Capítulo 31- Parte I

89 7 21
                                    


"Quanto tempo você acha que eu tenho antes que o George quebre meus braços?" Harry recostou-se no banco e cruzou os braços sobre o peito. Ginny deu a última mordida no hash de carne enlatada em seu prato e mastigou enquanto considerava a pergunta.

"Oh," ela engoliu, "eu dou apenas mais algumas horas."

"Horas." Harry soltou um suspiro baixo e depois examinou o pequeno restaurante. Ginny soltou uma risada e pegou seu chá, com os pés apoiados no banco à sua frente, onde Harry estava sentado. Eles haviam pousado no Caldeirão Furado, causando bastante alvoroço. Harry rapidamente transfigurou alguns sapatos para os dois e, sem acenar, saíram pela entrada trouxa para Londres.

Ele parecia saber para onde estava indo e, após dez minutos muito frios, ele a guiou para um pequeno restaurante familiar. O lugar tinha cabines nas paredes à sua esquerda e direita, assentos de vinil vermelho brilhante com mesas marrons escuras, e algumas mesas pequenas com cadeiras coloridas no meio do restaurante. A parede distante tinha o balcão onde você pagava e uma cortina de contas que levava para os fundos, onde toda a comida era preparada. Era um lugar tranquilo, pequeno e vazio, e ela se apaixonou ainda mais por ele naquele momento.

"Eu não aceitaria nenhum tipo de pacote se fosse você." Ginny soprou seu chá. "Mesmo se viesse do Kingsley. George é astuto."

"Você acha que eu não sei disso?" Harry agarrou sua panturrilha e apertou. Ela se contorceu e riu alto na loja enquanto via o filho do proprietário se aproximar. Ginny sentiu que poderia se acostumar a viver na Londres trouxa. Eles tinham caminhado pelas ruas, se sentado em um restaurante e comido uma refeição inteira sem que ninguém apontasse, sussurrasse ou tirasse uma foto. Era inebriante.

"Vocês querem um pudim de pão? Somos famosos por ele." O garçom sorriu para eles enquanto limpava os pratos.

Ginny respirou fundo e balançou a cabeça, "Estou muito cheia. Harry?"

"Oh, eu sei que ele quer um." O garçom sorriu e se afastou, e Ginny riu novamente.

"Posso presumir que você já esteve aqui antes?" Ginny perguntou, tomando um gole de seu chá.

"Não." Harry balançou a cabeça e sorriu. "Nunca."

O sino na porta da frente tocou e outro casal entrou, trazendo uma rajada de ar frio. Ginny estremeceu e olhou para suas roupas, percebendo com horror que havia sido levada por Londres trouxa de pijama e um suéter muito velho. Merlin, ela esperava que não encontrassem ninguém, em nenhum lugar, seja bruxo ou trouxa. Ela se afundou no banco, esperando evitar os olhares curiosos do novo casal. Eles escolheram uma cabine do outro lado e uma mais adiante, fora de vista.

Harry a observava com um olhar curioso e então se levantou, foi para o lado dela na cabine e a empurrou, de modo que ela ficou presa entre ele e a parede, escondida e agora muito mais aquecida. Ele passou o braço pela parte inferior das costas dela e a puxou para perto antes de pegar seu chá novamente e se acomodar em um silêncio confortável. O garçom voltou com um prato de jantar e colocou a comida fumegante na frente de Harry.

"Desculpe, estamos sem nozes-pecã. Você quer nozes comuns?" Ele levantou um pequeno prato cheio de pedaços de nozes. Ginny apertou os lábios e tentou não rir. Parecia que ele tinha estado lá frequentemente.

"Não, não, obrigado mesmo assim." Harry sorriu. Ela notou o rubor começando a se formar alto em suas bochechas, e o garçom sorriu, dando uma olhada em Ginny antes de sair. Ginny ergueu as sobrancelhas, surpresa, e se inclinou para Harry, que estava avaliando como atacar o pudim de pão, para sussurrar,

"Nozes-pecã?"

"Eu gosto delas." Ele deu de ombros, retraiu o braço, avaliou o prato mais uma vez e então começou a comer.

Um fantasma seu [HINNY/ TRADUÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora