Silencio

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Rune Oslo Noruega
Um dia depois eu estava de volta a Oslo, separado de Poppy por um oceano.
Por dois meses, nós nos falamos todos os dias. Tentei ficar feliz porque ao menos tínhamos aquilo. Mas, como cada dia terminava sem ela ao meu lado, a raiva dentro de mim cresceu. Meu ódio pelo meu pappa aumentou, até quebrar algo por dentro, e tudo o que eu conseguia sentir era vazio. Resisti a fazer amigos na escola, resisti a tudo o que pudesse tornar aquele lugar novamente o meu lar.
Meu lar era na Geórgia.
Com Poppy.
Poppy não disse nada sobre minha mudança de humor, se é que notou. Eu esperava ter escondido bem. Eu não queria que ela se preocupasse comigo.
Então um dia Poppy não respondeu a meus telefonemas, e-mails ou mensagens de texto.
Nem no outro dia, nem no outro.
Ela sumiu da minha vida.
Poppy simplesmente desapareceu. Nem uma palavra, nem um traço.
Ela foi embora da escola. Ela foi embora da cidade.
Sua família toda foi embora sem aviso.
Por dois anos, ela me deixou completamente sozinho do outro lado do

Atlântico, imaginando onde ela estaria. Imaginando o que havia acontecido. Imaginando se eu tinha feito algo errado. Fazendo-me pensar que talvez eu a tivesse pressionado demais na noite anterior à minha partida.
Foi o segundo momento que definiu a minha vida. Uma vida sem Poppy.
Sem infinito.
Sem para sempre e sempre.
Apenas... nada.

Mil beijos de garoto Onde histórias criam vida. Descubra agora