A manhã seguinte.

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Eu estava no campo conversando com os demais até que ouço uma voz me chamando.

- S/n posso falar com você rapidão?
Newt chega perto de mim nervoso.

- Claro gatinho, o tempo que você precisar.
Não sei da onde eu tirei coragem pra chamar ele assim, mas soou tão natural que eu só segui.

- Eu gosto de você faz um tempo.
Quando ele fala isso eu fico sem reação e só continuo quieta.
- Queria saber se você sente o mesmo.

- Na verdade...
Eu respiro fundo e tomo coragem.
- Sim Newt, eu sinto o mesmo.

- É... sério?
Ele parece surpreso.

- Sim...
Ele se aproxima dos meus lábios e, finalmente tava acontecendo quando...

- S/n!
Uma voz começa a me chamar de longe até que tudo fica escuro e, droga eu tô acordando...

- Bom dia flor do dia.
Era o Gally, perto da minha cara me acordando.
- Já dormiu demais não acha?

- Meu Deus Gally que susto.
Eu digo me levantando.

- Oque tá acontecendo aqui?
Newt chega já com uma expressão de raiva.

- Eu só vim acordar ela.
Gally fala rapidamente.

- E já acordou, agora cai fora Gally.
Ele diz abrindo a porta do quarto.

- Calma aí cara, não vou roubar sua namoradinha.
Ele soa irônico e debochado, só deixando o Newt com mais raiva.

- Só sai Gally.
Eu digo, Gally me encara como se eu fosse mudar de ideia.
- Por favor.

- Só vou sair por que você pediu.
Ele sai enquanto encara Newt.

Newt se aproxima de mim e senta na cama, colocando o braço em volta dos meus ombros.
- Aí, você tá bem?
Ele pergunta preocupado.

- Tô sim, obrigada gatinh-
Quase que eu falo merda depois daquele sonho, mas logo me corrijo.
- Newt, eu quis dizer Newt.

- Foi nada... vamos lá fora, você precisa comer alguma coisa.

- Claro vamos sim.
Eu digo enquanto levanto.

Andamos até lá fora quando ouvimos gritos ecoando da floresta.

- ALGUÉM ME AJUDA, POR FAVOR.
O garoto cai no chão com a perna sangrando muito e um corte profundo.

- Meu Deus isso tá muito feio, oque vamos fazer?
Alby diz e eu o interrompo.

- Alby aqui tem agulha?
Eu digo de uma forma calma.

- Oque? Agulha? Sim temos.

- Preciso que peguem agulha, esparadrapos e tecidos limpos.
Eu digo precisamente, não sei como eu sabia oque fazer, pareceu tão natural pra mim.

- Como você sabe?
Um garoto pergunta.

- Só faz oque ela tá mandando porra.
Alby grita nervoso.

O garoto corre e pega exatamente oque eu pedi, consigo fazer exatamente oque precisava, eu costuro o corte e coloco o pano limpo por cima, logo depois os mais fortes pegam o garoto no colo e o levam pra enfermaria improvisada.
Eu vou até o nosso refeitório e tomo uma água junto ao Newt e o Minho.

- Quem era aquele garoto mesmo?
Pergunto, pois não me lembro de ter sido apresentada a ele.

- Ah aquele é o Thomas, ele chegou aqui 1 mês antes de você, ele é corredor assim como o Minho por isso vocês não se viram muito.
Newt explica.

- Entendi, ele parecia bem assustado, ele explicou oque aconteceu na floresta?
Ele realmente estava aterrorizado, estava realmente preocupada com ele.

- Agora ele está dormindo, você deu exatamente a medicação certa e fez a coisa certa na perna dele, como você sabia oque fazer?
Minho pergunta.

- Eu... não sei... eu só sabia.
Pareço mais confusa que ele.
- Tomara que ele fique bem mesmo.

- E ele vai, o Thomas é forte.
Newt fala.

- Mas você tá bem, depois de tudo isso?
Minho sorri.

- Estou sim, obrigada por se preocuparem tanto comigo.
Sorrio pros dois.

- Então tudo bem, vou lá ver o Thomas.
Minho fala com a mão no meu ombro.
- Fica bem S/n.

Minho sai e Newt me encara por alguns segundos.

- Oque foi?
Eu digo sem conseguir parar de sorrir.

- Nada ué, só tô te olhando.
Ele sorri.

- Para com isso.
Eu continuo sorrindo e bagunço seu cabelo.

- Tá bom eu paro, com uma condição.
Ele fala num tom desafiador.

- Qual?
Eu o-olho.

- Só se você me der um beijo.
Ele sorri.

- Um... um beijo?
Sinto meu coração acelerar, mas eu quero, quero muito.

Nos aproximamos...

- S/n, podemos conversar?
Alby chega e na hora nos afastamos, acho que o Alby não percebeu, espero.

- Claro, podemos sim, licença Newt.
Percebo o rosto dele vermelho de vergonha e dou um leve aperto na sua bochecha.
- Já volto.

- Oque eu fiz de errado?
Pergunto para Alby quando ficamos a sós.

- Nada, você não faz nada de errado, na verdade, você fez muito certo.
Ele sorri.

- Como assim?
Fico confusa.

- Oque você fez na perna do Thomas, nunca vimos nada igual, você foi incrível.
Sorrio após ouvir os elogios.
- Com sua precisão, logo logo ele pode voltar a correr.

- Nossa isso é ótimo! Fico muito feliz de ter feito algo certo.

- Então, finalmente achamos a sua função S/n, você pode ser a nossa enfermeira.
Ele diz e me deixa muito feliz.

- Nossa eu adorei, muito obrigada Alby, fico muito feliz.
Eu abraço ele mas um abraço rápido.
- Vou lá contar pro Newt a novidade.
Me despeço do Alby e vou em direção ao Newt novamente.

- Oque era S/n?
Ele chega perto de mim.

- Eu vou ser a enfermeira da clareira!
Assim que falo isso nós comemoramos e ele me dá um abraço longo e apertado segurando na minha cintura.
Nos afastamos e ficamos próximos...
- Vamos lá ver o Thomas?

- Vamos, claro!
Ele põe o braço em meus ombros e andamos até a enfermaria, chegando lá o Thomas está aparentemente bem, resolvo não atrapalhar o seu sono então saio da enfermaria, já está anoitecendo então resolvo me juntar aos demais para ligar a fogueira.

~ essa ficou levemente longa mas espero que vocês gostem🫶 ~

A primeira e única. (Newt+você)Onde histórias criam vida. Descubra agora