Capítulo 15: A Armadilha da Festa Junina

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Então, o tempo foi passando e chegaram as festas juninas. Carla e Carol tiveram uma ideia: encher Thammy de suco para que ela fizesse xixi em público e elas pudessem rir da situação dela na festa junina. Elas fizeram uma proposta sabendo que Thammy perderia: se Thammy aguentasse ficar uma hora bebendo e sem fazer xixi na fralda, as gêmeas a deixariam em paz. Thammy, inocente, aceitou.
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O tempo passou, e as festas juninas chegaram ao Orfanato São José. O pátio estava decorado com bandeirinhas coloridas, e a atmosfera estava repleta de risos e música. Para as outras crianças, era um momento de alegria e celebração, mas para Thammy, as festas prometiam mais uma oportunidade para Carla e Carol tornarem sua vida ainda mais miserável.

As gêmeas, sempre à espreita de uma nova maneira de humilhar Thammy, tiveram uma ideia perversa. Aproximaram-se dela no pátio, onde Thammy tentava ficar fora de vista, segurando Caramelo com força.

— Oi, bebezinha Thammy! — disse Carla, com um sorriso falso. — Temos uma proposta para você.

— Isso mesmo, uma proposta muito simples — acrescentou Carol, o mesmo sorriso cruel no rosto.

Thammy olhou para elas com desconfiança, mas a curiosidade a fez ouvir.

— Se você conseguir ficar uma hora inteira bebendo suco e não fizer xixi na fralda, prometemos deixar você em paz — explicou Carla, com um olhar que tentava parecer amigável.

— Mas se você não conseguir... Bem, aí todos vão saber quem você realmente é — completou Carol, com um sorriso malicioso.

Thammy hesitou. A ideia parecia impossível, mas a promessa de ser deixada em paz era tentadora demais. Talvez, apenas talvez, ela pudesse provar que era capaz e finalmente ganhar algum respeito.

— Tudo bem, eu aceito — disse Thammy, a voz trêmula mas decidida.

As gêmeas trocaram olhares cúmplices, satisfeitas com a resposta.

— Ótimo! Então vamos começar — disse Carla, entregando a Thammy um grande copo de suco.

As gêmeas ficaram de olho enquanto Thammy começava a beber o suco. A cada copo terminado, elas a forçavam a beber outro, observando com sorrisos cruéis enquanto o tempo passava.

Quinze minutos se passaram, e Thammy já começava a sentir a pressão em sua bexiga. Tentou manter a calma, mas sabia que seria uma tarefa quase impossível. As gêmeas continuavam a incentivá-la, cada vez mais animadas.

— Vamos, Thammy, só mais um copinho! — provocava Carol, enchendo o copo novamente.

A meia hora se arrastou, e Thammy já estava em agonia. Tentava se concentrar em qualquer coisa para desviar a atenção da necessidade crescente de ir ao banheiro, mas o esforço estava ficando cada vez mais difícil. As gêmeas riam e aplaudiam, atraindo a atenção de outras crianças, que começavam a se juntar ao redor, curiosas sobre o que estava acontecendo.

— Vamos, Thammy, só mais um pouco! — incentivava Carla, com um sorriso maldoso.

Com quarenta e cinco minutos, Thammy estava quase em lágrimas, cada minuto uma tortura. Sabia que estava perto do limite, mas a pressão das crianças ao redor e o desejo desesperado de ser deixada em paz a fizeram continuar.

Finalmente, ao chegar aos cinquenta e cinco minutos, Thammy não conseguiu mais segurar. Sentiu o calor familiar se espalhar pela fralda, e as lágrimas de vergonha começaram a escorrer pelo rosto.

Carla e Carol perceberam imediatamente e começaram a rir alto.

— Olhem todos, a bebezinha não aguentou! — gritou Carla, apontando para Thammy.

— A bebê molhou a fraldinha! — zombou Carol, atraindo risadas das outras crianças.

A irmã Maria, atraída pela comoção, rapidamente se aproximou. Ao ver a situação, ela balançou a cabeça em desaprovação.

— Thammy, deite-se aqui. Vamos resolver isso agora — disse a freira, enquanto pegava uma fralda limpa.

Na frente de todos, Thammy foi novamente trocada, a humilhação máxima diante dos olhares curiosos e risadas das crianças. Chorando silenciosamente, ela sabia que qualquer esperança de ser deixada em paz estava destruída.

As gêmeas, satisfeitas com o sucesso de sua armadilha, riam e cochichavam, planejando suas próximas crueldades. Para Thammy, a festa junina tornou-se mais um capítulo doloroso de sua vida no orfanato, um pesadelo do qual ela não conseguia acordar.

Fim do Capítulo 15

O orfanato desafiador de ThammyOnde histórias criam vida. Descubra agora