Lembrar a quem pertence, bichinho

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---- PETE---

Sinto cada uma das chicotadas estalarem contra mim, sendo distribuídas na minha bunda e nas minhas costas. Eu arquejava contra as cordas, gemendo e gritando, minhas mãos se mexiam automaticamente, mas eu não podia fazer nada.

Quando Vegas finalmente deixa o chicote de lado, ele realmente contou quantas foram? Eu não tenho ideia... Minhas costas e minha bunda queimam, eu mal consigo respirar, meus braços latejam por terem ficado esticados para cima.

Eu o sinto mexendo nas correntes, sou solto de uma vez, e caio no chão já que minhas pernas não estavam mais aguentando todo o estímulo, somente com as algemas, tento controlar meu corpo. Vegas está atrás de mim, não consigo enxergá-lo e também não tento, ele se abaixa, solta as algemas, passa meus braços para trás bruscamente e prende novamente meus punhos.

Eu solto um gemido quando ele dá um jeito de apertar ainda mais a restrição, engulo em seco sentindo-o passar o nariz pela minha nuca, Vegas desliza as mãos pelas marcas que tinha deixado, segurando-me pela cintura, sua mão desliza contra mim até agarrar meu pescoço.

Eu aperto meus olhos com força quando ele fecha seus dedos em torno do meu pescoço, sua outra mão me segura pela cintura, me prendendo contra ele. Tento me manter concentrado em não entrar em desespero, porque sei que é isso que ele quer, mas quando estamos nisso há um tempo eu começo a me debater contra ele, lágrimas descem dos meus olhos, e Vegas finalmente me solta, me empurrando contra o chão, engasgo em busca de ar.

- Parece que você precisa das minhas mãos em volta do seu pescoço para lembrar a quem pertence, bichinho. – Ele está de pé ao meu lado. – Está tão difícil assim fazer sua memória funcionar? – Ele pega algo em cima de uma cômoda, me puxa pelo cabelo me fazendo ajoelhar de novo, passa a coleira em volta do meu pescoço e a tranca com um cadeado. – Já que não aprende por bem, vamos ver se carregar isso no pescoço te ensina uma lição. – Merda, ele estava brincando não estava? Eu aspiro o ar com força, tentando ainda normalizar minha respiração, e ignorar o fato de que pensar em usar isso em público gera fisgadas no pau, fecho os olhos quando Vegas sai do quarto.

Ele volta carregando uma tigela, me olha de cima, sorrindo, vira a cabeça de lado, e lambe os lábios, depois coloca a tigela na minha frente, eu o encaro com medo do que ele vai fazer em seguida. – Com todo o IMPREVISTO. – Ele diz carregado de ironia. – Esqueci de te dar o jantar. – Eu olho pra ele balançando a cabeça e depois encaro a tigela envergonhado, todo dia uma humilhação diferente pow.

Ele se abaixa até ficar da minha altura. – Se não fosse tão difícil de adestrar, não seria tão punido, bichinho. – Eu continuo olhando a tigela. – Awn você deve estar faminto, não é? Olhando a comida assim. – Ele solta uma risada irônica. – Vamos lá, bichinho, pode comer tudo. – Eu continuo parado no mesmo lugar porque simplesmente não consigo ter reação alguma. Vegas me agarra pelo cabelo, me levando em direção a tigela, minhas mãos amarradas para trás me impedem de qualquer coisa.

- Coma. – Ele dita bravo me empurrando contra a tigela, e, bom, eu não tenho muita opção, faço o que ele manda, porque é muito melhor do que me afogar. Ele me solta e eu me levanto respirando, meu rosto completamente sujo, e olho pra cima, Vegas arqueja a sobrancelha, conheço aquele olhar, está me desafiando a desobedecê-lo. Me abaixo contra a tigela sozinho dessa vez e continuo comendo, me equilibrando porque não posso segurar em nada, e parando as vezes para respirar.

É quando sinto os pingos quentes em minhas costas, eu me engasgo e jogo meu corpo para trás. – Termine sua refeição, animalzinho. – Eu fecho o olho com força, voltando a comer, e ele volta a derramar a cera nas minhas costas, em cima da minha carne já castigada.

Correntes (VegasPete)Onde histórias criam vida. Descubra agora