Rodolffo abriu a porta do seu BMW e Juliette logo perguntou se o carro era dele.
- Sim. Faz 3 anos que o meu pai mo ofereceu.
- Onde vamos jantar? Não é nenhum lugar chic?
- Porque não?
- Não estou vestida de acordo, nem gosto desses locais.
- Vamos onde quiseres. A noite é toda nossa.
Rodolffo foi ter a um restaurante no jardim à beira do Rio Mondego. Juliette gostou pois já conhecia o local. Não por ter frequentado o restaurante, mas por ter passeado no jardim.
- Jantamos aqui e depois passamos aí por um barzinho.
- Tu é que sabes, Rodolffo. As minhas saídas à noite limitavam-se a um café com colegas.
- Nestes anos todos nunca viveste a noite de Coimbra?
- Não. O meu dinheiro era contado. Não tinha essa de sair gastando com farra. Se eu gastasse faltava para comida e coisas básicas.
- Ouvindo-te falar assim até parece que estás a criticar quem farreava.
- Não. Só disse que eu não podia fazer. Não ponhas palavras na minha boca.
- Está bom, mas hoje não penses nisso. Vamos divertir-nos.
Já no bar, Juliette aceitou o coquetail que Rodolffo pediu para ela. Para ele um whisky.
A banda que se apresentava convidava a dançar.
Rodolffo puxou Juliette para o centro e enlaçou-a pela cintura. Ela por sua vez colocou os braços à volta do pescoço dele.
O clima foi aquecendo, fosse pela música ou pela bebida. Os dois dançavam juntinhos. Rodolffo com o rosto na curva do pescoço dela ia deixando um beijo aqui outro ali que faziam o corpo dela todo se arrepiar.
- Rodolffo, pára!
- Não estou a fazer nada. Estou a dançar. Vamos para outro local.
- Para onde? Já é tarde.
- Se eu te quisesse levar para o hotel?
- Não. Leva-me para casa.
- Eu quero estar contigo.
- Conheceste-me ontem, Rodolffo!
- E daí? Não gostas de estar comigo?
- Gosto, mas não vou dormir contigo.
- Está bem. Como é amanhã, vemo-nos a que horas?
- De manhã estou ocupada. Creio que a partir da tarde de amanhã já estarei livre de tudo, talvez regresse a casa.
- Não, Juliette! Eu fiquei cá para passar a semana contigo.
- Mas eu já disse à Mariazinha que talvez fosse embora depois de amanhã.
- Vem ficar comigo no hotel. Aí já temos 3 dias de conhecimento, já pode.
- És muito parvo. Donde tiras essas ideias?
- Da vondade de estar contigo.
Rodolffo tinha Juliette presa pela cintura. Os rostos estavam demasiado perto e ele aproveitou e colou os lábios nos dela.
Juliette passou os braços à volta do pescoço dele e aceitou o beijo que se prolongou quando as línguas se encontram.
Quando se separaram Rodolffo falou-lhe ao ouvido.
- Eu sei que queres tanto como eu.
- Mas não hoje, respondeu ela.
Rodolffo beijou-a de novo e ficaram abraçados um pouco.
Estavam na entrada da casa dela e depois de outro beijo, Rodolffo entrou no carro. Vendo ela fechar a porta arrancou dali.
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A dúvida
Fiksi PenggemarDuvida que possa esperar? Duvida que possa partir e recomeçar? Fica então "A dúvida"