Capítulo 11

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Jeon ficou em silêncio, sentindo-se impotente diante da decisão de seu pai. Ele sabia que argumentar seria inútil. Seu pai era inflexível quando se tratava de proteger o nome e a reputação da família.

Jeon: Está bem, pai. Eu farei o que você pediu.

Com um nó na garganta, Jeon se sedeu à vontade de seu pai, mesmo que isso significasse perder a única pessoa que realmente o compreendia. Ele sabia que as consequências de seus atos seriam duras, mas estava disposto a enfrentá-las para proteger sua família.

Pai: E mais uma coisa, Jeon. Você está proibido de ter qualquer tipo de contato com Sn a partir de agora. Entendeu?

Jeon: Mas pai, isso é...

Pai: Sem desculpas, sem argumentos. Você vai obedecer a essa ordem. Está claro?

Jeon engoliu em seco, sentindo um nó se formar em sua garganta.

Jeon: Sim, pai. Eu entendi.

Com um suspiro pesado, Jeon aceitou sua sentença, mesmo que isso significasse perder a única pessoa que o fazia sentir-se verdadeiramente vivo.

/Quebra de tempo/

Tempo sn

Ela chegou no dormitório e as amigas olharam para ela como se estivesse vendo um fantasma.

Soo-jin: Sn, você está bem? Parece que viu um fantasma.

Sn: Ah, estou bem. Só tive uma noite complicada.

Seo-yeon: Complicada como?

Sn: É uma longa história. Não sei nem por onde começar.

Ji-hyun: Você parece preocupada. O que aconteceu?

Sn: Bem, eu meio que me envolvi em uma situação complicada com... alguém.

Soo-jin: Alguém? Quem é essa pessoa? Alguém do nosso curso?

Sn: Não exatamente... é complicado.

Seo-yeon: Mas você está bem, certo? Precisa de algo?

Sn: Não, não precisa se preocupar. Eu só preciso de um tempo para processar tudo o que aconteceu.

Ji-hyun: Se precisar conversar, estamos aqui para você, Sn. Não importa o que seja.

Sn: Obrigada, meninas. Quando eu colocar a cabeça no lugar, nós conversamos

Sn pegou uma muda de roupa e saiu do quarto. Seus pensamentos estavam confusos, ela não sabia o que fazer e nem como agir sobre tal situação.

Enquanto Sn caminhava pelos corredores, seus pensamentos estavam confusos e angustiados. Ela não conseguia entender completamente o que estava acontecendo e por que seu encontro com Jeon acabou resultando em um tumulto tão grande.

E, acima de tudo, Sn estava preocupada com seu futuro no escritório de advocacia. Ela se perguntava se a situação com Jeon afetaria sua posição lá, se ela poderia ser demitida ou se seria forçada a renunciar por causa do escândalo.

/Quebra de tempo/

Era sábado e a Sn resolveu tirar o dia para ir a uma biblioteca famosa que tinha em Seul. A Soo-jin a acompanhou, pois queria saber a onde amiga havia passado a madrugada de quinta-feira.

Soo-jin: Sn, você não pode fazer isso comigo. Eu não dormi a noite toda, você não atendia o celular e isso deixou a gente mais preocupada ainda.

Sn: Desculpe, Soo-jin. Eu sei que fui irresponsável. Não era minha intenção deixar vocês preocupadas.

Soo-jin: Não é só isso, Sn. O que aconteceu naquela noite? Você estava bem?

Sn: Estava, sim, não precisa se preocupar tanto. Foi só uma situação complicada que surgiu inesperadamente.

Soo-jin: Complicada como? Você sabe que pode confiar em mim, certo? Se algo estiver te incomodando, pode me contar.

Sn: Bem, sobre aquela noite... Eu acabei passando um tempo com Jeon.

Soo-jin: Jeon? O Jeon Jung Kook? Aquele cara que provocou você na aula?

Sn: Sim, ele mesmo. E, na verdade, ele não era apenas um colega de classe. Ele era o pirata da festa.

Soo-jin: O quê? Você está brincando?

Sn: Não, eu não estou brincando. Eu sei que parece loucura, mas foi isso que aconteceu. Nós acabamos passando a noite juntos.

Soo-jin: Meu Deus, Sn! Isso é tão... inesperado. E como foi? Você está bem?

Sn: Foi... complicado. E eu estou bem, obrigada por perguntar. Mas agora as coisas estão um pouco confusas entre nós e... bem, eu não sei o que fazer. O pai dele é o dono do escritório onde eu estou estagiando... - ela fez uma pausa- e conhecendo esse mundo, ele vai mandar me dispensar. Ele ficou super assustado ao me ver sair da casa dele.

Soo-jin: Provavelmente... E você falou com Jeon depois?

Sn: Na verdade não. Estou dando um tempo, talvez eu encontre com ele na aula.

Soo-jin: E o projeto, é semana que vem também.

Sn: Sim, mas na segunda eu falo com ele... já deixei claro que tudo que aconteceu vai ficar no passado.

Soo-jin: Mas o que aconteceu?

Sn: O que você acha que aconteceu, Soo-jin?

Soo-jin: Só não esperava isso de você.

Enquanto Soo-jin foi buscar os cafés gelados, Sn caminhou pelos corredores da biblioteca, procurando por um lugar tranquilo para se sentar e começar a folhear alguns livros. Ela escolheu uma mesa perto de uma janela, onde a luz do sol entrava suavemente, criando um ambiente acolhedor.

Enquanto Sn folheava um livro sobre direito civil, ela percebeu um movimento ao seu lado. Ela ergueu os olhos e ficou surpresa ao ver Jeon e seu primo, Namjoon.

Houve um momento de tensão no ar quando seus olhares se encontraram. Sn sentiu seu coração acelerar enquanto Jeon e Namjoon se aproximavam.

Jeon: Sn...

Sn: Jeon...

Namjoon: Oi, Sn. Parece que nos encontramos novamente.

Sn: Parece que sim.

Houve um silêncio desconfortável enquanto todos se acomodavam em suas respectivas cadeiras. Sn podia sentir a tensão pairando entre ela e Jeon, mas ao mesmo tempo, uma faísca de curiosidade se acendeu dentro dela. O que ele estaria fazendo na mesma biblioteca que ela? E por que Namjoon estava com ele?

Enquanto essas perguntas giravam em sua mente, Sn tentou se concentrar em seu livro, mas não conseguia evitar a sensação de que algo estava prestes a acontecer.

Tempo Jeon

Jeon sentia o peso das palavras de seu pai ainda ecoando em sua mente. Ele sabia que não poderia mais ignorar a situação complicada em que se encontrava com Sn, mas ao mesmo tempo, sentia uma necessidade urgente de protegê-la de qualquer dano adicional.

Decidido a tomar uma atitude, Jeon respirou fundo e foi ao escritório de seu pai. Ele sabia que não seria fácil enfrentar o pai.

Ao entrar no escritório, Jeon encontrou seu pai absorto em papéis e documentos, mas ele sabia que precisava abordar o assunto imediatamente. 

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