Capítulo 04 - Comemorações

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Erika

Depois que saí do escritório, fui correndo em casa, tirei aquela roupa desconfortável e tomei um belo banho.

Até agora não acredito que realmente consegui o emprego, é como se as coisas finalmente estivessem ao meu favor. Acho que a única coisa boa que me aconteceu desde sempre foi a bolsa na faculdade. E agora esse emprego, claro que além de ter conhecido Alice também, ela acabou se tornando muito importante pra mim ao longo dos últimos anos, como uma família.

Comi algo que tinha na geladeira e dormi por algumas horas, já que na noite passada não tinha quase pregado os olhos.

Quando acordo, já está anoitecendo.

Vejo que tem uma ligação perdida de Alice no meu celular, então ligo pra ela.

— Oi, Erika! Eu falei que conseguiria! — diz, toda animada. Tinha mandado umas mensagens pra ela, contando tudo que aconteceu.

— Confesso que até agora não to acreditando, mas aparentemente rolou. Amanhã já assino o contrato e começo a trabalhar.

— Isso é ótimo! Agora vai poder organizar a sua vida.

— Pois é... Agradeço por ter enviado o meu currículo e ter me feito ir na entrevista, você estava certa.

— Como sempre. — ela ri e eu rio junto.

— Verdade. Ei, não vai dar pra gente se ver agora a noite mesmo?

— Não, sinto muito. O dia no trabalho foi tão exaustivo que eu só quero a cama. — não consigo segurar o riso.

— Falando assim, parece que já é uma idosa.

— Não posso fazer nada. — ela ri — E você, tem planos pra essa noite ou vai descansar como deveria pra amanhã estar disposta no seu primeiro dia?

— Sempre tão sutil, Alice. — digo, rindo — Na verdade, aquela advogada que te falei na mensagem, me convidou pra irmos em uma boate que ela disse ser muito boa, pra comemorarmos o meu novo emprego.

— Eu fico feliz que esteja fazendo amizade, mas tente não exagerar hoje. — fala, preocupada.

— Não se preocupe, não vou estragar tudo. Pode ficar tranquila, eu realmente quero ficar nesse emprego, não vou beber muito e nem voltar tão tarde, ok?

— Certo... juízo viu, juízo.

— Pode deixar, tchau, beijo. — desligo e vou me arrumar pra sair.

Está próximo do horário que Letícia disse que larga, então devemos chegar quase na mesma hora nessa tal boate.

Ao chegar no local, que por sinal fica super distante de casa, já percebo que é daquelas de alto padrão, lugar aparentemente de rico. Vou entrando no lugar e vejo que está lotado.

Sigo direto para o balcão do bar, quando alguém me segura por trás, com os braços em minha cintura.

— Hey, loira. — Letícia fala perto do meu ouvido, me soltando depois.

— E aí, Letícia.

— Então, tá gostando do lugar? — fala, enquanto olho as opções de bebidas.

— Tô gostando, mas isso aqui bem que podia custar menos do que o meu fígado. — ela dá uma risada.

— Bem, a depender de quanto beba, não vai ter mais ele. — diz, brincando. — Mas deixa que hoje é por minha conta. — fala, pedindo algumas bebidas para o barman.

— Nada disso.

— Claro que sim. Eu chamei e estamos aqui para comemorar o seu novo emprego, é por minha conta. Te deixo pagar da próxima vez. — dá uma piscada.

Minha SalvadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora