12 - Feliz Ano Novo!

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Maldito seja, tio Carlos!

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Maldito seja, tio Carlos!

Aperto entre meus dedos a taça com o líquido borbulhante.

Como ele ousa se aproximar dela?

Esse velho não deve nem conseguir funcionar sem viagra.

Enxerido de mer...

Meu Deus!

A que ponto cheguei? Estou xingando meu tio por causa de uma mulher. Pior ainda: uma mulher que está me ignorando e que teve a cara de pau de dizer que eu deveria ter sonhando quando falei que queria conversar sobre o beijo. Isso foi na véspera de natal, sete dias atrás.

Suspiro frustrado e viro a taça, tomando todo champanhe de uma vez.

— Aposta quanto que ele come ela daqui pra fevereiro? Tá investindo desde o casamento — ouço a voz jocosa de Mário, meu odiado primo.

— Não fala assim, Mário, é da mãe de Hellen que tu tá falando — Júlio, meu primo caçula e irmão mais novo de JP rebate.

— E?

— E ela é sogra do meu irmão, devia respeitá-la.

— Ah, Júlio, vaza daqui. Nem saiu das fraldas direito — Vicente, primo paterno de JP, se intromete.

Outro babaca.

Júlio passa por mim reclamando e seguro seu braço.

— Ignora esse babacas.

— Como a gente deu azar de nascer na mesma família que eles?

— Sempre me pergunto isso.

O moleque sai resmungando e só estão percebo a merda que eles estavam falando sobre Bia.

— Ô, babacas! — me aproximo tentando controlar a vontade de quebrar a taça e fazê-los engolir os cacos de vidro. — Prestem atenção na merda que sai dessa fossa que vocês chamam de boca.

— Ahhh, o Julinho já foi chorar pra o priminho? — Vicente debocha.

— É mesmo um bebê chorão — o babaca do meu primo complementa.

— Se vocês não quiserem engolir cacos de vidro, acho bom escolherem com cuidado as palavras que vão usar pra se referir a Júlio e Bia. Eu tô doidinho pra gastar meu réu primário, vou adorar que seja com vocês.

Trocam um olhar debochado.

— Olha, Vince, parece que meu primo de repente virou macho.

— Claro, não sacou? Ele tá doidinho pra comer a coroa. Deve gostar de chupar uva passa.

— Ah, você quer chupar a uva passa da vadia velha, Guguinha?

Meu punho acerta o rosto dele antes mesmo que eu possa prever. Ele tenta revidar, mas Luanderson, meu outro primo, consegue segura-lo.

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