Capítulo 31. I wanna cry when you fuck me.

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Ouvi uma movimentação barulhenta vindo do corredor, me revirei na cama e dei de cara com Beatriz dormindo com a boca entreaberta. Apertei os olhos com os dedos esfregando-os sutilmente, olhei em direção a porta atenta ao barulho que parecia vir do escritório.

- Espero que seja um espírito porque se for meu irmão bêbado eu vou afogá-lo na piscina. – Disse baixo enquanto levantava da cama.

Abri a porta do quarto e vi a luz do escritório acesa. Henrique estava debruçado na mesa mexendo em algo dentro da gaveta.

- O que aconteceu? – Perguntei ainda sonolenta. – Que horas são?

Ele virou o rosto de lado e negou com a cabeça.

- Seu irmão me ligou e eu precisava disto... – Ele puxou sua carteira de advogado entre outros papéis e virou para mim. – Cinco e meia...

- Por que meu irmão te ligou? – Perguntei desconfiada.

Henrique desviou de mim indo em direção a sala. Fui atrás dele.

- Parece que ele está... Bom, na cadeia.

- O que?!?! – Perguntei alto. – Como assim cadeia, Henrique? Que cadeia??

- Ele me ligou pedindo ajuda para que eu fosse até lá. Ele está na décima terceira. E não, não sei o que aconteceu... Estou indo resolver.

Eu estava petrificada, paralisada no meio do corredor com minha camisola preta e um sono do tamanho do mundo. Funguei o nariz e levei a mão até a testa, pensativa. O que ele tinha feito?

- Eu vou com você!

- Não vai dar tempo de você se...

- Você não sai dessa casa sem mim, Henrique!

Entrei no quarto o mais silenciosa possível e escolhi a primeira roupa que vi no armário. Vesti um vestido largo cinza chumbo até o meio das pernas e um cardigã de lã quase da mesma cor. Corri para o banheiro para lavar o rosto e escovar os dentes, passei os dedos entre os fios do cabelo tentando parecer apresentável. Completamente inútil. Peguei uma sandália alta preta trançada nos pés e saí do quarto.

Henrique estava me esperando do lado de fora com a porta aberta. Entreguei as chaves do carro para ele e fui calçando minha sandália no meio do caminho.

Quando chegamos em frente a delegacia, olhei para ele de canto de olho.

- Aposto que ele está bem. – Ele disse tentando me tranquilizar.

Depois de entrarmos na delegacia e passarmos pela triagem de atendimento na recepção e pagar uma fiança de quase vinte mil, um policial nos direcionou a um portão, abrindo-o em seguida. Busquei meu irmão rapidamente com o olhar e ele estava sentado em uma cadeira com os braços cruzados.

- Oh, não. – Ele resmungou assim que me viu e olhou para Henrique. – Você trouxe logo minha irmã?! – River finalizou ficando em pé.

Dei um tapa em seu ombro. – Oh, não?! O que foi que você fez? Minha vida vai ser essa, te tirando de porta de cadeia? – Esbravejei. – Por deus, River!

- Lavine... – Meu irmão passou a mão no queixo, coçando sua barba por fazer. Ele apoiou a mão em minhas costas, me virando de frente para uma cela ao nosso lado.

Meus joelhos fraquejaram quando vi Mackenzie sentada naquele banco de concreto me olhando entre os fios do seu cabelo preso e bagunçado. Avancei os passos até a cela e segurei na grade que separava nós duas.

Em busca de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora