VI

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Receber o telefonema da Juliette deixou-me empolgado.

Saí para jantar e fui encontrar alguns amigos.  Bebemos uns copos e eu regressei ao hotel.

Preparei a chegada dela.  Comprei chocolates e um buquê de flores que eu sei que todas as mulheres gostam.
Quase todas, pois já saí com algumas  que eram bem directas e diziam que o dinheiro gasto em flores era desperdício.

Claro que o encontro com essas ficava por ali.  Sou bem tradicional.   Ainda hoje vejo o meu pai oferecer flores à minha mãe e não precisa ser em datas específicas.

Encomendei o jantar no quarto, mas faltava alguma coisa para simbolizar a nossa amizade.

Saí e foi a uma ourivesaria.  Os meus olhos bateram num conjunto de fios cujo pingente era comum.

  Os meus olhos bateram num conjunto de fios cujo pingente era comum

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Gostei.   Era o ideal para marcar a nossa amizade.  Comprei e mandei fazer um embrulho bonito.

Fui buscá-la ao final da tarde.  Senti-a um pouco nervosa quando entrámos no quarto, mas dei-lhe um abraço apertado e um selinho.

Entreguei-lhe as flores e vi os olhos dela brilhantes.  Percebi que uma lágrima ia rolar, mas afaguei-lhe o rosto.

- Nunca ganhei flores.  Obrigada.

- Como é possível?  Uma menina linda como tu devia ganhar flores todos os dias.  Os homens andam cegos.  Anda, tenho um presente para ti.

Entreguei-lhe a caixinha e ela sorriu ao ver os dois fios.

- Que lindos, mas dois?

- Um para cada.  Sempre que olhares para ele que te lembres de mim.

- Eu fico com a lua.  Vai-me lembrar a noite que te conheci.

Logo veio o jantar e eu via os meus planos saírem furados.

A delicadeza dela, o ficar feliz com tão pouca coisa retraiu-me.  Não nego, eu queria-a na cama, mas não para ser mais uma.

Jantámos, a conversa fluiu e eu não forcei nada.
As coisas aconteceram naturalmente.

Sentados na varanda do quarto fui-a puxando para um abraço.  Veio um beijo, outro e outro e depois eu disse:

- Quero-te, mas se tu também quiseres.

- Rodolffo!  Sou virgem, nunca estive com ninguém.

- Porque decidiste vir?

- Não sei.  Gosto de ti, e devo ser doida.

- Então seremos dois doidos hoje.  Deixa-me mostrar-te como pode ser bom. 

Levei-a até à cama e comecei a beijá-la no pescoço enquanto lhe ia tirando a roupa.  Passei a mão pelos mamilos que estavam arrepiados assim como todo o seu corpo.

Amei-a lentamente e com o maior cuidado.  Ela tremeu e gemeu ao sentir o orgasmo chegar. Deitei-me de lado dela e esperamos recuperar a respiração.

Ela mantinha os olhos fechados e eu deitei-me de lado fazendo festas no seu rosto.

- Em que pensas?

- Em tudo.

- Estás bem?  Tens dores?

- Estou bem.

Dei-lhe um beijo e ela levantou-se.  Foi tomar um duche, depois fui eu e logo estávamos de novo deitados.

Demos um beijo e fomos dormir.  Abracei-a e ficámos de conchinha.

A dúvidaOnde histórias criam vida. Descubra agora