Capítulo 11: O Vocabulário Infantil

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As gêmeas e as freiras pareciam ter gostado de tratar Thammy assim. Daí, decidiram intensificar o tratamento: falariam com Thammy usando um vocabulário infantil, o máximo que conseguissem.

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Nos dias seguintes, Thammy percebeu uma mudança perturbadora no comportamento das gêmeas e das freiras. Parecia que todos haviam decidido intensificar ainda mais seu tormento. Elas começaram a tratá-la como se fosse um bebê, usando um vocabulário infantil e ridículo.

Logo no café da manhã, Thammy enfrentou a primeira demonstração desse novo tratamento. Carla e Carol se aproximaram, sorrisos maliciosos nos rostos.

— Bom dia, bebezinha Thammy! — exclamou Carla, em um tom exageradamente doce. — A bebê quer um mingauzinho hoje?

— Ou talvez um suquinho de laranja? — perguntou Carol, rindo.

Thammy tentou ignorar, mas as gêmeas continuaram.

— Vamos, Thammy, precisa comer tudinho para crescer forte e saudável! — provocou Carla, batendo palmas como se estivesse falando com uma criança pequena.

As outras crianças no refeitório começaram a rir, fazendo Thammy corar de vergonha. Ela olhou para o prato, tentando segurar as lágrimas.

Durante as aulas, o tratamento infantil continuou. A irmã Maria, que geralmente mantinha uma postura severa, parecia ter adotado o comportamento das gêmeas.

— Thammy, querida, você sabe fazer essa continha? — perguntou a irmã Maria, em um tom condescendente. — Se precisar de ajuda, é só pedir para a irmãzinha, está bem?

Thammy sentiu-se humilhada e envergonhada. Cada palavra parecia uma facada em sua dignidade. Tentava se concentrar nos estudos, mas o riso e os comentários maliciosos das outras crianças tornavam isso impossível.

Na hora do recreio, Thammy foi para um canto do pátio, tentando se afastar de todos. Abraçou Caramelo, buscando algum consolo. Mas as gêmeas a encontraram rapidamente.

— Ah, olha só quem está aqui! — exclamou Carol. — A bebê Thammy quer brincar com a gente?

— Acho que a bebezinha quer brincar de esconde-esconde! — disse Carla, rindo.

Thammy levantou-se, tentando fugir, mas as gêmeas a cercaram.

— Não adianta fugir, bebê. Estamos aqui para cuidar de você — disse Carla, imitando a voz de um adulto falando com uma criança.

— Vamos brincar, Thammy! — insistiu Carol, puxando-a pelo braço.

Desesperada, Thammy tentou se soltar, mas as gêmeas a seguraram com força. Começaram a brincar de "cavalinho", forçando-a a participar de suas brincadeiras infantis enquanto as outras crianças assistiam e riam.

A humilhação de ser tratada como um bebê, de ser forçada a participar de brincadeiras infantis e de ouvir risos constantes, era insuportável. Thammy sentiu as lágrimas escorrendo pelo rosto, mas sabia que não adiantava chorar. Estava presa naquele ciclo de tormento, sem ninguém para ajudá-la.

Ao final do dia, Thammy voltou para o dormitório, exausta e abatida. Sentou-se na cama, segurando Caramelo, e deixou as lágrimas fluírem livremente. Sentia-se mais sozinha do que nunca, desejando desesperadamente uma saída daquele pesadelo.

Fim do Capítulo 11

O orfanato desafiador de ThammyOnde histórias criam vida. Descubra agora