Capítulo 16- Parte II

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Ela foi para a sala da Defesa muito antes que alguém chegasse lá. Pelo menos estava quieto e não tinha olhos arregalados. Ela abriu a porta e ficou cara a cara com o professor Ransach.

"Oh, Srta. Weasley. O almoço já acabou?" Ela largou o livro que estava lendo e se levantou. Ela era uma mulher pequena, observou Ginny, talvez apenas alguns centímetros mais alta que ela. Ela também parecia ridícula nas vestes formais que todos os professores usavam. Ela teve a nítida sensação de que Ransach não estava muito feliz com o código de vestimenta, mas seguiu em frente para manter seu emprego. Ela se perguntou o que a mulher usava nas horas vagas.

"Não", ela disse depois de um momento. "Eu simplesmente não estava com fome." Ela ofereceu sem muita convicção. "Eu posso ir, desculpe."

"Não, não, não", ela balançou a mão e apontou para as mesas vazias. "Por favor, fique, se quiser. Deve ser difícil conseguir um momento para si aqui."

"Obrigada." Ela estava grata, se não alarmada, por Ransach estar ciente das fofocas e sussurros. Ela colocou seus pertences em uma mesa perto dos fundos e começou a tirar todas as coisas apropriadas.

"Como foi seu primeiro dia, Srta. Weasley? Você parece um pouco chateada." Ransach sentou-se novamente em sua mesa e implorou com olhos castanhos sensíveis.

"Um pouco difícil, mas nada que eu não consiga administrar." Ela terminou a configuração e olhou para o professor. "Obrigada, no entanto."

"Deve ser difícil, sem nenhuma família aqui para apoiar você ou seu namorado." Ransach deu-lhe um sorriso triste, mas seus olhos dançavam com aquele fogo que ela tinha visto na primeira noite. Ginny instantaneamente sentiu uma pontada de alarme em seu estômago. Ela tinha uma escolha a fazer. Agora era evidente que Ransach sabia mais sobre ela do que o necessário. A maioria dos professores só prestava atenção suficiente às notas e ao humor dos alunos, não à família e aos relacionamentos. É verdade que ela estava em um relacionamento de alto nível, mas isso não deveria ter importado, ou mesmo abordado por um professor. E ela vinha direto do Ministério, o que a história lhe ensinou que nunca significava nada de bom. Então, a mulher era perigosa ou era tão má quanto todas as outras? Ela decidiu errar por excesso de cautela.

"Sinto falta dos meus irmãos. Mas tenho vários amigos próximos." Ela deu-lhe um pequeno sorriso, o melhor sorriso falso que conseguiu, enquanto seu pulso acelerava. Ransach sorriu de volta,

"Claro."

O ar na sala mudou; faiscou, cantarolando com uma intensidade que ela não sentia desde Umbridge. Esta mulher era potencialmente muito, muito perigosa. Ela ainda não sabia como ou por quê, mas algo estava errado. Ransach continuou a lhe dar um sorriso caloroso com olhos ardentes, nunca vacilando dela, como se observar pudesse fazer com que alguma verdade fosse revelada.

"Gina?" A cabeça de Neville apareceu pela porta e ela nunca esteve tão feliz em vê-lo. O impasse entre eles se dissolveu e ela bateu o quadril na mesa em um esforço para se mover o mais rápido possível pela sala.

"Neville!"

"Olha, me desculpe, eu ultrapassei meus limites no almoço. Eu só queria ajudar, você sabe, como neste verão. Você parece..." Ele continuou a tagarelar na porta, eela agarrou seu braço e o puxou para fora , sentindo os olhos sempre presentes de Ransach seguindo-os porta afora.

"Cale a boca." Ela sibilou e puxou-o para a esquina. Ela olhou ao redor antes de acrescentar: "A mulher é má".

"O que?" Neville deixou cair sua mochila surpreso. "Vamos."

Um fantasma seu [HINNY/ TRADUÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora