fazendo na casa desse cara?

Anna: Certo... bom, as alianças significa que não estamos mais juntos, te bloquear significa que não quero mais contato com você, o que você acha que significa eu estar aqui na casa de quem mais nos queria separados de acordo com você? (Apolo começou a chorar com uma das mãos cobrindo o rosto) Eu não sou mulher pra você Apolo, infelizmente eu não fui feita pra ser manipulada com seus joguinhos espirituais misteriosos. Eu sou simples... gosto de clareza... (Apolo interrompeu Anna colocando as alianças na mão dela e saiu rumo a Evan)

Apolo: (bateu 3x no peito de Evan) Aprecia o voo, te vejo na queda. (e saiu, entrou no carro batendo a porta e cantando pneu).

Anna: Evan... (correu pra perto) o que ele disse?

Evan: Eu acho que ele TENTOU me amedrontar. (risos)

Anna: Nossa, ai... porque tudo tem que ser uma guerra pra ele, mano? Saco cheio já! Sabe, bate um arrependimento de ter conhecido às vezes.

Evan: Dorme comigo hoje?

Anna: Ai, não sei, não por você, foi tudo maravilhoso, mas o Apolo cortou meu clima, to enojada e não quero descontar meu mal humor em você.

Evan: Bom, eu acho que consigo reverter isso, mas não quero insistir, quero que fique à vontade pra ir e vir quando quiser.

Anna: Obrigada... você é um querido mesmo, né... mas eu vou indo, outro dia a gente se vê ta bom? (Se deram um selinho)

Anna foi pra casa tentando processar tudo que ocorreu em apenas um dia. A ficha parecia não cair, ao mesmo tempo a consciência não deixava se apegar em qualquer hipótese a favor de Apolo. Mesmo assim, um peso por ter se entregado a Evan, ainda que tenha sido tudo perfeito, poderia ter sido de outra maneira, em outra ocasião. Então Anna acende uma vela pra dona Rosa Caveira e começa a orar em prantos, colocou pra fora toda sua angústia, desabafou tudo que lhe perseguia em mente, quando deitada no chão...

Deixa Acontecer MacumbalmenteOnde histórias criam vida. Descubra agora