Capítulo 16 - O Quase-momento

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QUEBRA DE TEMPO

Após termos terminado de comer, era a vez de Mavi lavar a louça. Enquanto ela lavava, Felipe a abraçava por trás e eles trocavam carinhos. Gabi estava conversando comigo e com o Nattan e eu havia chamado o Marcelo para fazer companhia à Gabi.

Eu: Chamei o Marcelo para dormir aqui com você, beleza? - Gabi me olha, meio desconfiada.

Gabi: Por que vocês insistem tanto em chamar o Marcelo para ficar comigo? - Ela arqueia uma sombrancelha.

Nattan: Que história é essa, senhorita Gabriele? Você está namorando e não falou para o seu pai? - Ele finge estar bravo, mas eu e Gabi sabíamos identificar suas brincadeiras.

Gabi: Mas você viu o Marcelo quando a gente foi no shopping, seu louco. - Revirou os olhos, rindo.

Nattan: Ah, é o Marcelo? Eu gostei dele, é gente boa.

Gabi: Ele é um amorzinho! - Fingi ter me engasgado e Gabi me deu um tapa nas costas enquanto eu ria. - O que foi?

Eu: Nada, não. - Sequei as lágrimas que caíram enquanto eu ri. - Mas... Enfim, chamei para te fazer companhia, beleza? Ficar de vela é terrível.

Gabi: Vocês têm de parar de agir como se o Marcelo fosse um idiota. - Cruzou os braços.

Eu: Mas ele é! - Pensei por um instante. - Pelo menos, mudou um pouco. - Dei de ombros.

Nattan: Mudando de assunto... Já viram a minha música nova? - Ele desbloqueou o celular, estava bem animado para nos mostrar a nova música.

QUEBRA DE TEMPO

Já era hora de dormir, Mavi estava com Felipe na sala assistindo uma série antes de dormir, Gabi estava com Marcelo em seu quarto e eu estava com Nattan no meu.

Eu: Que pijama tu acha que ficaria melhor em mim? - Mostrei dois pijamas à ele, um de cetim na cor preta e um preto básico, que era mais puxado para o babydoll.

Nattan: Esse! - Apontou.

Eu: Beleza, vou me trocar, me espera aí. - Entrei no banheiro, fechei a porta e vesti o pijama, colocando minha roupa no cesto de roupa suja e saindo. - Que tal?

Nattan: Uma gostosa, 'tá? - Sorriu, vindo em minha direção e mordendo o lábio inferior.

Eu: Palhaço. - Revirei os olhos.

Nattan: O palhaço que você ama, querida! - Debochou, rindo e agarrando minha cintura, se inclinando para um beijo.

Eu: 'Tá bom, eu admito. Amo, mesmo. - Levantei os braços, como se me rendesse.

Nattan: Viu? Quero meu prêmio. - Sorriu de canto.

Eu: Por que um prêmio? - Franzi o cenho.

Nattan: Por eu ter acertado que você me ama. - Seu sorriso aumentou ainda mais.

Eu: Qual "prêmio" você quer? - O questionei, sabendo o que ele responderia.

Nattan: Vou pegar leve com você, só um beijinho! - Apertou minha cintura com firmeza e olhou nos meus olhos.

Eu: Fácil, assim? - Soltei uma risada e dei um selinho no mesmo. - Satisfeito?

Nattan: Não... Ainda, não. - Sorriu de canto e me roubou um beijo quente, caloroso e apaixonado, separando quando a falta de ar se fez presente. - Agora, sim! - Sorriu sapeca.

Eu: Safado! - Dei um tapa no ombro do mesmo, que riu com satisfação.

Nattan: Me ame, menos! - O mesmo me puxa para se sentar comigo na cama, deixando beijos calorosos pelo meu rosto.

Ficamos sentados na cama, lado a lado, trocando beijos e carinhos por alguns minutos, até termos escutado uma batida na porta e eu ter pulado imediatamente para atender.

Nattan: Empata-foda do caralho. - Resmungou em um sussurro.

Eu: Como é? - Falei, abrindo a porta e dando de cara com a Gabi.

Nattan: Nada. - Ele disse, encarando a Gabi com uma expressão séria.

Gabi: Atrapalhei algo? - Ela acena para o Nattan.

Eu: Não, linda. Do que você precisa? - Abro espaço para que ela entre no quarto e, assim, ela o faz.

Gabi: Português... De novo. - Se sentou em uma das cadeiras da minha escrivaninha.

Eu: Deixa eu ver... - Pego o livro e vejo qual assunto ela tinha dificuldade. - Fácil! Olha, existe uma forma mais fácil para se recordar... Me dá um lápis! - Estendi uma mão.

Gabi: Aqui. - Ela me deu o estojo e eu peguei um lápis, explicando passo a passo do que ela deveria fazer.

Eu: E para finalizar... Usa a última regra que eu expliquei, entendeu? - Sorri gentilmente.

Gabi: Caralho... Não sei o que seria de mim sem você! - Nós duas rimos. - Dessa maneira, é bem mais fácil!

Eu: Eu disse! Era só isso? - Devolvi o lápis.

Gabi: Sim, obrigada, maninha! - Senti meu coração derreter, eu amava quando a Gabi me chamava por "maninha", "irmã" ou algo assim.

Eu: Por nada, mas você também terá de me ajudar com matemática, hein? - Ri.

Gabi: Claro! Vou ficar te devendo essa. - Ela se levanta e me abraça. - Bom... Já vou, o Marcelo está me esperando. Aproveitem a noite! - Ela separa o abraço.

Eu: Tchau, Gabi! - Eu e Nattan acenamos.

Gabi: Tchau, queridos! - Ela sai do quarto e, quando vou fechar a porta, sinto Nattan me abraçar por trás e trancar a porta.

Nattan: Que professora, hein? - Sussurrou, próximo ao meu ouvido, colocando o queixo em meu ombro e passando os braços ao redor da minha cintura, apertando-a.

Eu: Cala a boca. - Coloquei meu braço para trás, procurei um lugar alcançável e dei um tapa leve.

Nattan: Que carinhosa! - Ele riu, me levando para a cama e me largando.

Eu: Tenho mais desses guardados aqui, quer? - Me deitei na cama e fechei os olhos, sentindo ele se deutar por cima de mim e afundar o rosto em meu pescoço.

Nattan: Se você me desse beijos igual me dá tapas, eu estaria feito. - Riu, deixando um beijo em meu pescoço.

Eu: Beijos não vão fazer você ser uma pessoa mais responsável. - Cruzei os braços.

Nattan: Mas vão me fazer ficar quieto. - Ele sorri.

Eu: Duvido, é quase impossível te fazer ficar quieto... Você só fica quieto quando dorme. - Baguncei o cabelo do mesmo, provocando-o.

Nattan: Ei! - Arrumou o cabelo com a mão enquanto eu ri. - Voltando ao assunto... Tem uma coisa que me faz ficar quieto. - Senti seu rosto formar um sorriso de canto.

Eu: O que seria? - Peguei seu rosto com as mãos e o tirei do pescoço, forçando ele a olhar para mim.

Nattan: Adivinha... - O mesmo ficou totalmente em cima de mim, em uma posição mais... "Ousada", o que me deixou com a respiração um pouco mais pesada enquanto ele sorria e me beijava passionadamente. - Essa vai ser uma longa noite. - Ele deu uma risadinha, largando um beijo em meu pescoço e deixando a mão percorrer pelo meu corpo.

Diferenças - NattanzinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora