11 - Maldito seja, tio Carlos!

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Meus lábios tocam os seus e o mundo todo para ao meu redor

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Meus lábios tocam os seus e o mundo todo para ao meu redor. Dentro de mim o caos explode, quase posso sentir fogos de artifício explodirem em formato de coração.

Tá, eu seu que isso ficou bem coisa de adolescente apaixonado, mas...

Merda! Eu estou beijando Bia.

Finalmente!

Nos primeiros segundos permaneço imóvel, esperando que ela me afaste, mas a reação não vem e finalmente movo meus lábios sobre os seus. Com calma. Paciência. Os efeitos desse contato se espalham por todo meu corpo.

Bia suspira, sobe a mão por minhas costas, introduzindo-a em meus cabelos, os puxa com força antes de tomar ela mesma a atitude de aprofundar o beijo.

Um suspiro satisfatório escapa por seus lábios e sorrio entre o beijo. E então tudo acaba de repente.

Abro os olhos, tentando entender qual parte daquilo foi real.

Eu beijei a bia ou sonhei que beijava a Bia?

Forço minha meu cérebro meio bêbado a reunir os fragmentos de memórias, afim de encontrar algo sólido, e tudo dentro de mim efervesce de felicidade.

Eu beijei ela!

Eu finalmente beijei ela!

Faço careta quando minha cabeça lateja.

Mas que merda!

Não acredito que estava bêbado no primeiro beijo com ela.

Simplesmente não acredito!

Bato a mão em minha testa, a sensação é que levei marteladas.

— Você merece, seu idiota!

Sento na cama revoltado com minha idiotice. Na dança... a forma que ela me olhou, a intensidade, o fascínio... Eu deveria tê-la cercado, me mantido por perto. Esperado mais algum sinal de que poderia avançar. Mas não... Fui lá e enchi a cara igual um pinguço. Resultado? Não pude aproveitar plenamente o momento mais aguardando dos últimos três anos e meio.

— Merda, Gustavo. Merda!

— Para de gritar, babaca! — Minha irmã entra de supetão. Faz careta e põe as mãos na cabeça quando a porta se choca contra a parede.

Imito seus movimentos.

— Aqui tem remédio pra ressaca? — Sussurra, deitando ao meu lado, deito também.

— Tem, tá no banheiro.

Nenhum de nós se move por alguns minutos, os dois igualmente na merda.

— Gugu.

— Hum?

— Tu já se declarou pra Bia?

— Não. Ela não trabalha no imposto de renda e eu ainda não recebo o suficiente para precisar fazer essa declaração.

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