Se não resistir vai entrar mais fácil

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--- PETE---

- Por que tem que ser tão abnegado em Pete? – Ouço sua voz perto do meu ouvido, mas já estou tão cansado que mal consigo abrir os olhos – Vegas já te avisou tanto sobre isso... E mesmo assim, continua dando a sua vida por pessoas que não dão a mínima para você. – Sinto seus dedos deslizando pelo meu rosto.

Tusso sentindo minhas forças se esvaindo, pensando em Vegas e no quanto ele vai ficar bravo comigo, pensando em que eu preferia estar nos braços dele agora. – Vegas? Quer ouvir o que ele diria? – Eu faço força para engolir a saliva e o sangue da minha boca, abro meus olhos e o vejo em cima de mim, mal o consigo ver, está tudo tão nublado, só que seu sorriso é inconfundível. – Se não resistir vai entrar mais fácil. – Seus dentes ficam mais claros e eu sinto a lâmina entrar em mim.

Como isso aconteceu? Bom...

Tudo começou domingo de manhã quando fomos chamados para uma reunião na Mansão com para nos reunirmos com Kamol, eu passei mais de 1 hora tentando convencer Vegas a tirar a maldita coleira que ele tinha posto na noite anterior, mas não.

- Vegas, eu trabalho lá, você sabe que mensagem isso vai passar aos funcionários? – Perguntei enquanto estávamos fazendo café da manhã.

- A que você tem dono, é alguma mentira? – Ele me olhou arquejando a sobrancelha, eu joguei a cabeça para trás chateado.

- Vegas, eu não estou brincando. – Isso fez com que ele me puxasse pela cintura, beijando meu pescoço, distribuindo beijos pelo meu rosto.

- Nem eu. – Ele sorri. – Você pode usar a coleira hoje, ou ficar sem gozar por o que? 1 mês. – Eu deitei a cabeça no peito dele gemendo chateado.

- Você é muito malvado. – Ele jogou a cabeça para trás dando aquela risada que só ele sabia dar, aquela manhã parecia tão longe agora.

Nós fomos até a reunião, houve um acordo entre Porsche, Kinn e Kamol, até que o sistema foi invadido e Porchay explicou que nós podíamos estar sendo observados e vigiados. Foi a hora de chamar Charlie, ele confirmou a vigia e começou a trabalhar tanto no processo de proteção quanto na montagem de uma armadilha virtual para pegar o tal cara.

Ao passo que Vegas sugeriu uma armadilha real, já que Kamol não tinha ideia de quem era, seu sócio não o conhecia, mas ele desconfiava de algumas mudanças. Foi depois da reunião que sugeri uma saída para o bar, seria o que? Uma saída de subs? Eu, Chay e Charlie, mandei os meninos passearem e nós fomos pro bar.

Conversamos horrores sobre a relação de perseguidor entre PitBabe e Charlie, que aliás o seguia como um cão de guarda, ele me olhava de forma muito engraçada. Como se dois passivos pudessem fazer algo... Aparentemente ele não era só possessivo, era um stalker também.

Só que quando os rapazes chegaram para nos buscar, Chay havia sumido, fizemos de tudo para encontra-lo, Charlie falou que estava recebendo ameaças desde que tinha defendido Porchay de um colega chamado Mitt. Fomos atrás do cara, e depois de não uma, mas duas surras, descobrimos que ele não tinha nada a ver com isso, somente seguia as ordens do cara para vigiar Porchay.

Voltamos pra mansão pra reagrupar e tentar descobrir o que ocorreu, colocamos homens na rua atrás de pistas e Charlie tentou hackear tudo que podia. Mas, não encontrávamos nada, até que Porchay foi deixado na porta da mansão, inicialmente pensamos que era uma armadilha, só que Kim foi atrás dele sem pensar duas vezes.

Quando o vi... Ele estava rasgado e completamente machucado, no início ficou quieto no colo de Kim, mas eu sabia de uma coisa. Sabia que se eu não falasse algo, se eu não apertasse um pouco, então depois do susto ele guardaria tudo para ele, assim como eu fiz com Vegas, e isso ia ser bem ruim. Ele desatou a falar, eu só não esperava que ele tivesse tantas informações.

Correntes (VegasPete)Onde histórias criam vida. Descubra agora