14. Desejos e vomito, parte 2

59 7 4
                                    

Oi Fominhas, tudo bem com vocês?

Estou aqui para postar os capítulos ganhos pelos leitores que estão no grupo de WhatsApp e participam das atividades de interações. Agradeçam a eles e entrem no grupo e me sigam no Instagram para liberar mais capítulos.

Hoje estarei colocando mais uma interação.

Se as metas forem batidas estarei postando mais capítulos amanhã.

Decidi por colocar as metas no Instagram ao invés de aqui nos capítulos porque facilitou muito mais. O link para o grupo de leitores e para minhas redes sociais está na bio.

 O link para o grupo de leitores e para minhas redes sociais está na bio

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Chelsea

Aceitar uma carona dele parecia o certo a fazer depois que me ajudou, mas não esperei que no meio do caminho fosse convencida a conhecer a sua casa. Como a localidade da floricultura é boa, sabia que em volta tinha bons lugares para se morar, mas não tinha ideia de que um complexo de apartamentos tão grandioso também estava na redondeza.

Fora que leva quase duas horas para chegar naquele mercado. Mesmo com o trânsito não estando tão complicado a essa hora da manhã, então, por que Archie foi fazer as suas compras ali?

Depois de termos acesso ao local, ele rapidamente me enganou com alguns sorrisos para que o acompanhasse no elevador. Talvez eu realmente tenha um fraco por rostos bonitos.

— Ela não é tão difícil de segurar — fala, e sinto que estou sendo acusada, entretanto, Melissa já reagiu de modos bem alarmantes depois de ficar nos braços de outras pessoas, até com a pediatra.

— Acho que você a conquistou com seu rosto bonito — digo, mas queria ter a capacidade de voltar no tempo para poder impedir essas palavras. Devo mesmo ter vomitado a minha sanidade na privada mais cedo.

— Devo agradecer por ser bonito — murmura, olhando-a satisfeito. Quando o elevador para no seu andar, fico ainda mais impressionada, porque é um lugar onde apenas um apartamento é disposto por andar.

Imagino quanto não deve custar morar em um lugar desse, entretanto, desde a primeira vez, pude notar que era alguém com dinheiro. Mesmo com as roupas casuais de hoje, é impossível esconder o cheiro de dinheiro.

— Pode colocar a senha? — Pede, já que segura Melissa em um braço e as sacolas retornáveis em outra. Esse é outro ponto. Nunca pensei que seria o tipo preocupado com o meio ambiente.

Digito os números rapidamente e ele mostra um sorriso agradecido, esperando que eu seja a primeira a entrar, ainda que a casa seja sua. Sabendo que as coisas podem piorar bastante se der chance para o meu azar, adentro no lugar.

É amplo e muito bem cuidado, como se não fizesse tanto tempo assim que mora nele. Não tem muitos traços que mostrem que essa é a casa de alguém, no entanto, Archie não parece incomodado pela minha vistoria contínua.

— Quer ovos fritos para o café da manhã? — me pergunta e apenas meneio a cabeça, pegando Melissa dele antes que saia com ela agarrada nele, visto que demonstrou tanta satisfação em tê-la em seus braços. — Vem — chama e me guia para a cozinha.

— Me mudei recentemente, então pode ser estranho de ver — fala, respondendo à minha questão não dita.

— Foi por isso que disse que não morava nas redondezas — pondero, sentando-me depois de arrastar uma cadeira da mesa. Ele é rápido em colocar o que comprou no balcão e mais rápido ainda em guardar tudo. — Por que se mudou?

— Hum, queria ficar perto de alguns lugares importantes — responde e a maneira como me olha faz com que eu pense mais uma vez sobre o porquê de ter deixado que me enganasse com esse maldito sorriso. — Meus pais acharam que seria uma boa estratégia, então me ajudaram.

— Deve ser bom ter pais que te apoiam. — As palavras escapam sem que eu queira de novo. Eu não posso reclamar dele ter uma família. É bom para ele. Gostaria que todos pudessem ter uma família onde se apoiar. — Sua mãe gostou das flores?

— Sim, ela pediu para te agradecer, mas estou te dizendo isso meio tarde — diz, apoiando a mão contra o balcão enquanto pondera sobre alguma coisa. — Eu ia à floricultura, mas pensei que talvez não quisesse me ver depois da última vez. Foi bom ter te encontrado hoje.

— Acho que devo me desculpar por aquele dia, não foi nada contra você — asseguro a ele. — Só é um tópico que às vezes me deixa muito irritada, e eu não controlo muito bem minhas emoções no momento.

— Se não é minha presença que te incomoda, então não tem problema — profere um pouco mais feliz, pelo menos é o que leio em sua face. — Não sei bem como fazer essas coisas.

— Que tipo de coisas? — inquiro.

— Um monte delas. — Sua resposta é claramente para evitar algum ponto do que poderia dizer. — A bolsa que carrega com as coisas da Melissa não é meio pequena?

— Tem o que ela precisa — atesto. — Já cuidou de crianças antes?

— É óbvio? — pergunta, reunindo os ovos e uma frigideira. — Minha irmã mais nova tem um filho, mas ele é mais velho do que a Melissa. Michel fará dois anos em alguns meses.

— Você deve ter ajudado bastante ela — concluo, visto que parecia familiarizado com a maneira de segurar um bebê.

— Ela fez todo mundo da família se mover conforme a vontade dela — comenta, mas o sorriso em seu rosto afirma que não se sente nenhum pouco mal pelo que aconteceu. Tem muitas lembranças boas desse período. — Torradas? — questiona de repente.

— Sim, obrigada — digo.

— Já disse que não precisa ficar me agradecendo — me lembra, mas apenas estou acostumada a agradecer tudo e qualquer coisa que receba.

A educação no orfanato era muito rígida, já que isto poderia influenciar as chances de sermos adotados, mas no meu caso tinha um agravante, visto que éramos duas. Eu não aceitaria ir para qualquer lugar sem a minha irmã.

— Vou tentar — murmuro, outra vez notando que poucas palavras deixam ele mais feliz. Não é como se eu estivesse entregando um prêmio a ele por sua bondade. — Por que foi fazer compras tão longe? Tenho quase certeza de que tem um supermercado na...

— Prefiro ir a certos lugares, mesmo que seja mais distante — responde depois de me interromper. Dessa vez, quando sorri, é bem óbvio que é porque quer cortar o assunto e eu tentaria falar um pouco mais, quem sabe argumentado me contasse mais.

Entretanto, no instante em que o cheiro de bacon entrou por minhas narinas, tudo no que consegui pensar é que o banheiro mais próximo seria a minha morada por um tempo e foi para ele que corri depois de pedir a direção para Archie.


Um ceo em minha vida | EM ANDAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora