Capítulo 40

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     ISABELLA MARTINS

— Ok... Eu comprei macarrão, tomates, alho, orégano e manjericão — Harrison colocou a sacola em cima da bancada da cozinha, me olhando apreensivo. — A gente consegue certo?

— Se nós não conseguirmos fazer uma simples macarronada, nós estamos perdidos. — Lamentei, tentando não rir. — Coloca água para ferver, eu vou começar cortando os tomates para fazer o molho.

Ele foi lavar as mãos na pia, em seguida, abriu o armário do apartamento e pegou uma panela, enchendo de água e colocando no fogo. Havíamos voltado para o apartamento há poucas horas. Sequer tiramos as roupas das malas, apenas as deixamos no quarto para que as visitas não vissem que iriamos embora daqui o quanto antes. Eu fiz uma limpeza rápida no lugar enquanto ele ia comprar os ingredientes pro jantar, e agora, tentávamos deixar tudo perfeito para esse jantar improvisado.

— Coloco o macarrão?

— Não, tem que esperar ferver. Me ajuda cortando os tomates.

Harrison tirou o sobretudo, o colocando em cima de uma cadeira, e arregaçou as mangas da camisa social branca, pegando uma faca e vindo cortar os tomates na minha frente. Consequentemente, me desconcentrando totalmente. O jeito como ele se portava, como suas mãos trabalhavam, os seus antebraços a mostra... tudo era tão estimulante.

— Você está fervendo.

Pisquei duas vezes, olhando para ele com um calor em meu corpo.

— O que disse?

— A água está fervendo. — Ele repetiu, e eu expirei, percebendo que estava ouvindo coisas.

Larguei a faca e peguei o pacote de espaguete, colocando o macarrão na água.

— Você comprou sal?

— Não. Sal e açúcar eu tenho no apartamento. Está naquele armário.

Ele apontou. Abri a porta e vi os dois potes, mas era alto demais para que eu alcançasse.

— Pega para mim? Eu não alcanço.

Ele largou a faca imediatamente e veio até mim, inclinando o seu corpo sobre o meu para pegar os dois potes e colocá-los na bancada atrás de mim.

— Quer que eu pegue mais alguma coisa? — Perguntou, com o seu corpo a centímetros do meu.

— Sim...

Coloquei as minhas mãos em seus antebraços, e fui descendo até estar segurando as suas mãos, então, as posicionei na minha cintura. Suas mãos se fecharam ali, me pegando com vontade, e eu sorri, percebendo que ele não iria se afastar. Um por um, comecei a abrir os botões da sua camisa, e a beijar cada pedacinho de pele que ia se revelando. Não consegui beijar abaixo do seu peitoral, pois Harrison ainda me segurava contra si pela cintura, mas abri a maioria dos botões e foquei a minha atenção no fecho da sua calça, enquanto ele suspirava, sem tirar os olhos de mim.

— Você não presta, Isabella... — Sussurrou.

E meu sorriso dobrou de tamanho, se tornando cada vez mais malicioso.

— Não vejo você me impedindo...

Ele segurou os meus pulsos assim que eu terminei de abaixar o seu zíper, mas ao invés de me parar, ele apenas me puxou para si, colando de vez os nossos corpos.

— Meus amigos chegarão em menos de duas horas... nós deveríamos estar cozinhando.

— Você tem razão. Realmente deveríamos.

Apesar de estarmos em completo acordo, nem ele nem eu nos afastamos. Harrison soltou os meus pulsos, voltando a me agarrar pela cintura, mas dessa vez ergueu o meu corpo e me colocou sentada no balcão atrás de nós. Abri minhas pernas e ele se colocou no meio delas, entretanto, antes que pudesse me beijar, seu celular começou a tocar. Ele iria se afastar, quando eu agarrei as pontas da sua camisa aberta, o impedindo.

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