18 - Não tem beijo, mas tem lasanha

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— Posso subir pra tomar um pouco de água? Tô com a garganta seca

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— Posso subir pra tomar um pouco de água? Tô com a garganta seca. É culpa desse tempo seco típico do nosso verão pernambucano, sabe como é, né?!

Cerra os olhos para mim.

— Vai me negar um copo de água? Seu coração já foi mais bondoso.

— Um copo de água e nada mais — fala entre dentes.

Bate a porta do carro com tanta força que faço careta. Quase solto um “Quebra!” mas seguro no último segundo, não quero aumentar raiva.

Ela odeia me desejar, mas não consegue lutar contra isso.

Bia realmente estava muito cansada ontem, então após nosso delicioso momento no sofá ela apagou, demorei ainda algumas horas para dormir. Acordei umas oito da manhã e minha primeira visão foi seu lindo corpo nu, parcialmente escondido pelo lençol.

Acordei ela com beijos no pescoço e fui descendo por seu corpo, não houve qualquer resistência e ela retribuiu tudo com muito entusiasmo. Após nossa deliciosa diversão matinal tomamos banho, separados, e deixei ela na confeitaria.

De tarde estava de bobeira em casa — mentira, estava foi procrastinando meu trabalho — e decidi dar uma volta no shopping que, por pura coincidência, fica perto de sua confeitaria. Cheguei na Doce Sonho mais ou menos cinco e meia, coincidentemente na hora que ela estava largando. Tudo obra do destino — às vezes chamado de Gustavo.

Gentilmente, ofereci carona e, após muita relutância e insistência por minha parte e de Joana, a confeiteira do horário da tarde, Bia aceitou.

Agora aqui estamos nós, entrando em seu apartamento. É verdade que estou com sede, mas também sinto esperança de conseguir mais do que um copo d’água. Nem que seja só um beijo. Um único beijo para saciar meu vício.

Minha mãe sempre falou que todo tipo de vício é ruim, seja lá pelo o que for. Repetia sempre que tudo em excesso faz mal, mas não consigo pensar em nada de ruim vindo do meu vício por Beatriz. Não consigo imaginar que mal pode haver se ela me der beijos em excesso.

Sorrio ao sair da cozinha e encontrar Bia ainda parada na porta, segurando-a aberta.

Paro a sua frente.

— Tentando resistir a tentação?  — confirma com a cabeça.

Me aproximo um pouco mais.

— E se a tentação não quiser resistir a você? Sabe que não fiz nenhuma promessa hoje, né?!

Franze a testa confusa e acaricio sua bochecha, antes de juntar nossos lábios,  iniciando um beijo calmo, cheio de sentimentos. Nos vimos há poucas horas, ainda assim, percebo agora, que senti saudades.

Acho que meus sentimentos por essa mulher estão mais intensos do que nunca.

Finalizo o beijo com um selinho e me afasto.

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