"Amigas"

2.3K 129 35
                                    

- Você sabe que somos melhores amigas S/n...
Ela segura minha mão.
- Nunca faria nada pra te magoar.
Ela sorri gentilmente mal sabendo que já sei de toda a verdade.

- Eu sei, somos amigas...
Retribuo o sorriso escondendo meu ódio, só queria que ela morresse.

Quando olho pra trás vejo ele andando até a nossa direção como se fosse inocente, só queria que ele morresse, queria que ela morresse, queria que os dois sofressem como estão me fazendo sofrer...

Assim que esse pensamento passa pela minha cabeça tudo fica escuro e...

Acordo na minha cama depois de um sonho estranho, como sempre, Teresa e Thomas...
Sinto Newt me abraçando por trás e solto um sorriso sincero.

- Bom dia gatinha, como foi a noite?
Ele me dá um beijo na bochecha.

- Até que bem, sonhei com algo estranho...
Viro de frente pra ele.
- Thomas e Teresa de novo...

- Oh meu bem... quer falar sobre isso?
Ele diz enquanto passa sua mão pelo meu cabelo.

- Na verdade não... podemos só ir lá fora?
Digo sentando na cama.

- Claro gatinha, vem vamos nos trocar.
Trocamos de roupa e saímos do quarto, assim que saio vejo Thomas e Teresa saindo do quarto de Thomas, como eu esperava, ela tá dormindo lá.
Sinto um embrulho no estômago, mas não de raiva e sim de nojo.
Assim que Thomas nos vê ele começa a vir em nossa direção mas sinceramente, não estou nem um pouco afim de conversar com ele.

- Vamos na enfermaria comigo Newt?
Digo puxando sua mão antes que Thomas nos alcance.

- Claro mais porqu-

- Só vem.
Puxo-o colocando lá pra dentro.

- Oque aconteceu?
Ele se aproxima de mim.

- Não sei... só não estou afim de falar com Thomas.
Cruzo meus braços olhando pro chão.

- Ah claro... tudo bem, ficaremos aqui até você se sentir bem.
Ele me abraça.

- Obrigada... você é tão paciente loirinho...
Digo passando a mão por seus cabelos macios.

- Tudo por você sempre.
Ele sorri me olhando com o olhar mais sincero de todos.

Damos um beijo longo e depois nós afastamos.

- Pode ir fazer suas coisas gatinho, estou melhor e não quero te atrapalhar.
Digo segurando sua mão.

- Tem certeza que está bem?
Ele diz e eu acento com a cabeça.
- Ótimo, vou lá mas qualquer coisa me chama.
Ele me dá um beijo na testa e sai.

Minutos depois ouço alguém entrando.

- S/n...
Ouço uma voz masculina atrás de mim.

- Agora não posso tô ocupad-
Olho pra trás.
- Thomas? Oque tá fazendo aqui?

- Eu posso explicar oque você viu hoje mais cedo.
Ele diz se aproximando.

- Você não precisa me explicar nada.
Digo sinceramente.

- Eu sinto que preciso.
Ele respira fundo.
- Ela tá dormindo num colchão, não está dormindo comigo.

- Eu não quero saber Thomas, por que tá me falando isso!?
Digo sem entender.

- Porque sim.
Ele segura minha mão.
- Porque sinto que você é importante pra mim.
Tiro minha mão assim que ele segura.

- Não... não sou.
Me afasto.
- Acho melhor você sair.
Digo virando de costas de novo.

- Mas S/n...
Ele tenta me convencer.

- Sai agora Thomas!
Digo quase gritando, e finalmente ouço a porta fechar.

Não sinto nada pelo Thomas, disso eu tenho certeza, mas não quer dizer que eu não sentia antes...

Fico entediada na enfermaria então resolvo sair pra respirar um ar fresco.

- Oi S/n.
Ouço uma voz feminina atrás de mim, só pode ser uma pessoa.

- Oque você quer.
Não digo num tom de pergunta porque realmente não me importo.

- Eu sei que você já sabe sobre eu e Thomas, sobre oque aconteceu...
Ela me olha com um olhar sínico como se estivesse fingindo estar arrependida.

- Sim sei, mas realmente não ligo Teresa, tenho coisas mais importantes pra me importar e tenho amigos de verdade.
Viro pra sair quando ela começa a falar.

- É realmente estranho... você estar lembrando de algumas coisas.
Ele suspira.

- Também acho, talvez o trabalho de vocês não tenha dado tão certo não é mesmo?
Assim que falo o semblante de Teresa muda completamente.

- No-nosso trabalho? O-oque você tá querendo dizer.
Ela engole seco.

Chego perto dela...
- Você faz parte deles... de quem nos colocou aqui.
Sussurro perto dela.
- E se quer que eu fique quieta, melhor não se meter no meu caminho se não eu conto pra todos e você vai parar no labirinto.
Digo, deixando-a sem reação.

Saio com um leve sorriso, até ver Minho se aproximar com uma cara esquisita.

- Minho? Tá tudo bem?
Digo enquanto ele chega perto.

- Preciso te mostrar uma coisa.
Ele tenta me puxar pelo braço.

- Minho oque acontec-

- A Teresa te mostrou umas seringas, não mostrou?
Ele me interrompe.

- Mostrou... por quê?
Digo surpresa.

- Ela por acaso falou que ela curava ou ajudava?
Ele diz nervoso.

- Sim... disse que ajudava a lembrar do passado...
Digo ainda surpresa.

- Aquela vadi- vem, preciso te mostrar uma coisa.
O sigo até uma sala que eu nunca tinha entrado antes.
- Lembra que eu e Thomas matamos um verdugo, não lembra?

- Sim, e...?
Falo sem entender nada.

- Ele tem meio que esse ferrão que é seu veneno, inclusive já matou muito dos nossos.
Ele mostra o ferrão com um líquido junto.

- Sim lembro, o líquido parece muito com...
Me lembro das seringas.

- Sim, com o líquido das seringas.
Ele mostra uma das seringas e assim tudo se encaixa, ela queria me envenenar.

- Meu Deus.
Digo com o rosto queimando de raiva.
- Aquela vac-

- Calma, precisamos pensar numa forma de pegar as outras duas seringas, onde elas estão?
Ele pergunta nervoso.

- Estão na enfermaria, vou lá buscar.
Digo saindo da sala.

- Se cuida.
Ouço sua voz abafada quando já estou fora da sala, corro até a enfermaria.

Chagando lá abro a gaveta e está vazia, as duas seringas que eram pra estar lá desapareceram.
Meus olhos arregalam e me preparo pra correr até Minho mas quando viro de costas me deparo com Teresa segurando uma das seringas.

- Teresa... oque você tá fazendo com as seringas...?
Digo levantando meus braços.

- Você já sabe... você sabe de tudo... você precisa morrer.
Ela diz isso antes de correr pra cima de mim.

~ oque acharam desse capítulo galera? Loucura né... tem mto mais loucura pra rolar, se preparem! ~

A primeira e única. (Newt+você)Onde histórias criam vida. Descubra agora