Capítulo 40. Estou orgulhosa da sua coragem.

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Não tinha como não nota-la na foto se ela era a primeira pessoa a aparecer, sentada dentro de um carro com o cinto de segurança atravessando seu corpo, Mackenzie sorria para foto junto do irmão sentado no banco de trás. Maison fazia uma careta engraçada e os dois usavam um filtro de cachorro que os deixavam com orelhas e um focinho marrom. Eles pareciam tão... felizes. Olhei para ela novamente sentindo meu coração apertado, o ar entrava e saia pela minha boca deixando minha garganta seca. Como ela pôde fazer isso com ele? Como ela pôde deixá-lo? Apoiei a mão no alto do sofá sentindo minhas pernas bambas. Olhei discretamente para Paola e assenti com a cabeça.

- Eu sabia! – Paola esbravejou.

Maison se assustou olhando para ela.

- O que? O que foi?

Paola esfregou as mãos em seu rosto vermelho e olhou para ele.

- Desculpa, querido. Só estou com muita raiva da sua irmã.

Ele abaixou a cabeça envergonhado.

- Eu também.

Eu estava paralisada ao lado do sofá com a foto na mão. Meus pensamentos estavam acelerados, mas parecia que o tempo tinha parado. Maison e Paola passavam em câmera lenta diante da minha visão.

Olhei novamente para a foto, virando-a do avesso. Uma letra rabiscada de tinta azul e borrada pelo desgaste juntamente com um número de celular estavam no cantinho.

Amo você, irmãozinho.

da sua irmã favorita;mackenzie.

Ver sua letra, seu nome e seu rosto naquela foto foi minha maior decepção. Eu não tinha explicação para dar por ela, não tinha desculpas nem argumentos. Eu estava tão decepcionada que não sabia o que dizer. Por um lado, claro que eu queria que ele fosse irmão dela, mas depois de ouvir todas aquelas histórias... Eu torcia para que não. Torcia para que a mulher que eu tinha me apaixonado e que era tão maravilhosa não tivesse abandonado o irmão a própria sorte. Ela era responsável por tudo de ruim que aconteceu a ele e eu não sei se seria capaz de perdoá-la.

Apertei os lábios e inspirei o ar com força, Maison me olhava aflito. Forcei um sorrisinho de lado para disfarçar o buraco que abriu no meu peito.

- De quando é essa foto? – Perguntei completamente sem voz.

Ele apenas deu de ombros.

- Não sei...

Limpei a garganta e devolvi a foto para ele.

- Você disse que tentou ligar... Foi pra esse número que está atrás?

Ele dobrou a foto e guardou no bolso da calça.

- Foi.

- Pode me emprestar seu celular? – Perguntei para Paola.

Disquei o número que estava atrás da foto com um aperto tremendo no peito. Depois do terceiro toque, uma mensagem automática dizendo que aquele número estava indisponível.

- Tem certeza de que é esse número?

- É o único que eu tenho... Foi o número que minha mãe anotou.

Troquei o olhar com Paola devolvendo seu celular.

- Eu... – Encostei os dedos na ponta do nariz. – Já volto.

- O que foi? Eu fiz algo de errado? – Ouvi a voz do garoto enquanto fui em direção ao quarto.

- Não, meu amor. Você não fez nada de errado. Agora vem me ajudar a colocar a mesa. – Ouvi Paola dizendo antes de entrar no quarto e fechar a porta.

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⏰ Última atualização: Oct 07 ⏰

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