A descoberta.

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Acordamos normalmente como sempre.
Newt enrola durante 30 minutos pra se levantar, mas ele acorda e saímos do quarto.

- Tá com fome?
Pergunto o olhando.

- Um pouco.
Ele me olha sorrindo.

- Que foi?
Sorrio de volta.

- Cê tá tão linda hoje...
Ele vira de frente pra mim.

- Ah para...
Rio e damos um beijo rápido, mas Minho chega e nos atrapalha.

- Podem ficar de grude depois?
Minho diz fazendo cara de nojo.

- Aaaah que foi Minho?
Pergunto me afastando dos braços de Newt.

- Thomas fez um novo amigo.
Ele diz como se fosse algo ruim.

- A Esquizo?
Pergunto.

- Quem?
Minho me encara.

- frenia!
Digo e eu e Newt nos acabamos de tanto rir.

- Tô falando sério!
Minho diz quase sem paciência.

- Desculpa.
Olho pra baixo.
- Pode continuar.

- Lembra aquele tal garoto esquisito que ficou num labirinto só de garotas?
Minho levanta as sobrancelhas.

- Sei, o... o Aris!
Lembro do garoto de cabelos castanhos e olhos azuis, que sempre sentava sozinho no canto do refeitório.

- Esse mesmo, Thomas descobriu umas coisas graças a ele.
Minho explica.

- Tipo oque? Tipo, como sair daqui?
Newt pergunta ansioso.

- Venham comigo.
Minho anda á nossa frente.

Chegando no dormitório deles o garoto está lá, sentado em uma das camas ao lado de Thomas, os dois parecem nervosos.

Assim que entro no dormitório o garoto se levanta e me encara.

- Nossa, é você...
Ele se aproxima de mim.

- Sim... sou eu...?
Respondo confusa.

- É um prazer conhecer a tão falada mutante.
Acho estranho o jeito que ele se refere a mim.
- Todos aqui te respeitam muito!

- Respeitam ou tem medo dela?
Newt pergunta.

- Acho que os dois, mas ela ficou muito famosa assim que souberam que ela estava no labirinto de vocês...
O garoto responde.

- Legal, mas não é isso que queremos saber, por que você chamou o Thomas e oque falou pra ele?
Mudo de assunto.

- Ah sim, claro, eu ando reparando que sempre que tem a "limpo" dos adolescentes, eles não vão pra um lugar melhor, e sim voltam pro labirinto...
O garoto diz nervoso.

- Voltam... como assim?
Pergunto confusa.

- Eles fazem todo o procedimento novamente, apagam a memória, deixam inconscientes e depois mandam pra caixa.
O garoto responde sabiamente.

- Tá e como você pode saber disso?
Newt pergunta pro garoto, que agora já está sentado novamente.

- Como eu disse, todas as noites depois da limpo dos adolescentes, eu espiava eles pelas ventilações, e sempre levavam corpos adormecidos pra uma sala trancada, e ontem eu levei o Thomas pra ver.

- E viram algo de diferente?
Pergunto.

- Não, só os corpos tapados sendo levados para essa sala.
Thomas responde me encarando.

- Beleza, continuem de olho e vão me avisando ok?
Falo pra eles.

- Pode deixar.
O menino me responde e saímos do dormitório.

- Que papos esquisitos hein?
Newt comenta ao meu lado.

- Verdade...
Solto uma leve risada.
- Mesmo assim precisamos ficar atentos.

- Claro! Mas como se não consigo tirar os olhos de você?
Ele me pega pela cintura.

- Até parece.
Sorrio olhando em seus olhos.

- Sério! Você tira completamente a minha atenção de qualquer coisa.
Ele diz com uma sinceridade em seu olhar.

- Você é perfeito, sabe disso né?
Sorrio cruzando meus braços em seus ombros.

- Eu tento.
Ele sorri e me beija.
- Mas eu realmente tô com muita fome, então vamos comer...

Ele me puxa pelo braço e vamos quase correndo até o refeitório, pois ainda tá no horário de almoço.

- Hmmm chegamos quase atrasados.
Ele ri.

Chegando percebo todos me encarando (nada fora do normal) e me cento.

- Nosfa, desfa fez tá realmente bom.
Digo de boca cheia.

- Que falta e educação! Falando de boca cheia.
Newt diz debochando de mim.

- Desfulfa!
Digo rindo e ele ri também.

Terminamos de comer e não fazemos nada de interessante o resto do dia inteiro, além de andar por aí (e se pegar um pouco, óbvio).

A noite os garotos me chamam no dormitório deles enquanto Thomas e Aris vão tentar entrar naquela sala.

- Boa sorte garotos!
Digo enquanto eles entram pela ventilação.

- Valeu!
Eles saem.

*Thomas pov*

Após rastejarmos por uns 2 minutos pelas ventilações, chegamos no corredor a frente da sala fechada.

Não contei a nenhum deles mas durante essa tarde consegui discretamente roubar um dos cartões que abre praticamente todas as portas daqui, então a parte mais difícil já passamos.

- Pronto?
Aris me pergunta parado em frente a porta.

- Vamos!
Entramos correndo mas em silêncio.

Rapidamente avistamos dezenas de adolescentes entubados em uma grande sala, dou uma olhada rápida e vejo que é os que foram levados um dia antes.

- Puta merd...
Exclamo mas Aris me interrompe.

- Tem gente vindo, se esconde rápido!
Ele sussurra extremamente alto.

Nos escondemos rapidamente atrás dos pilares a vimos Ava entrar e parar de frente pro nada, logo uma tela se liga e Janson aparece na tela.

- Olá Ava, algum avanço da nossa paciente.
Acho que ele se refere à S/n.

- Sim! Ela está se controlando muito bem, e também interagindo perfeitamente, principalmente com seu namorado.
Ava responde.

- Perfeito, mas será que não é melhor se acabássemos com isso?
Janson sugere.

- Como assim?
Ava aparenta estar confusa.

- Se magicamente o namorado dela sumisse, será que ela se descontrolaria?

- Com certeza Janson, que ideia é essa?
Ava suspira.

- Só um teste... oque me diz...?
Janson diz.

- Pode ser uma boa ideia, vou pensar, tchau Janson.
A tela se desliga e ela vai embora.

- Precisamos ir até eles, rápido!
Thomas diz e os dois correm até o dormitório.

*S/n pov*

Ouvimos passos acelerados pela parte de fora do quarto.

- Abram a porta rápido!
Era a voz de Thomas, então abrimos a porta.

- Por que não voltaram pela ventilação?
Pergunto nervosa.

- Ia demorar muito, precisamos conversar...
Thomas me encara preocupado.

Continua...

A primeira e única. (Newt+você)Onde histórias criam vida. Descubra agora