Vamos brincar, bichinho?

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---PETE---

- Quietinho... – Vegas sussurra em meu ouvido, o que me faz aspirar o ar, eu volto minhas mãos para a cama, engulo em seco quando sinto ele passar a mão pelas minhas costas, sinto meu corpo se arrepiar.

Vegas alisa minha bunda, então me dá dois tapas, me fazendo arquejar para frente. – Pata. – Sua voz é calma e eu levo um tempo pra processar a informação, então estendo minha mão, toda aquela coisa dele me ver e me tratar como um animal de estimação foi elevada a outro conceito no âmbito sexual e isso ainda é uma surpresa pra mim.

Vegas realmente gosta de mim como seu bichinho, e apesar de ficar muito excitado de ser tratado e controlado dessa forma, ainda não sei explicar como eu me sinto.

Levo minha mão em sua direção, ele está parado do lado da cama, então o vejo pegar algo, uma coisa preta e meio redonda, indefinida. Mas, ele consegue enfiar na minha mão e prender no pulso com um cadeado, olho pra cima e vejo seu rosto enquanto ele faz isso, concentrado, é impossível abrir a mão dentro dessa espécie de luva.

Ele coloca minha mão de volta na cama, e nesse ponto eu já estou cansado e sentei sobre meus calcanhares, ele estende a mão pedindo minha outra "pata", eu estendo meio incerto e ele coloca outra luva. Quando ele passa a tranca penso em como ele gosta de cadeados, testo a luva no colchão e percebo o quanto impossibilita o movimento. E, por último, ele acrescenta joelheiras em mim, bom, parece que estabeleceu o jogo.

Ou ao menos eu pensei que era, ele desce a mão pelas minhas costas, e circunda minha entrada, eu gemo, ouço-o mexer em uma coisa plástica, e sinto seus dedos me invadirem. Ele me penetra com um dedo, de uma vez, me fazendo arquejar pra frente, gemendo e tentando me equilibrar da melhor maneira possível, começa a movimentar me fazendo gemer. Até que se afasta. Eu gemo chateado, então sinto me penetrar com algo, tento olhar para trás, mas não consigo ver, e sinto algo bater na minha bunda e nas minhas pernas, uma espécie de penugem.

Fico completamente confuso até Vegas alisar minha bunda. – Agora sim, meu bichinho tem um rabo. – Eu não sei como reagir a isso, eu estou excitado, confuso, e um tanto constrangido.

- Vegas... – Engulo em seco, me sentindo um pouco receoso.

- Pensei que tínhamos combinado que animais não falam... – Ele agarra meu cabelo puxando minha cabeça para trás, eu gemo pela força. – Vamos resolver isso. – Ele me joga de volta na cama, e sinto algo sendo passado na minha boca. – Abra a boca. – Eu obedeço e ele coloca uma mordaça com um círculo vazado, prendendo-o entre meus dentes, a mordaça me obriga a ficar de boca aberta.

Vegas se abaixa até ficar da minha altura, para olhar em meu rosto - Você fica tão lindo assim, bichinho. – Ele alisa meu cabelo, descendo sua mão até meu rosto.

Eu tento controlar minha respiração que agora ficou mais difícil por causa da mordaça e do meu coração acelerado por não saber o que Vegas planeja fazer em seguida. Ele me ergue pela cintura como se eu não pesasse nada e me passa pro chão, prende uma corrente na parte da frente da coleira.

De quatro no chão eu olho pra cima, Vegas está só com uma calça preta, eu não sei em que momento tirou a parte de cima, mas caramba é bom de ver. Ele me observa como fazia naquele quarto, como se estivesse prestes a me devorar. Eu sinto um misto de tesão, expectativa e medo.

Então ele me puxa pela coleira me fazendo andar em direção a um espelho de quatro ao seu lado, as luvas são confortáveis no chão, e as joelheiras fazem com que o carpete não me deixe arranhado. Quando ele me leva até estar frente ao espelho eu fico de cabeça baixa, porque estou envergonhado, e fecho meus olhos com força, mas ele me faz erguer a cabeça pelo cabelo.

Correntes (VegasPete)Onde histórias criam vida. Descubra agora