Capítulo 11- Parte II

106 10 6
                                    


Ela estava revirando seu armário. Cada lançamento de uma camisa ou de um sapato fazia um baque suave ao atingir a pilha. Cada movimento fazia com que sua cabeça latejasse um pouquinho perto da cicatriz em formação, ela estava começando a pensar que suas dores de cabeça nunca iriam passar.

"Droga!" Ela praguejou novamente e jogou uma caixa de sapatos no chão de seu quarto que desaparecia lentamente.

"Gina?" A voz preocupada de Harry veio da porta dela.

"Ocupada." Ela gritou e jogou outro monte de roupas para o desastre crescente. Quando ela jogou fora a próxima caixa de sapatos vazia, fez um barulho sólido que a fez erguer os olhos, Harry estava girando a caixa vazia entre as mãos.


"Talvez não devêssemos ir."

"Não se atreva!" Ela rosnou e mergulhou de volta em seu armário. "Eu me recuso a deixar você se martirizar por isso." Sua cabeça pulsou e ela parou por um momento para pressionar a palma da mão com força contra a cicatriz latejante na lateral da cabeça. Pelo menos ela tinha cabelo para cobrir. Era uma dor tão surda e dolorida que incomodava mais do que doía.

"Eu agradeço. Realmente agradeço, mas talvez eles estejam certos. Talvez isso não seja seguro o suficiente." A voz de Harry foi abafada pela porta do armário. Ginny parou, saiu e sentou-se no chão para olhar para ele.


"Só nos restam três semanas."

"Eu sei." Ele colocou a caixa sobre os destroços.

"Você não saberia, você não entende." Ela bufou e mergulhou de volta no armário. Ela percebeu seu olhar surpreso e irritado. Ela acendeu sua varinha e começou a cavar nas áreas que havia deixado como mortas anos atrás. Tinha que estar lá.

"O que você quer dizer com eu não entendo?"

"Você não tem irmãos." Ela gritou. "Você não sabe que quando eles partem para Hogwarts eles voltam diferentes. Você não sabe que eles estão ocupados demais para escrever, e ocupados demais para usar o Flu, e ocupados demais para se importar. Você simplesmente não sabe. "

"Ginny," ele resmungou e ela ouviu a cama ranger.

Então apareceu, à luz de sua varinha, a camiseta de Hollyhead que seus pais haviam comprado para ela em seu primeiro jogo de Quadribol. Não era apenas nostálgico, mas seria um ajuste perfeito devido ao seu corpo teimosamente magro.

"Encontrei!" Ela gritou triunfantemente e saiu do armário. Harry estava na cama dela, a cabeça entre as mãos, balançando-a lentamente para frente e para trás. "Não seja assim."

"O que você esperava?" Ele resmungou com as mãos e continuou a se recusar a olhar nos olhos dela.

A palavra 'tenso' não foi suficiente para explicar os últimos dias. Desde todo o desastre de Fleur, ele não tocava nela. Ela havia se tornado uma espécie de pária para ele. Juntamente com a pressão da mudança iminente e a ansiedade de estar em público pela primeira vez, Harry se tornou uma bomba-relógio. Ela não estava melhor. A raiva que sobrou de sua recusa em até mesmo contar a ela por que ele não voltaria para Hogwarts estava causando dores de cabeça entorpecentes de estresse.

"Venha comigo." Ela passou por cima da pilha para ficar na frente dele, ainda sentindo a distância gelada entre eles.

"Você sabe que não posso." Ele finalmente olhou para cima e franziu a testa. Ela sentiu a cabeça pulsar e enfiou o punho na cicatriz, o que deu pouco alívio. "Sua cabeça?"

Um fantasma seu [HINNY/ TRADUÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora