Estamos Sendo Vigiados

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EU PRECISO MATAR ALGUÉM PARA VOCÊS COMENTAREM?

--- VEGAS---

Eu estava no hospital há horas esperando por respostas, esperando para ver o Pete. Me disseram que tinham que prepará-lo, disseram que a cirurgia foi complicada e levaria um tempo, eu poderia ir para casa, tomar um banho, dormir um pouco, então voltar para me despedir dele. Eu não me mexi, permaneci na mesma cadeira, meus olhos piscavam cada vez mais lentamente, pesavam, só que eu precisava ver Pete só mais uma vez. Olhava pro relógio incansavelmente, minhas lágrimas haviam se esvaído.

- Vegas. – Pit senta-se ao meu lado e permaneço olhando para o relógio de modo catatónico. Quantas horas mais eu teria que esperar para ver meu Pete? – Você precisa ir até a mansão.

Ignoro.

Ele toca em minha perna. – É importante Vegas, é sobre o homem que fez isso, Charlie conseguiu localizá-lo. – Eu me viro levemente pra ele, e solto o ar rapidamente.

- Isso vai trazer Pete de volta? Eu sinceramente não me importo. – Viro-me pro relógio novamente.

- Eles não vão te deixar vê-lo hoje Vegas, nós precisamos de ajuda. – Charlie senta-se ao meu lado. – Só você e o Macau viram as coisas por lá, nós precisamos de mais detalhes.

- Se o localizaram por que precisam de mim? – O ponteiro do relógio atinge o número três.

- Vegas, se você não for comigo até a porcaria da mansão, eu... – Charlie me olha e eu continuo ignorando-o, inexpressivamente. – Há uma mensagem de Pete, ele me ligou antes de... – Me viro para ele, porque agora sim minha atenção foi despertada.

- O celular. – Estendo a mão.

- Não, aqui não. – Ele balança a cabeça. – Estamos sendo vigiados. - Ele aponta para as câmeras do hospital e eu assinto. – Vamos, não terá como ver Pete hoje.

Eu levanto e o sigo até o estacionamento, entro em seu carro e mal percebo enquanto dirige em direção a mansão, subo as escadas mais interessado, pensando em qual seria a última mensagem de Pete, e talvez, somente talvez com uma pontinha de esperança de que....

Charlie se vira para mim.

- No quarto de hóspedes ao lado do escritório do Kinn. – Ele sorri.

- O que? – Pergunto completamente confuso.

- Vá até lá. – Seu sorriso se amplia e eu pisco processando a informação, caminho em passos largos ignorando tudo ao meu redor, abro a porta em um rompante, sem bater e quase caio para trás. Me deparo com Pete meio deitado e meio sentado em uma cama, ligado a algumas máquinas e ao soro, mas vivo, ele estava, vivo, e acordado.

Sorrindo para mim.

- Oi. – Seus olhos piscam lentamente e seus sorriso se amplia. Eu me seguro na porta atrás de mim, porque não consigo acreditar no que está acontecendo, percebo que tinha parado de respirar e meu coração bate aceleradamente, caminho em direção a cama, tocando em seu rosto, deslizo meus dedos pela sua bochecha.

- Pete... – As lágrimas começam a descer dos meus olhos. – Você... Você... Disseram... Eu te vi... – Ele ergue a mão segurando a minha.

- Sou eu, eu estou bem Vegas. – Ele acaricia minha mão. Eu deito minha cabeça eu seu ombro.

- Que porra aconteceu? – Perguntou soluçando contra ele.

- Se acalme, eu vou te explicar. – Ele desliza a mão pelo meu cabelo. – Eu estou bem Vegas. – Ele segura meu rosto me fazendo olhar para ele. – Oi, sou eu, estou aqui. – Meu choro se intensifica, e vejo lágrimas descerem do rosto de Pete. – Tudo bem, baby. Me desculpe, foi preciso.

- Te desculpar? Pete... – Aperto meus olhos, e puxo o ar com força, tentando controlar tudo que eu sentia. – O que está acontecendo? – Me ergo observando-o confuso.

