Receber o telefonema da Juliette deixou-me empolgado.
Saí para jantar e fui encontrar alguns amigos. Bebemos uns copos e eu regressei ao hotel.
Preparei a chegada dela. Comprei chocolates e um buquê de flores que eu sei que todas as mulheres gostam.
Quase todas, pois já saí com algumas que eram bem directas e diziam que o dinheiro gasto em flores era desperdício.Claro que o encontro com essas ficava por ali. Sou bem tradicional. Ainda hoje vejo o meu pai oferecer flores à minha mãe e não precisa ser em datas específicas.
Encomendei o jantar no quarto, mas faltava alguma coisa para simbolizar a nossa amizade.
Saí e foi a uma ourivesaria. Os meus olhos bateram num conjunto de fios cujo pingente era comum.
Gostei. Era o ideal para marcar a nossa amizade. Comprei e mandei fazer um embrulho bonito.
Fui buscá-la ao final da tarde. Senti-a um pouco nervosa quando entrámos no quarto, mas dei-lhe um abraço apertado e um selinho.
Entreguei-lhe as flores e vi os olhos dela brilhantes. Percebi que uma lágrima ia rolar, mas afaguei-lhe o rosto.
- Nunca ganhei flores. Obrigada.
- Como é possível? Uma menina linda como tu devia ganhar flores todos os dias. Os homens andam cegos. Anda, tenho um presente para ti.
Entreguei-lhe a caixinha e ela sorriu ao ver os dois fios.
- Que lindos, mas dois?
- Um para cada. Sempre que olhares para ele que te lembres de mim.
- Eu fico com a lua. Vai-me lembrar a noite que te conheci.
Logo veio o jantar e eu via os meus planos saírem furados.
A delicadeza dela, o ficar feliz com tão pouca coisa retraiu-me. Não nego, eu queria-a na cama, mas não para ser mais uma.
Jantámos, a conversa fluiu e eu não forcei nada.
As coisas aconteceram naturalmente.Sentados na varanda do quarto fui-a puxando para um abraço. Veio um beijo, outro e outro e depois eu disse:
- Quero-te, mas se tu também quiseres.
- Rodolffo! Sou virgem, nunca estive com ninguém.
- Porque decidiste vir?
- Não sei. Gosto de ti, e devo ser doida.
- Então seremos dois doidos hoje. Deixa-me mostrar-te como pode ser bom.
Levei-a até à cama e comecei a beijá-la no pescoço enquanto lhe ia tirando a roupa. Passei a mão pelos mamilos que estavam arrepiados assim como todo o seu corpo.
Amei-a lentamente e com o maior cuidado. Ela tremeu e gemeu ao sentir o orgasmo chegar. Deitei-me de lado dela e esperamos recuperar a respiração.
Ela mantinha os olhos fechados e eu deitei-me de lado fazendo festas no seu rosto.
- Em que pensas?
- Em tudo.
- Estás bem? Tens dores?
- Estou bem.
Dei-lhe um beijo e ela levantou-se. Foi tomar um duche, depois fui eu e logo estávamos de novo deitados.
Demos um beijo e fomos dormir. Abracei-a e ficámos de conchinha.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A dúvida
FanfictionDuvida que possa esperar? Duvida que possa partir e recomeçar? Fica então "A dúvida"