07 - Em rota de colisão

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— Nossa

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— Nossa... Coragem viu! Acho que uns sete ou oito anos seria a diferença máxima pra mim — Hellen comenta.

— Acho que pra mim seria uns quatro anos pra menos e uns... Uns cinco pra mais — complementa JP.

— Acho que até uns quatorze ou quinze anos de diferença eu não veria problema. Como disse Sérgio Reis: Panela velha é que faz comida boa — fala Gustavo, olhando descaradamente para mim. — Não que uma pessoa de uns trinta e cinco ou trinta e seis anos seja velha, mas é aquela coisa né... Os vinhos que passam mais tempo no barril de carvalho normalmente são os mais gostosos.

Desvio os olhos.

Esse menino tá tentando me enlouquecer, só pode!

— E desde quando tu entende de vinho? — João Paulo pergunta em tom zombeteiro.

— Desde nunca, mas já ouvi essa frase em algum lugar.

Riem da cara dele.

— E você, sogrinha, qual sua tolerância?

Letícia ontem saiu com um homem de cinquenta anos e o pessoal ficou meio chocado, assim iniciou o assunto sobre diferença de idade máxima para mais e para menos que eles tolerariam. Agora o alvo da atenção deles sou eu.

Penso um pouco.

— Acho que uns dez pra mais e uns... Cinco ou seis pra menos.

— Então não ficaria com alguém com menos de trinta? — JP pergunta.

— Não. Não mesmo!

— Então minhas chances com você já eram?

— Nunca existiram, Letty, porque além de tu ser nova demais nova, eu prefiro berinjela do que pêssego.

— É uma pena, Bia. Tenho certeza que nos divertiríamos muito juntas. E sobre o coroa de ontem: ele foi muuuuito melhor do que muito novinho que eu já peguei. O véio sabia bem o que tava fazendo.

Faço careta.

Com vinte e cinco anos de idade eu nunca teria cogitado ficar com alguém tão mais velho. Mesmo agora, com trinta e seis anos, ainda não me é atraente a ideia de ficar com alguém de cinquenta anos.

Letícia levanta.

— Galera, deixando um pouco de lado  minha vida sexual, que por sinal vai muito bem, obrigado! Quero agradecer a vocês por estarem comigo hoje, meus pais sequer lembraram que é meu aniversário, mas vocês, que nem compartilham sangue comigo, fizeram questão de comemorar. Nos últimos dois anos vocês se tornaram minha família e fico feliz por ter com quem contar — pigarreia. — Agora chega de melação e vamos brindar.

Sorrio, revirando os olhos, e levanto,  envolvendo-a em um abraço de urso.

— Obrigado especialmente a você por ter tido todo o trabalho de organizar isso. O bolo estava lindo e delicioso.

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