- Charlie viu um jeito de elaborar uma armadilha com minha morte e usou, foi isso, sinto muito, mas nós precisávamos que você acreditasse. – Ele ergue a mão limpando meu rosto. – O cara estava no hospital, ele entrou no meu quarto, se não acreditasse que eu estava em um estado tão crítico...

Eu pego a primeira coisa que vejo e jogo contra parede.

- Eu não aguento mais esse inferno Pete. – Fecho os olhos. – Por que tinha que se meter nisso? – Meu tom é calmo apesar de tudo. – Por que uma vez na vida não pode se colocar em primeiro lugar?

- Por que quando os amigos precisam de ajuda... a gente ajuda Vegas. – Ele sorri levemente pra mim.  E isso me faz desistir de discutir. 

- Mas, como você está? – Eu me ergo abaixando as cobertas para ver sua barriga, ele estava com camisola hospitalar. – Quem está cuidando de você? Como... – Eu olho... – Você cuspia sangue Pete...

---PETE---

Eu estava cansado, mas Vegas parecia tão desesperado que não conseguia dizer nada. – Ele não me acertou em um local tão complicado Vegas. – Pego em sua mão. – Ele me disse que não seria vital. – Paro para engolir a saliva. – Eu cuspia sangue porque ele tinha me batido antes...

Ele fecha os olhos com força passando a mão pelos cabelos. – Eu passei pelo inferno Pete, eu chorei tanto. – Ele cola sua testa na minha, e depois me dá um beijo. – Como pôde fazer isso? – Sua voz embarga.

- Testar o seu coração. – Ele ri e chora ao mesmo tempo, sentando-se ao lado da cama. – Você está sentindo algo?

- Um pouco de cansaço, somente. – Eu pressiono meus lábios um contra o outro, e ele me olha sério por um segundo. – O que foi? – Questiono olhando de lado, sorrindo.

- Depois que você sair dessa cama eu vou te trancar em um quarto e você nunca mais vai ver a parte de fora. – Ele fala de uma forma tão desolada que me faz rir, eu seguro na minha barriga dolorido, e ele arregala os olhos.

- Desculpa. – Ele se inclina beijando meu braço. – Até porque não sei como a verdade pode ser engraçada. – Eu rio de novo. – Pete, você não sabe a vontade que eu estou... Quando sair dessa cama... – Sua voz vai ficando mais rouca.

- Você vai ter que alimentar essa raiva alguns meses. – Bato na sua mão. – E cuidar muito de mim. – Eu falo e ele sorri, direcionando sua mão para minha bochecha e eu me deito contra ele, como sempre fazia. – Vem cá – Puxo sua mão...

Vegas senta-se do meu lado na cama me puxando para próximo do seu colo e beijando minha cabeça, me remexo contra ele que faz carinho em minha cabeça.

- Quem planejou isso? – Ele continua acariciando.

- Somente Charlie. – Respondo ressoando.

- E conseguiu algo? Porque se não tiver conseguido... – Eu rio.

- Sim... – Eu suspiro.

- Agora nós temos...

- Uma guerra. – Completo

- Nós o caramba. – Ele endurece. – Você não vai sair dessa cama nem fudendo.

Sorrio e ele beija minha cabeça, estou quase dormindo quando a porta se abre e Porchay entra.

- Como diabos fez isso com a gente Pete? Você sabe o quanto eu chorei? – Ele está com o rosto todo vermelho, e Kim anda atrás dele impassível.

- Oi, Porchay. – Sorrio.

- Oi o Caralho. – Ele cruza os braços e corre para me abraçar. 

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Gente, curtinho porque estou viajando, foi só para abaixarem as facas kkkk 

E ai? O que acharam? (VOU PERGUNTAR SIM) 

(Vocês querem ir lendo os capítulos que tenho Pit/Charlie?)

Aliás, de novo, meu insta @fome_de_cultura está de portas abertas para comentários e a gente debater a história. 

VOTEM E COMENTEM. 

Correntes (VegasPete)Onde histórias criam vida. Descubra agora