Capítulo 24 - Desabafo

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Já estava anoitecendo e Nattan ainda não tinha voltado. Como ele era muito ocupado, não me preocupei tanto, já que sabia que poderia confiar nele.

Como eu não tinha comido nada, ainda, fui fazer algo para comer e aproveitei para fazer a janta de todo mundo.

(...)

Eu: O jantar está pronto! - Gritei, colocando os pratos, copos e talheres à mesa.

Mavi: Já vou, linda! - Gritou de volta.

Eu: Vem logo, a comida pode esfriar! - Lavei minhas mãos, me sentei à mesa e me servi, vendo Mavi e Felipe chegarem na sala de jantar, notando algo diferente no pescoço do Felipe, parecia um chupão. - Meu Deus... - Balancei a cabeça em negação, rindo.

Felipe: O que foi? Por que está me encarando? - Franziu o cenho.

Eu: Nada, nada. - Parei de rir, começando a comer.

Felipe: Ah, tá. Sei. - Semicerrou os olhos.

(...)

Estava recolhendo os nossos pratos para colocar na pia, até ouvir umas batidas na porta, era Nattan... Eu tinha certeza! Ele não tinha a chave do nosso apartamento, ainda, mas, tinha permissão para entrar e sair do prédio quando quissesse. Como não tinha muita coisa para recolher, terminei e abri a porta, dando de cara com Nattan.

Nattan: Oi, meu amor! Desculpa a demora. - Me roubou um beijo.

Eu: Lembrou que tem namorada, querido? - Cruzei os braços, debochando.

Nattan: Não, eu só lembrei que uma garota qualquer me ama e precisa de mim. - Riu, tirando os sapatos e colocando-os ao lado da porta.

Eu: Então, toma cuidado, beleza? Você não é o único que sabe que ela existe! - Mandei um beijo para o mesmo, mantendo o deboche.

Nattan: Ei! Parou. - Percebi que ele havia se ofendido, o que me fez rir.

Eu: Desculpa, lindo! - Tentei abraçá-lo, tendo minha tentativa falha.

Nattan: Não quero mais. - Foi para a cozinha.

Eu: Nossa... Beleza. - Fui para o quarto, me deitando na cama e mexendo no celular por longos minutos.

Nattan: Amor? - Veio para o quarto, se deitando em cima de mim.

Eu: Decidiu perdoar? - Debochei.

Nattan: Sim, decidi. - Tirou o cabelo que estava em meu pescoço e deixou um beijo no mesmo.

Eu: Eu sei, você não consegue ficar com raiva de mim. - Ele fez uma careta, deixando seu peso cair mais sobre mim. - Sai... De cima... De mim!

Nattan: Não... - Riu, me roubando um selinho demorado. - Você acha que vai conseguir fácil assim? - Sorriu.

Eu: Deveria! - Continuei tentando, mesmo sabendo que ele não me largaria. - Ok, desisto. O que você quer?

Nattan: Você sabe. - Me olhou nos olhos.

Eu: Não, nem vem, hoje, não. - Cruzei os braços.

Nattan: Qual é? Fazem 5 meses que eu não me envolvo com ninguém, não transo com ninguém ou coisas do tipo...

Eu: Então, quer dizer que você foi fiel à mim? - Sorri com sarcasmo.

Nattan: É... Sim. - Parecia envergonhado.

Eu: Bom saber. - Debochei.

Nattan: Vamos, não precisa durar muito tempo... - Continuou insistindo, pegando na minha cintura e apertando-a.

Eu: Beleza, mas, só dessa vez. - Tentei tirá-lo de cima de mim, novamente.

(...)

Já era um pouco tarde, Nattan estava pegando no sono e eu estava em uma daquelas noites que não sentia sono, então, decidi relaxar a mente. Peguei minha caixinha de cigarros, procurei o meu isqueiro, vesti minhas roupas íntimas e um short, coloquei um casaco e fui para a varanda. Acendi o cigarro, me encostei no parapeito, dei umas tragadas e escutei o barulho do Nattan se mexendo, o que me fez olhar para trás e ver ele se levantando e vestindo uma cueca e uma bermuda, vindo até mim.

Nattan: Você fuma? - Questionou, se aproximando.

Eu: Não sempre. - Dei mais uma tragada.

Nattan: Isso faz mal. - Falou, seriamente.

Eu: É, eu sei. - Dei de ombros.

Nattan: Então, por que insiste nisso? - Ficou abraçado à minha cintura.

Eu: Sei lá, me acalma. - Continuei com as tragadas, quase acabando o cigarro.

Nattan: Você não deveria procurar calmaria nisso. - Arrancou o cigarro da minha mão, me abraçando.

Eu: Então, deveria procurar em quê? - O olhei.

Nattan: Existem milhares de coisas terapêuticas, basta procurar. - Apagou o cigarro e o jogou fora.

Eu: É, mas eu ainda não achei. - Olhei para a paisagem da cidade.

Nattan: Talvez, esta tal "coisa" esteja abraçada à você! - Riu, me dando um beijo no topo da cabeça.

Eu: Essa "coisa" não merece ser um depósito de coisas ruins, eu a amo. - Respondi.

Nattan: Eu também te amo, meu amor. Por isso, quero que você conte comigo para tudo, 'tá bom? - Me virou de frente para ele e me pressionou contra o para-peito da sacada, me beijando passionadamente.

Eu: Mas... - Fui interrompida.

Nattan: "Mas", nada! Você não pode guardar isso para si e sabe que eu estou certo. - Falou, em um tom firme.

Eu: Okay, okay... - Suspirei, aceitando a derrota.

Nattan: Boa menina! - Riu, beijando meu pescoço. - Agora... Segundo round? - Fez cara de cachorro abandonado.

Eu: Você não tem jeito, mesmo! - Nós dois gargalhamos. - Mas... Não sei, ainda não me recuperei do primeiro.

Nattan: Eu te ajudo a se recuperar, princesa, vem! - Me puxou para o quarto.

(...) P.O.V.: NATTAN.

Eu: Agora, chega. Não consigo mais. - Me deitei ao seu lado, puxando-a para mim, deixando minhas mãos em seus seios enquanto escondia meu rosto em seu pescoço, deixando mais um chupão.

Clara: Achei que você era uma pessoa delicada. - Riu, tentando recuperar o fôlego.

Eu: Mas eu sou! - Fingi estar ofendido.

Clara: Não, mesmo. Você me enganou com seus carinhos para me foder como uma puta. - Sorriu, me provocando.

Eu: Minha maior especialidade! - Nós rimos.

Clara: Agora, tenta parar esse fogo e me deixa dormir. - Ficou de costas para mim e usou o cobertor para não deixar seu maravilhoso corpo à mostra. - Boa noite.

Eu: Boa noite, minha gostosa. - Puxei-a para perto de mim, ficando agarrado à ela e sentindo sua pele macia e suave ficar em contato com a minha.

Diferenças - NattanzinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora