Capítulo 37. Oasis.

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Gente, antes de tudo: desculpa a demora pra postar, estava viajando e me enrolei no trabalho.
Obrigada as pessoas que apesar disso continuam acompanhando a história, comentando e compartilhando. tô aqui por vocês mesmo e prometo terminar esse ano! VOCÊS SÃO TUDO!!!

agora bora lá!

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Parei em todos os sinais vermelhos do caminho de casa até o instituto, o vento forte e uma chuva fina davam indícios de uma frente fria chegando na cidade e eu nem vinha preparada para isso, poucas horas atras o sol radiava entre as nuvens fazendo um calor até então suportável. Subi o carro na ribanceira ao lado do prédio já que todas as vagas da rua principal estavam ocupadas, o lugar era péssimo mas era a única vaga disponível.

Puxei o freio de mão com força rezando para o carro não descer e saí andando depressa pela rua com a bolsa em cima da cabeça, tentando me proteger da chuva. Absolutamente em vão.

Esfreguei os pés no tapete de entrada do prédio, tentando tirar a lama molhada agarrada aos meus sapatos. Passei a mão pelo cabelo, ajeitando-o de lado e entrei na minha sala. Alberto estava sentado na cadeira de Paola, e uma pasta de papel pardo estava sobre a mesa.

- Tio? – Passei a mão por seu ombro e me inclinei para cumprimentá-lo.

- Minha querida. – Alberto me beijou no rosto e afagou minhas mãos.

Dei a volta na mesa sentando no meu lugar.

- O que te traz aqui? Aconteceu alguma coisa? – Perguntei preocupada olhando seu terno chique.

Meu tio beirava os setenta anos mas ainda parecia um garotão de trinta. Seu aspecto jovial e descontraído me fazia esquecer sua idade e questionar se ele realmente era um senhor da terceira idade – apesar de ele odiar – Sempre bem-humorado e disposto a qualquer coisa, ele sempre se vestia de forma formal, não lembro a última vez que o vi de camisa e bermuda. Acho que ele já nasceu de terno e gravata.

Alberto nunca visitava o instituto, muito menos se envolvia em qualquer assunto que tivesse a ver com as ongs. Era estranho receber sua visita em pleno dia de semana, sem aviso.

- Você e seus casos extraconjugais. - Ele empurrou a pasta para mim e deu de ombros.

- Casos extraconjugais?! – Indaguei surpresa esticando o braço sobre a mesa e pegando a pasta.

Olhei para ele antes de abrir a pasta e me deparar com várias fotos minha com Mackenzie. Fotos nossa na praia, no carro, na rua, se beijando... Senti meu corpo esquentar de tanto desconforto. Passei as fotos uma por uma até chegar em Maitê, fechei a pasta de uma vez me recusando a continuar.

- Você mandou me seguir?! – Perguntei perplexa.

- Óbvio que não! O que você faz com sua vida pessoal não me importa, eu te apoio! Mas você é casada, Lavine. E isso está trazendo uma imagem negativa para o instituto, as pessoas estão comentando...

- Eu não sou casada. – Retruquei.

- Você assinou o divórcio?

- Não, mas...

- Então você é casada, my dear.

Levantei da cadeira fazendo-a girar.

- Eu não sou casada, Alberto! Eu e Paola nos separamos há meses, todo mundo sabe disso.

- Todo mundo quem?

Gesticulei nervosa.

- Todo mundo!

Em busca de vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora