Capítulo 11 - Eu dormi aqui?!

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Erika

— Erika? — escuto alguém chamar, me fazendo acordar. Abro os olhos e vejo Victor sentado ao meu lado, me fazendo lembrar de como ele estava mal.

— Como se sente? — questiono, tentando despertar melhor.

— Bem, já tô pronto pra outra — responde rindo, com uma cara realmente boa. Toco em sua testa e percebo que não está com febre.

— Nem fala isso — digo, com o coração apertado, só de pensar no quanto ele tem que aguentar por conta de sua saúde frágil.

— Achei muito legal você ter dormido aqui — fala, todo alegre.

— Peraí, dormido aqui? Aqui onde? — pergunto, me levantando rápido.

— Na minha casa — ele responde, fazendo eu me ligar que dormi na casa da minha chefe e, pior, provavelmente perdi completamente a hora do trabalho.

— Merda — penso alto, e ele me olha como se estivesse me recriminando.

— Eu sei, eu sei, "olha a boca" — brinco, tentando imitá-lo, e ele ri.

— Preciso correr, já tô super atrasada para o trabalho —afirmo, e ele também fica de pé.

— Quando a gente vai se ver de novo?

— O mais breve possível, se depender de mim.

Eu não quero perder o contato com ele; tenho que conversar com Roberta a respeito disso, mas realmente quero vê-lo mais vezes.

Dou um beijo em sua cabeça e saio correndo do quarto, descendo as escadas.

— Tá fugindo de quem? — Roberta fala e paro na hora.

Droga, ela ainda tá aqui também? O que vou falar pra ela?

— Pra que tanta pressa? Não é como se tivéssemos dormido juntas e você tivesse que correr antes que eu acordasse e te enchesse de perguntas e cobranças — diz, claramente me zoando.

— Que? — é tudo que consigo dizer, rindo de nervoso com o que ela acabou de falar.

— Por que da correria?

— Eu já tô uma hora atrasada para o trabalho — explico, nervosa.

Por que ela parece tão calma?

— Não é como se sua chefe fosse falar algo — ela ri.

— Não? — pergunto, confusa.

— Pelos deuses, Erika. Fiz você sair de casa no meio da noite. Acabou adormecendo de cansaço por isso.

— Mas por que não me acordou?

— Achei que devia descansar um pouco mais — fala e dá de ombros. — Pode tirar o dia de folga.

— Isso não tá certo, Roberta. Vim porque quis, não deveria ter dormido aqui e nem ter perdido a hora.

Ela parece que tá pouco se importando com isso.

— Se faz tanta questão, é só passar na sua casa pra tomar um banho, trocar de roupa e ir ao escritório, ninguém vai morrer por isso.

— Droga, ainda tem essa da roupa pra atrasar tudo ainda mais — reclamo, bufando.

— Se quiser, pode tomar banho aqui mesmo. Vejo se tem uma roupa minha que caiba em você.

— Não, não precisa. Vou passar rapidamente em casa pra me arrumar e vou direto para o escritório.

Ainda bem que me mudei pra um lugar perto.

— Certo, mas vai tomar o café aqui.

— Não precisa.

Minha SalvadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora